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Mamma Rosa Quatrinni, a vidente de Nossa Senhora sob a advocação "Mãe da Consolação e Mãe dos Aflitos" (San Damiano – Itália - 1964)

Mamma Rosa QuatrinniMamma Rosa Quatrinni  

Mamma Rosa Quatrinni (mais tarde passou a ter o sobrenome do marido: Buzzini) nasceu em 26 de janeiro de 1909 em Rottofreno, província de Piacenza, Itália. Filha de Federico e Giacomina Buzzini, os quais tiveram sete filhos mas só quatro filhas sobreviveram à infância. A vida de Rosa e suas irmãs consistia em ir à escola e trabalhar na lavoura. Federico, como toda a família Buzzini, era muito devoto e piedoso. Ele morreu quando Rosa tinha dois anos. Rosa casou-se, mas suas três irmãs entraram para ordens religiosas. Uma delas veio para o Brasil como missionária, outra foi para o Ceilão trabalhar entre leprosos e a terceira foi ser carmelita. As três irmãs ficaram contentes e gratas por Rosa ter sido escolhida como intermediária da Mãe Santíssima. As fotografias de Mamma Rosa mostram uma mulher roliça, vestida modestamente com a escura roupa tradicional das camponesas italianas.

Há dois outros lugares chamados San Damiano na Itália, mas este terceiro é mais um daqueles lugares remotos que não se encontram nos atlas comuns. Mencionado como povoado, situa-se em área montanhosa, uns 70 quilômetros a sudeste de Milão. No povoado, viveu Rosa Quattrini, mulher de Giuseppe, e ali conhecida como “Mamma Rosa”.

 

As gravidezes difíceis de Mamma Rosa

Rosa não escolheu o caminho religioso. Aos vinte e oito anos casou-se, em 7 de outubro de 1937, com um jovem trabalhador em uma olaria na Ponte dell'Olio, Giuseppe Quattrini. Os dois jovens esposos passaram por muito trabalho e problemas de saúde. Da união nasceram três crianças: Giacomina em 1938, Paolo em 1943 e Pier-Giorgio em 1952. A cada parto, os médicos recomendaram uma cesariana, que realizaram de acordo com um método hoje abandonado, pela abertura mediana umbilical da parede abdominal. A primeira cesariana acontece em 28 de novembro de 1938.

A segunda gravidez, em 1943, é complicada pelo vômito persistente, e quando Rosa é examinada no Hospital Piacenza mais de um mês antes do término da gravidez, os médicos notam a existência de uma "grande laparocele secundária à cesariana anterior", ou seja, uma incisão que ocorreu no trajeto da incisão abdominal de 1938. A segunda cesariana foi realizada em 15 de julho de 1943.

Quando Rosa estava grávida pela terceira vez, em 1952, os médicos pediram que ela aceitasse realizar o aborto terapêutico, ilegal, mas já em uso na época. Rosa se opõe a essa medida: "Eu quero manter essa criança, é Deus quem me deu". A terceira cesárea é realizada em 7 de julho de 1952. É completada ao mesmo tempo por um procedimento de reconstrução da parede abdominal.

A criança nasce sem danos, mas para Rosa, os anos seguintes são marcados pela incidência das três cesáreas. Existem distúrbios do trânsito intestinal e dores abdominais frequentes que o uso de um cinto de barriga, prescrito por um cirurgião em 1958, não pode impedir.

A situação fica progressivamente pior. Em 1961, sofrendo de tumores intestinais em estado avançado, ela foi hospitalizada duas vezes, na primavera e no verão; primeiro (de 6 a 14 de março) em uma instalação em Ponte dell'Olio, perto de San Damiano, devido a um violento ataque de dor abdominal com vômitos e "hérnia secundária volumosa das três cesáreas prévias", e no hospital de Piacenza (de 20 de junho a 8 de julho) devido a um "grande laparocele responsável pela sub-obstrução intestinal". 

Os tumores tinham perfurado as paredes intestinais e logo ela contraiu peritonite incurável, doença mortal e dolorosa. Julgada inoperável, às portas da morte, Mamma Rosa é mandada para casa. Tinha 52 anos. Sua dieta é quase impossível, seu estado geral se deteriora, ela nunca sai da cama. Em 29 de setembro de 1961 (Dia da festa de São Miguel Arcanjo), enquanto recebia os cuidados de sua tia Adele, Rosa estava acamada com dores excruciantes. Neste dia, Mamma Rosa recebe uma misteriosa visita.

Retrato de Maria de San Damiano (Itália), não humano - ou seja, feito sem intervenção humana.Retrato de Maria de San Damiano (Itália), não humano - ou seja, feito sem intervenção humana.

Uma misteriosa visitante e a cura súbita

Uma “senhora visitante” bateu à porta pedindo donativos para Padre Pio, o famoso frade do mosteiro dos capuchinhos em San Giovanni Rotondo, perto de Foggia. A visitante foi descrita como uma jovem de uns 25 anos, muito bonita, mais loira que morena. Usava um vestido cinza-azulado malfeito e carregava uma bolsa preta. Disse que vinha de muito longe. A mulher pediu à tia Adele permissão para visitar Rosa. Mamma Rosa tinha apenas 1.000 liras, mas deu 500 liras à mulher.

Padre Pio era conhecido por seus notáveis poderes de clarividência e precognição e manifestara estigmas. Entretanto, ele fazia o possível para não chamar a atenção e dedicava-se humildemente às obras de caridade. Mesmo assim, e apesar da ampla aceitação pública, o Santo Ofício não aceitava seus fenômenos e suas obras.

A senhora pergunta a Mamma Rosa: “Você acredita no padre Pio?” Mamma Rosa responde: “Sim, eu realmente confio nele.” Quando o sino da igreja anunciou o Ângelus, a senhora pediu a Rosa que o recitasse com ela. Depois disso, convidou Rosa a sair da cama e ofereceu-lhe a mão para ajudá-la a ficar de pé. A visitante, então, colocou as mãos nas partes doloridas do corpo de Rosa. Nesse momento, as dores de Rosa cessaram imediatamente – e ela ficou curada da peritonite e dos tumores perfurantes. Essa cura milagrosa foi, mais tarde, confirmada pelos médicos, para assombro de todos. Rosa, em lágrimas, ajoelhou-se diante da senhora, e esta lhe disse para ir a San Giovanni Rotondo e apresentar-se a Padre Pio, o que Rosa fez assim que ficou completamente restabelecida e angariou o dinheiro para ir a San Giovanni Rotondo.

Quando Rosa chegou lá, a mesma jovem lhe apareceu e disse ser a Mãe da Consolação e a Mãe dos Aflitos. Levou Rosa até Padre Pio e depois desapareceu. Seguindo as instruções de Padre Pio, Rosa consagrou-se ao cuidado dos doentes no hospital de Piacenza. Dois anos depois, Padre Pio interrompeu Rosa em seu trabalho de cuidar dos doentes e lhe revelou que ela precisava voltar para casa, onde a aguardava uma missão muito importante. Rosa voltou a San Damiano em 1963, mas nada da “missão importante” evidenciou-se antes de 16 de outubro de 1964. Nesse dia, quando mais uma vez recitava o Ângelus, Mamma Rosa ouviu uma voz que a chamava de fora da casa. Ao sair, encontrou uma aparição da Virgem Santíssima suspensa no ar, acima de uma pereira. A Virgem disse-lhe que viria vê-la toda sexta-feira e lhe daria mensagens para transmitir ao mundo. Para provar a verdade de sua aparição, a Senhora disse que daria sinais, sendo o primeiro deles fazer a pereira florir fora de época. Pediu que fosse cavado um poço bem perto da árvore – e desapareceu.

Embora a cura de Rosa e o fato de Padre Pio apadrinhá-la lhe tivessem dado distinção especial, todo o mundo duvidou – pereiras só floriam na primavera (na Europa, a primavera ocorre de 21 de março a 20 de junho) e era outubro. Contudo, ao amanhecer do dia seguinte, todos viram a pereira carregada de flores que exalavam um perfume muito forte e agradável. A floração persiste por quase três semanas, apesar da chuva, do vento e da neve. Esse fenômeno causou sensação. Durante dezessete dias milhares de espectadores curiosos e a imprensa puderam admirar o fenômeno e centenas de fotografias foram tiradas e publicadas nos meios de comunicação. Numerosas multidões vêm da Itália, e depois do exterior, apesar das repetidas advertências da autoridade diocesana, que considera o fenômeno "não sobrenatural". A mesma árvore voltou a florir no fim de setembro do ano seguinte.

Em San Damiano (Itália), uma mulher fotografou a figura em frente ao portão, uma estátua de Maria. Esta maravilhosa Madonna surgiu quando a foto foi revelada. As linhas vermelhas no canto superior esquerdo simbolizam o cálice com a Santa Hóstia. Em San Damiano (Itália), uma mulher fotografou a figura em frente ao portão, uma estátua de Maria. Esta maravilhosa Madonna surgiu quando a foto foi revelada. As linhas vermelhas no canto superior esquerdo simbolizam o cálice com a Santa Hóstia.

Na sexta-feira seguinte, observada por um número considerável de pessoas, Rosa novamente viu a aparição da Senhora acima da pereira, o que aconteceu toda sexta-feira durante os 13 anos seguintes. Durante as aparições que ocorreram, Rosa viu a Senhora vestida de várias maneiras, inclusive de vermelho. E sempre a Senhora estava de pé sobre rosas, ou estas flutuavam em volta dela, por isso ela ficou conhecida como “Nossa Senhora das Rosas”.

Na aparição de 9 de novembro de 1969, a Senhora disse: “Virei três vezes vestida de vermelho, como hoje. Depois dessas três vezes, o Pai Eterno agirá com justiça, se vocês (a humanidade) não pedirem perdão, se não se emendarem de todos esses pecados e sacrilégios.” Nesse momento, Mamma Rosa, em seu ligeiro transe, relatou: “A Mãe chegou à pereira, toda vestida de vermelho, em uma luz tão grande e resplandecente que brilha sobre o mundo inteiro – acompanhada de todos os anjos e também dos santos mártires que deram a vida por Jesus”.

Em 8 de dezembro de 1967, dia e mês em que se comemora a festa da Imaculada Conceição, a Virgem apareceu a cerca de duas mil pessoas, metade das quais era de países estrangeiros, como a França, Suíça, Alemanha, Iugoslávia, Áustria, Estados Unidos, Canadá e países sul-americanos. A multidão viu um sol que girou durante meia hora e lançou raios multicores. Estava completamente obscurecido e só se viam as arestas externas... como um eclipse. Entretanto, não houve eclipses em dezembro de 1967. Muitas fotografias foram tiradas desses fenômenos.

Em 9 de dezembro de 1968, o Diário de Piacenza publicou na primeira página: “Cento e cinquenta ônibus e cerca de mil carros trouxeram enorme multidão a San Damiano, ontem. Segundo as maiores estimativas havia cerca de dez mil pessoas... Uns trinta padres franceses estavam ao redor da pereira”. Chovera na noite anterior e ainda chovia sobre a multidão. Todos os acessos a San Damiano estavam bloqueados por carros e ônibus estacionados. E assim, milhares de pessoas com guarda-chuvas tiveram de caminhar com lama até os tornozelos para chegar à pereira – ou o mais perto possível dela. Era muito densa a multidão ao redor de Mamma Rosa e da pereira. Em dado momento, Mamma Rosa pediu que todos fechassem os guarda-chuvas. Então, como em Fátima em 1917, surgiram diversos sinais que iriam variadamente estar presentes em algumas aparições. Para citar apenas alguns, eles são descritos como: sol giratório; duplicação do sol; cruzes brancas iluminadas, em diversas posições, algumas com o sol girando na intersecção das travessas verticais e horizontais da cruz; círculos perfeitos formados de pequenos raios parecidos com pingentes de gelo; um círculo perfeito de dez contas; raios de diversos contornos e formas; retângulos e triângulos no céu ou atrás do sol; barras ou colunas em posição vertical ou horizontal sobre fotografias inteiras; hexágonos; a imagem de um monge suspenso no ar. Dezenas de fotografias foram tiradas desses fenômenos, em preto e branco e coloridas. Algumas fotos foram examinadas com muita seriedade e diligência pelo doutor Pierre Weber, engenheiro de pesquisas do Departamento Nacional de Estudo e Pesquisa no Ar e no Espaço, em Paris. Especialistas de diversos campos de meteorologia e análise de filmes examinaram outras fotografias. Ninguém descobriu uma causa natural para os fenômenos fotografados. Como não encontraram uma explicação plausível, eles e especialistas subsequentes mergulharam no silêncio e desistiram da busca para encontrar uma explicação natural. Nenhum dos especialistas, porém, ousou tirar conclusões que incluíssem uma explicação sobrenatural, por isso os incrédulos ficaram livres para afirmar que as fotografias eram falsificadas ou refletiam fenômenos atmosféricos naturais, de origem misteriosa. Muita gente fotografou a área acima da pereira onde Mamma Rosa disse que a Mãe Santíssima apareceu. Foto tirada em 27-11-1971 por Sr. L. Boucquey.Foto tirada em 27-11-1971 por Sr. L. Boucquey.

Na aparição de 17 de outubro de 1967, algumas das fotografias resultantes revelaram o “sinal” definitivo – uma forma luminosa, mas ligeiramente velada. Era claramente reconhecível como uma mulher que trajava um vestido longo, delineada por uma aura brilhante. O fundo das fotografias mostra, em geral, as folhas e os ramos mais elevados da pereira. Os devotos ficaram impressionados, mas os incrédulos denunciaram as fotografias como falsas. Na verdade, as fotografias de San Damiano nunca se recuperaram dessa condenação, nem mesmo mais tarde, em 1968, quando foram tiradas as célebres fotografias em Zeitoun, Egito. Como ali as aparições foram observadas por no mínimo quinhentas mil pessoas, as fotografias de Zeitoun nunca foram contestadas. As fotografias da imagem tiradas em San Damiano são quase idênticas às tiradas em Zeitoun. No decorrer das muitas mensagens em San Damiano, a Mãe Santíssima voltou a manifestar tristeza com a humanidade pecadora. Em geral, essas mensagens seguem o tema: “o diabo está agressivo no mundo inteiro”.

Na mensagem de 25 de maio de 1970, a Virgem falou: “Sou insultada neste lugar (isto é, no mundo), sou tão desprezada, caluniada! Isso me causa muita tristeza, pois a humanidade não vê que venho para salvar todos”. Algumas das mensagens referem-se a um apocalipse universal que está para vir, a não ser que o mundo mude seus modos pecaminosos. Sinais luminosos registrados no céu.Sinais luminosos registrados no céu.

Na mensagem de 9 de setembro de 1969, a Mãe Santíssima disse: “E não temam, querido filhos, porque virei, sim, virei para o meio de vocês e todos vão me ver, e, então, acreditarão”. Acredita-se que isso se refira a grandes aparições que ainda estavam para vir, embora, em 1969, a aparição em Zeitoun, Egito, já acontecesse havia um ano.

Em 29 de dezembro de 1966, enquanto estavam em andamento as aparições de Maria Santíssima a Rosa Quattrini, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, em Roma, decretou que a permissão eclesiástica já não era exigida para publicações sobre revelações, visões ou milagres, nem para frequentar lugares de aparições não reconhecidas. O decreto, aprovado pelo papa Paulo VI, também declarou: “Portanto, não existe mais nenhuma proibição a respeito da narrativa de videntes, sejam eles reconhecidos ou não, pela autoridade eclesiástica... É permitido aos católicos freqüentar lugares de aparições, mesmo as não reconhecidas pelos ordinários das dioceses ou pelo Santo Padre.” Na mensagem de 7 de maio de 1970, a Mãe Santíssima prometeu: “Estou sempre aqui com vocês, noite e dia. Enquanto meu instrumento viver, estarei sempre aqui.” E assim foi, toda sexta-feira, até Mamma Rosa Quattrini, o instrumento de Nossa Senhora em San Damiano, morrer, em 8 de setembro de 1981, aniversário tradicional da Santíssima Virgem Maria.

 

Intervenções das autoridades eclesiásticas

Os acontecimentos de San Damiano foram muito rapidamente declarados não sobrenaturais. O bispo do lugar, o bispo Umberto Malchiodi, em uma nota de 7 de setembro de 1965, então uma segunda vez em 15 de agosto de 1966, acreditando que o caráter sobrenatural dessas aparições não foi provado, convidou os fiéis a absterem-se de dar fé à aparição. Para tranquilizar a todos, ele faz uma investigação formal sobre os fatos e as pessoas que estão interessadas. Em uma declaração de 2 de fevereiro de 1968, ele afirma que "segue-se desta investigação que não há dados positivos para afirmar a sobrenaturalidade dos fatos."

O que agravou as objeções contra San Damiano é a publicação pelos amigos de San Damiano da mensagem que reuniram no domingo, 9 de novembro de 1969, de que a comunhão na mão seria um sacrilégio. Esse costume tendendo a prevalecer na Igreja, as reações dos bispos de diferentes dioceses tornaram-se mais virulentas. Assim, para o bispo François Charrière, bispo de Lausanne, Genebra e Friburgo, "o Sumo Pontífice autorizou este modo de comunhão" e porque "o Vigário de Cristo não pode autorizar um ato de sacrilégio: não é possível que a Santíssima Virgem inspirou as palavras pronunciadas por Mamma Rosa em 9 de novembro. É por isso que ele pede aos seus paroquianos "que não acreditem em fatos que não merecem confiança".

O sucessor de monsenhor Umberto Malchiodi na sede episcopal de Placentia, Monsenhor Enrico Manfredini, em 1º de novembro de 1970, reafirma que "o que se chama" os fatos de San Damiano", isto é, as chamadas mensagens, as chamadas visões e os supostos prodígios, não são sobrenaturais " ; avisa formalmente a Mamma Rosa que se ela persistir em "se ver como uma "visionária" e como "o instrumento da Santíssima Virgem" , os sacramentos e até o acesso à igreja lhe serão recusados; ameaça de suspender o padre Edgardo Pellacani, já revogado como pároco de San Damiano (em 1969), se não obedecer à ordem formal que recebeu para não mais tratar dos fatos em questão. Ele renovou essa proibição em todo o seu episcopado (15 de outubro de 1976, 20 de maio de 1977 e 1 de maio de 1980).

Apesar de não aceitar o testamento de Mamma Rosa, João Paulo II aconselhou uma abertura pastoral prudente por parte das autoridades diocesanas e nomeou para a sede do Cardealício de Bolonha Monsenhor Manfredini (18 de março de 1983) que morreu em dezembro do mesmo ano. Portanto, embora mantendo a posição oficial da cúria episcopal, os bispos de Piacenza gradualmente canalizam a peregrinação.

Bispo Antonio Mazza (bispo de 1983 a 1994), depois bispo Luciano Monari (bispo de 1994 a 2007), embora não reconhecesse a sobrenaturalidade dos fatos, nomeou padres para celebrar o primeiro domingo, depois a Missa todos os dias nesta pequena aldeia que tem no máximo cem habitantes. Permissão é então concedida a certos sacerdotes para animar reuniões espirituais relativas a jovens e famílias; é dada permissão a padres peregrinos, extradiocesanos ou estrangeiros, com suas celebrações, para celebrar a missa na igreja de São Damiano, de acordo com o padre encarregado da paróquia. O atual bispo, monsenhor Gianni Ambrosio, continua no mesmo caminho, embora seja mais difícil para ele, por causa do declínio das vocações, acabar com as massas em San Damiano.

Estranha formação no céu.Estranha formação no céu.

Os frutos de San Damiano

No final, desde os anos 1980, os bispos aplicaram os critérios promulgados pelo cardeal Seper em 1978 e as instruções do cardeal Ratzinger sobre os fenômenos espirituais discutidos: cuidar dos frutos e deixar à autoridade o julgamento dos fatos, que virá no seu tempo. Isso nos leva a terminar esta pequena história por dois testemunhos sobre os frutos de San Damiano.

Para o padre de Mamma Rosa, Pe. Edgardo Pellacani, "os frutos espirituais foram sentidos aos poucos e pessoas desesperadas encontraram em San Damiano um consolo para sua tristeza. Aqueles que ajudaram a tornar San Damiano conhecido em todo o mundo são precisamente aqueles que se beneficiaram de sinais particulares (fenômenos solares, visões) ou graças espirituais ou corporais. O que nos leva a acreditar nas aparições é que aqueles que relatam sinais ou graças recebidos aqui encontraram sua conversão ou pelo menos um novo ardor na prática religiosa e no cumprimento de seu dever de Estado. Quantos também sentiram a necessidade da oração diária ou o chamado à vida religiosa e ao sacerdócio! A mudança de vida, ou mesmo a conversão para alguns, torna seu testemunho digno de fé."

O Arcebispo Ruggero Franceschini, Arcebispo de Izmir (Smirne), Vigário Apostólico da Anatólia (Turquia), veio "como bispo, não como um simples fiel, mas como bispo", em 16 de outubro de 1999, para o 35º aniversário da primeira aparição, a mensagem de Nossa Senhora das Rosas - "Amor. Ore. Oferta. Sofrer. Silêncio " - tem suas raízes no Evangelho e é de grande relevância para a Igreja hoje: "Eu deixo para a Igreja oficial de Plaisance e Roma para fazer o julgamento que vai querer trazer mas eu, como Sucessor dos Apóstolos, posso dizer que me sinto em um lugar de espiritualidade, onde Deus está presente, onde Deus é sentido, onde percebemos a Deus e onde é mais fácil receber a mensagem de oração, penitência, conversão pessoal, para o bem do mundo inteiro."

Padre Claude Pellouchoud
(De acordo com o artigo "San Damiano" de Roland Maisonneuve e René Laurentin apareceu no Dicionário de "aparições" da Virgem Maria, Fayard, 2007 e outros escritos diversos sobre San Damiano)
Artigo publicado em The Rock is Christ n ° 91 de outubro a novembro de 2014.

 

 

Fontes:
http://fsspx.ch/fr/san-damiano-historique
http://www.adorare.ch/GNADENORTE.PDF

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