Os cientistas descobriram duas cepas mortais da Salmonella que são quase impossíveis de tratar depois de detectar uma mutação da bactéria na África.
Existe o temor de que as novas cepas mortais da bactéria se propaguem foram do continente africano, porque os pesquisadores ainda não localizaram exatamente onde encontra-se a bactéria e onde cresce.
A descoberta ocorreu após o primeiro estudo genético de escala mundial da bactéria Salmonella enteritidis, que é uma das principais causas de envenenamento do sangue e morte na África, e de intoxicação alimentar no ocidente.
A pesquisa encontrou pela primeira vez que há três cepas diferentes da Salmonella.
O estudo também mostrou que as duas estirpes africanas carregam mais genes que lhes dão resistência aos antibióticos comuns.
Estas cepas não respondem aos antibióticos comumente disponíveis, e têm que ser tratadas com cefalosporinas ou ciprofloxacino, antibióticos de último recurso em muitas áreas da África.
Nas duas novas estirpes de Salmonella enteritidis foram encontrados genes de resistência aos antibióticos como a amoxicilina e o cloranfenicol, que ainda são amplamente utilizados na África e é somente questão de tempo até que a resistência à primeira linha de antibióticos, os cefalosporinas, se propague.
Segundo os especialistas, o estudo destaca que uma versão relativamente leve de uma bactéria pode tornar-se em um patógeno mais perigoso em certas condições.
Somente no ano passado, 68.000 pessoas morreram após infectar-se com a bactéria Salmonella, mas mais da metade deles está na África, devido as cepas recém descobertas.
Fonte: www.rainhamaria.com.br / Blog anovaordemundial