O povoado de Jacona, no fértil e rico estado de Michoacan, México, possui um santuário no qual se venera, há muito tempo, uma imagem da Santíssima Virgem Maria.
A tradição informa que esta imagem formou-se milagrosamente da raiz de uma árvore, tendo sido encontrada por alguns lavradores.
Admirados do encontro da imagem, os felizes lavradores levaram-na para seu povoado, entregando-a ao vigário do lugar, que a colocou com toda reverência em um dos altares da igreja paroquial, até que se lhe construísse uma capela, e nessa capela permaneceu muitos anos, sendo venerada sob o título de Nossa Senhora da Raiz.
No fim do século XVIII, foi a milagrosa imagem, que já havia sido retocada e ricamente vestida, novamente transladada para a matriz. Seu culto se espalhou por todo o estado e pelos estados vizinhos.
Em 1867, o Pe. Antônio Plancarte y Labastida, tomando posse do curato de Jacona, dedicou-se de modo especial a propagar o culto de Nossa Senhora da Raiz, conseguindo que chegasse ao auge do esplendor.
Desde então se começou a invocar Nossa Senhora, mediante aquela imagem, sob o título de Nossa Senhora da Esperança.
O povo de Jacona, agradecido pela proteção singular e pelos benefícios incomuns obtidos pela intercessão de Nossa Senhora da Esperança ou da Raiz, resolveu pedir ao Sumo Pontífice que coroasse a veneranda imagem. A petição foi benevolamente acolhida, e o papa Leão XIII nomeou como seu delegado o arcebispo do México. Com grande regozijo popular realizou-se a augusta cerimônia, celebrada com sessões literárias e imponentes funções religiosas.