Você já ouviu falar em Smart Dust, ou poeira inteligente?
Trata-se de um conceito de dispositivos minúsculos, do tamanho de um grão de sal, mas extremamente poderosos. Cada grão da poeira conta com sensores, câmeras e mecanismos de comunicação que coletam dados e os enviam para processamento e estudo. Estes sistemas microeletromecânicos podem detectar, por exemplo, a luz, a temperatura, a vibração, o magnetismo ou substâncias químicas de determinado objeto ou mecanismo, e geralmente formam uma rede de computadores sem fio distribuída por uma área para executar certas tarefas, principalmente as mais sensíveis.
Apesar de o conceito não ser novo, não é tão conhecido. A poeira inteligente foi uma proposta de pesquisa enviada à DARPA – Defense Advanced Research Projects Agency por Kris Pister, Joe Kahn e Bernhard Boser, estudantes da Universidade da Califórnia, em 1997. A proposta consistia na construção de nódulos de sensores sem fio cujo volume é de um milímetro cúbico, e teve a verba de pesquisa aprovada em 1998, um ano mais tarde. O conceito foi introduzido, desenvolvido e financiado pela DARPA devido às aplicações militares em potencial dessa tecnologia e posteriormente expandido por Pister, em 2001. (*)
Uma revisão recente discute várias técnicas de como reduzir a poeira inteligente da rede de sensores sem fio à escala dos micrômetros.
Hoje, os sistemas microeletromecânicos são capazes de coletar dados de aceleração, estresse, pressão, umidade e sons, processando essas informações no que pode ser comparado a computadores de bordo. Tudo o que é coletado é armazenado em sua memória que, via Wi-Fi, consegue se comunicar com a nuvem, a base ou ainda outros sistemas microeletromecânicos.
Assim como as tecnologias emergentes, a Smart Dust pode ser aplicada em diversos setores da indústria, principalmente o de logística, transporte e mobilidade. Com ela, é possível fazer o acompanhamento de equipamentos fabris para facilitar o processo de manutenção; identificar pontos fracos e possíveis falhas de sistema; monitorar o funcionamento de equipamentos e o rendimento dos funcionários remotamente; garantir a segurança da indústria a partir da conexão sem fio, evitando descargas elétricas e acidentes; aprimorar o controle de inventários em fábricas, conferindo prateleiras, caixas, remessas, transporte, entre outras estruturas; fazer a medição de qualquer coisa a qualquer hora e de qualquer lugar.
A tecnologia Smart Dust ainda está em seus estágios iniciais. Mas não deve levar muito tempo para que os projetos comecem a sair do papel. (FIM)
O que você precisa saber é que esta tecnologia será (ou já está sendo!!!) utilizada na área da saúde, e trata-se de uma tecnologia invasiva, à medida em que a Smart Dust é um dispositivo minúsculo, que será colocado dentro do corpo humano para fazer a gravação de qualquer coisa, de acordo com sua programação, e que enviará estes dados para a nuvem. Pelo tamanho minúsculo, são difíceis de serem encontradas e destruídas. Qual a implicação desta tecnologia com a Internet dos Corpos? Para entender, veja o vídeo abaixo:
Busca