Uma equipe internacional liderada pela Universidade McMaster (Canadá) descobriu que grávidas de baixo risco não correm maior chance de morte perinatal ou neonatal de seus bebês se resolverem fazer um parto domiciliar ao invés de hospitalar.
Os pesquisadores analisaram 21 estudos sobre o assunto publicados a partir de 1990. No total, examinaram os dados de 500.000 partos domiciliares e hospitalares realizados em oito países: Suécia, Nova Zelândia, Inglaterra, Holanda, Japão, Austrália, Canadá e EUA.
O estudo não encontrou diferenças no risco de morte no momento do nascimento ou nas primeiras quatro semanas de vida do bebê em relação ao local de nascimento. Os cientistas concluíram que não há risco clinicamente ou estatisticamente importante entre os grupos domiciliar e hospitalar.
“Mais mulheres em países com bons recursos estão escolhendo fazer o parto em casa, mas preocupações persistem quanto à sua segurança. Esta pesquisa demonstra claramente que o risco não é diferente quando o parto se destina a ser em casa ou no hospital”, resumiu Eileen Hutton, professora de obstetrícia e ginecologia na Universidade McMaster.
É claro que, caso a sua gravidez seja de alto risco, é interessante conversar com seu médico e realizar o parto em um ambiente hospitalar, mais preparado para eventuais problemas de saúde com a mãe ou o bebê. Do contrário, não parece haver riscos extras associados ao parto domiciliar.
“Nossa pesquisa fornece informações muito necessárias para a tomada de decisão de políticos, prestadores de cuidados e mulheres e suas famílias quando planejam o parto”, concluiu Hutton.
Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica The Lancet’s EClinicalMedicine.
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