Assim como a maioria das religiões estabelecidas ao longo dos séculos plantaram suas bases filosóficas nos chamados livros sagrados, e aí temos a Torá, o Alcorão e a Bíblia Sagrada, o Bhavagad-Gita (que é reverenciado por budistas, hindus e brâmanes) e o Livro de Mórmon (um dos quatro pilares da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o demônio não poderia deixar de querer imitar e preparar também seu manual, que trata do mal e da imoralidade, para seus adeptos, os satanistas. Estou falando da Bíblia Satânica.
A Bíblia Satânica é um livro dividido em quatro partes, que defende que Satã é uma força da natureza e pode ser invocado com rituais mágicos. Publicada em 1969, a obra foi reeditada 30 vezes e é a mais influente do chamado satanismo ateu. Para os satanistas, o diabo não é como os cristãos o enxergam, ou seja, um ser maléfico em oposição a um Deus bondoso – pelo contrário, na Bíblia Satânica, Deus e Satã são muitas vezes citados como a mesma entidade.
O autor é Anton LaVey (1930-1997), também fundador da Igreja de Satã. Há quem diga que ele escreveu a obra para aproveitar o sucesso do filme O Bebê de Rosemary, de 1968. O Satã de LaVey considera Jesus e suas leis de caridade uma grande farsa. Ele não pede adoração, mas que cada um viva de acordo com sua própria lei.
Saiba o que diz cada uma das quatro partes da Bíblia de LaVey.
Fora da lei
O Livro de Satã afirma que os Dez Mandamentos são uma mentira. Satã questiona, uma a uma, as leis que Javé teria passado a Moisés em tábuas. As mais refutadas são “Não cometerás adultério”, “Não matarás” e “Não dirás falso testemunho”. Mentiras são aceitas, principalmente em benefício próprio.
Nenhuma nudez será castigada
O sexo, o amor e o ódio são abordados no Livro de Lúcifer: orgias são liberadas e até estimuladas. O hedonismo é considerado uma virtude. São 12 capítulos, que detalham regras de comportamento e listam os quatro príncipes do inferno, Satã, Lúcifer, Belial e Leviatã.
- Outras 77 entidades infernais são citadas.
Olho por olho
No Livro de Belial, são apresentados os rituais que invocam as forças satânicas. O leitor pode usá-los para gerar atração em outra pessoa ou até para conseguir a morte de um inimigo. O livro critica a lição de Jesus de dar a outra face quando agredido. “Odeie seus inimigos. Atinja-os”, diz ele.
Energia de matar
Dezenove palavras poderosas que podem ser invocadas nos rituais são listadas no Livro de Leviatã, que também explica suas origens. Para liberar energias muito poderosas são admitidos sacrifícios humanos. Ensina-se a invocar Satã e a incitar o desejo sexual e a compaixão das pessoas.
As práticas diabólicas ensinadas neste livro são seguidas pelos satanistas, e suas ações estão vindo à tona e se tornando conhecidas no mundo, sem qualquer constrangimento, eu diria até, de forma ostensiva, declarada e aberta.
É como diz a Santa Palavra:
"Pois nada há de oculto que não venha a ser revelado, e nada em segredo que não seja trazido à luz do dia." (Marcos 4, 22)
Veja o quanto o inimigo de Deus procura imitar tudo o que a Igreja cristã possui, pois deseja instituir aqui na terra (e este plano já está em fase avançada!), o seu local de adoração para que todos o reverenciem e não haja almas que procurem a salvação em Jesus Cristo.
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-diz-a-biblia-satanica