‹ voltar



Nossa Senhora da Santa Cruz (Erechim - Brasil)

 (1944-1988)

 

Nossa Senhora da Santa Cruz manifestou-se por meio de suas Aparições para a vidente Dorothea Menegon Farina e seu filho Geraldo, durante os anos de 1944 à 1988, na região chamada Lageado Paca, município de Erechim-RS- Brasil. Nossa Senhora fez várias revelações à vidente e transmitiu ao Mundo graves mensagens, pedindo oração, sacrifício e penitência. Essas Aparições foram duramente perseguidas e foram abafadas quase completamente. Confira alguns detalhes deste fato único na história do Brasil.

n/d

Dorothea Menegon nasceu no dia 13/06/1911 em Veranópolis-RS. Agricultora, cursou o antigo primário incompleto e casou-se com Artibano Farina e como lei da época passou a assinar-se Dorothea Menegon Farina. Boa esposa e mãe profunda devota de Santo Antônio e de Nossa Senhora da Salette, promotora do apostolado da oração a Jesus crucificado, catequista também foi uma das introdutoras da visita da capelinha domiciliar. Aos 33 anos de idade, mãe de 4 filhos, foi acometida por uma doença grave, fez a Deus um pedido que se ficasse curada aceitaria passar em todas as quaresmas de sua vida, todas as provas, perseguições, injúrias, ofensas, sofrendo em seu corpo todas as chagas de Jesus Cristo. A terrível doença levou-a a morte, sendo que após o velório de 24 horas voltou a vida normal.
Tempos depois, no dia 25 de fevereiro de 1944, enquanto lavava roupas em um tanque rústico, na única nascente d'água da propriedade, um grande clarão surgiu e uma voz feminina que pedia: “Oração, Penitência Pelos Pobres Pecadores”.
Quando ocorreu a 2° aparição, a cruz surgiu, tornando aquele ponto, local definitivo das aparições que aconteceram durante 44 anos em 5 datas anuais, sendo elas: 6 de janeiro, 11 de fevereiro, quarta-feira de cinzas, 3 de maio e 14 de setembro. A cruz que ainda existe foi destruída por 5 vezes, e na 4° destruição por desafio de uma autoridade religiosa surgiu a fonte d'água.
Atendida por Deus no pedido que fez durante a enfermidade, no tempo quaresmal aparecia-lhe no corpo as chagas de Jesus Cristo sendo que, na sexta-feira Santa, morria até ressuscitar no domingo de Páscoa às 6 horas da manhã; isso lhe causou muita perseguição, apedrejamento, presa recebeu uma dose muito alta de injeção de éter em um hospital da cidade de Erechim conforme uma reportagem de um jornal da época. Em uma das aparições, fiéis presentes ouviram uma voz feminina aonde Maria sede o nome de Nossa Senhora da Santa Cruz.
Durante as aparições, Nossa Senhora alertava o povo através da vidente Dorothea Menegon Farina, sendo que ela escrevia com seu próprio punho em folhas de papel. Em 1945, ela alertava para o perigo das drogas e que muitos jovens destruiriam suas vidas e de suas famílias por causa do vício. Naquele mesmo tempo alertava para o mal que a TV traria às famílias e elas perderiam os valores e princípios: do matrimônio, da fidelidade e da reza do terço na família. Na década de 50, Nossa Senhora alertava através da vidente para castigos que viriam tais como: transbordamentos dos mares e rios, o surgimento de pestes nos animais e insetos dos quais os humanos seriam acometidos.
A vidente Dorothea Menegon Farina, sempre preocupada com a justiça e a partilha, doou ainda com vida parte dos bens que a família possuía, parte da terra, casa com móveis, roupas, e muitos outros pertences, em troca pediu ao povo que construísse um santuário no alto do monte, simples, sem fechaduras, com mão de obra espontânea em forma de mutirão, os recursos doados livremente pelos devotos sem comércio, mas sim um local de oração penitência e conversão. Orientada pela vidente, formou-se uma comissão para organizar todos os trabalhos: abertura da estrada de acesso ao monte, terraplanagem e o projeto. Ela alertou que no alto do monte seriam encontradas pedras com sinais ainda não decifrados e um pé de espinhos, os mesmos que coroaram Jesus Cristo. Ainda hoje, baseadas nas suas orientações, exemplos, e nas escritas deixadas pela vidente voluntariamente o povo em forma de mutirão mantém o local organizado e fazendo pequenas melhorias.
Em 1987, acometida de câncer, no mês de agosto passou toda a responsabilidade ao povo leigo entregando ao senhor Jandir Picoli todas as orientações, as mensagens de Nossa Senhora da Santa Cruz escritas em próprio punho, e nesses dias previu sua morte. No dia 3 de maio de 1988 aconteceu a última aparição de Nossa Senhora à vidente que veio a falecer no dia 28 de maio do mesmo ano.
Em vida a vidente nunca pode participar de uma missa oficial no local, pois a 1ª só foi celebrada no dia 25 de fevereiro de 1994, quando completaram-se 50 anos das aparições, neste dia foi trazida a imagem de Nossa Senhora.
Hoje a visita ao local por devotos, famílias e pequenos grupos de romeiros é constante e diária, mas é nas datas que se recordam as aparições que há grande presença de fiéis.
As datas são as seguintes: 06 de Janeiro; 11 de fevereiro; 4ª feira de cinzas; 03 de maio e 14 de setembro. 14 de setembro, dia mundial da exaltação à cruz com romaria, sendo que a 1ª foi realizada no ano de 1988 com celebração e caminhada coordenadas pelos leigos e assim foi até a realização da 6ª romaria em 14 de setembro de 1993.
A fé do povo cresce a cada dia, e todos os anos no dia 14 de setembro realiza-se a romaria com milhares e milhares de romeiros que testemunham sua fé e ação de graças (por graças alcançadas), até mesmo testemunho de padres.


SETE OU OITO MESES DE VIDA

São estes resumidamente os fatos que antecederam às aparições de Nossa Senhora, na localidade de Lajeado Paca, município de Erechim no Rio Grande do Sul. Estamos em 1938. Há mais tempo, Dorothea Menegon Farina, casada com Artibano Farina, se encontra adoentada. Na esperança de melhora, dirige-se ao consultório do Dr. Caleffi, em Erechim. Após longa consulta, deixa a sala com uma receita de vários remédios nas mãos. Dentre eles, seis injeções enormes, muito doloridas. Entretanto, a medicação nada resolve. A dor aumenta o que leva a paciente a buscar outros médicos. Dr. Barbieri dá o caso por perdido e se nega a cuidar dela. Dr. Zanin a trata por cinco ou seis anos. Também, sem resultado positivo. Trata-se – dizem – de um tronco no estômago. Desenganada, mais uma vez, dona Dorothea volta para casa com este diagnóstico: Restam-lhe seis ou sete meses de vida.

MORTA POR 24 HORAS

Dorothea é mulher de fé e não se entrega fácil. Ela faz novenas e mais novenas pensando nos cinco filhos que, na época, vão dos quatro meses aos treze anos. À oração junta romarias e longas caminhadas penitenciais, pedindo a sua cura. Reza e confia. Confia e reza! Mesmo com os poucos recursos de que dispõem ajuda muito à Pia Obra das vocações Sacerdotais e outras Obras de Caridade. Um dia, o inesperado surpreende a família: Dorothea está sem sentidos. Sem respiração. Sentiram que ela estava morta. Puseram-lhe um crucifixo na mão e uma vela na outra. A vela queimou, mesmo no interior da mão, sem queimar os dedos. Caixão, túmulo, tudo foi providenciado para o enterro. Os filhos choram, desconsolados. Familiares e parentes chegam de longe e se juntam aos vizinhos, na dor do velório. Dorothea ouve tudo o que se passa ao seu redor, mas não consegue dar o mínimo sinal de que está viva, o que só ela sabe. Neste estado ficou por 24 horas.

A CURA REPENTINA

Depois de 24 horas – tida como morta – subitamente, Dorothea levanta por três vezes o crucifixo que lhe puseram na mão. Com voz clara se dirige aos filhos, dizendo: “Não chorem, filhos, que eu continuarei a cuidar de vocês!” Atônitos, sem entender o que estaria acontecendo, perguntam: “A senhora nos conhece?” E Dorothea foi dizendo o nome de todos, um por um, e lhes recomendou que rezassem. Depois, sem ajuda de ninguém, sentou-se na cama. Pediu umas roupas para se vestir e alguma coisa para comer e beber. Desde então estava curada e não tomou mais remédio algum. O calendário marcava 17 de dezembro, quando se deu a repentina cura de Dorothea. Os médicos se negam a fornecer o atestado da cura milagrosa. Diziam que eles a curaram. Dorothea lhes diz em tom categórico: “Não preciso de seu atestado. Eu sei donde veio a minha cura e todos esses prodígios. Deus mesmo vai manifestar tudo para confusão de vocês e lhes provará o milagre que agora vocês negam”.
A família havia gastado uma fortuna com a doença, sem resultado. E diante da cura, assim repentina, o Dr. Caleffi e Dr. Zanin ficam desconcertados. Examinaram-na ao “Raio-X” por duas horas, sem encontrarem mais vestígio algum da doença. Por via de dúvidas, porém, receitam-lhe vários remédios. Em 24 horas ou dentro de um ano, sentenciam: a doença pode voltar! Como a ciência tem o coração duro!

OS SEGREDOS DA CRUZ

Dorothea não se preocupou nem com as 24 horas, nem com o ano de vida que lhe deram. Muito menos com os remédios, que envelheceram na prateleira. Sabia que estava curada. Sabia Quem a curou. Isto lhe bastava e agradecia a Deus. Depois de curada, Dorothea teve ainda outros filhos, para a alegria do seu lar. Nunca, em toda a sua doença, teve ela alguma exclamação de queixa, desânimo ou impaciência. Sempre levou sua cruz com resignação. A cruz que levará no peito depois será, talvez sinal, ou quem sabe recompensa por sua entrega de amor ao crucificado. A cruz é, sem dúvida, o melhor prêmio com que Jesus retribuiu a quem O ama. Essa cruz, escândalo para uns e loucura para outros (l Cor 1, 23) é, na verdade, alegria para poucos, embora esteja presente na vida de todos. E a todos é oferecida como sinal de amor por Aquele que mais nos ama. Somente a quem se abre ao amor, um dia Deus revelará os segredos da felicidade, nela escondidos. Isto explica a impressionante história que esta Cruz escreveu: no chão e no coração do Lajeado Paca.

A “MULHER DA CRUZ”

No dia 18 de dezembro, um dia depois da cura, outro fato começa a marcar a pessoa e a vida de Dorothea. Em seu peito se formou uma faixa cor de sangue bem nítida que depois cresceu, se avolumou e deixou um cordão duro e palpável, em forma de cruz. É por isso que, a partir daí, ela se tornou conhecida na região como “a mulher da cruz”. Começa assim, também no Lajeado Paca, o que tantas vezes se repete, quando Deus visita o seu povo: a luta do bem contra o mal, do sim contra o não, do Céu contra os poderes do inferno. Como Jesus um dia, também “a mulher da cruz” inicia sua via sacra, que vai de Anás até Caifás, de Herodes a Pilatos, da cruz ao Calvário, com o peso redobrado pela perseguição, pela descrença e pela rejeição. Esta é a saga do verdadeiro profeta, que contra nada disso se revolta, antes segue confiado em Deus e na Sua infinita misericórdia. Profetas lamuriantes não vêm de Deus! Dorothea, como Jesus, também não foi bem aceita em sua terra!

“TUA GRANDE FÉ TE CUROU...”

Na vida difícil daquela época, com as crianças pequenas e sem empregada, é fácil encontrar a mãe de família no tanque ao lado da casa, ocupada com um cesto de roupas a lavar. É precisamente neste afã que a Mãe do Céu vem se encontrar com Dorothea pela primeira vez. Havia algo mais, bem mais importante que a roupa, a ser lavada: a alma! Alma da região, a alma do povo, que necessitava de urgente limpeza. Como Moisés diante da sarça que ardia, Dorothea se vê surpreendida por duas faixas luminosas, como relâmpagos, que lhe passam pela frente. A água no tanque borbulha e parece ferver. Enquanto isso, uma doce voz assim se manifesta:
“Minha filha, foi a tua grande fé que te curou e te salvou da morte. Fé em mim e em meu divino Filho. Penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Dize ao meu povo de pouca fé, que no peito tu trazes a sombra do Deus crucificado, e que não há salvação sem confissão. A parte feminina tem 30% que fazem comunhões sacrílegas. Se meu povo não se converter, grandes castigos hão de vir. O homem de hoje está esquecido de meu Filho. Não pensa que Ele morreu na Cruz pelos pecados. Quantas mulheres, que comungam sacrilegamente, só pensam na vida terrena e não cumprem com os deveres do matrimônio. Não pensam nos milhares de crimes que cometem. Propaga a reunião das crianças. Não temas os falsos profetas que te perseguem. Vai, e revela isso a todos”.
Diante do incompreensível que vê e ouve, Dorothea se assusta, num primeiro momento. Não entende o que está acontecendo. Mas, o que ela ouve é de uma ordem e de uma urgência muito grande: “Penitência, penitência, penitência pelos pecadores!”

A CURA PELA FÉ...

Duas coisas existem, na mensagem, que muitos custam a entender, apesar de terem sido depois esclarecidas pela própria Virgem: 1) Dorothea foi curada graças a sua fé em Deus e em Maria; 2) A cruz no peito lhe foi dada como sinal para que o “povo de pouca fé” cresse naquela cura. Mas, como acontece em todas as aparições, cumpre-se também na Santa Cruz o que depois será dito algures: “Para quem crê nenhuma prova é necessária. Para quem não crê nenhuma prova será suficiente”.
Mesmo assim, Dorothea insiste: “Dá-me uma prova, para que os padres acreditem”! Ao que a Senhora responde: “A prova darei, mas hão de acreditar por meio de castigos. Não cessarão os castigos, enquanto não atenderem ao meu pedido!”

AS PORTAS DO CORAÇÃO!

As portas do coração humano só têm uma chave. E esta porta, só se abre por dentro. Foi diante desta realidade que Dorothea começou sua dura e difícil missão. Um grupo de leigos, testemunhas dos fatos, a apoia e acompanha. Outros – a grande maioria – no início a condenam e levantam calúnias contra ela. Frente ao que ouve de muitos e não entendendo bem se é mesmo do Céu o que ouviu da voz invisível, Dorothea fica um pouco confusa. Asperge-se com água benta, reza e pede para que também outros vejam, ouçam e creiam. Reza vários terços por dia, jejua, faz novenas e outras penitências. Diariamente, enfrentando frio, calor, chuva, ou seja, qual for a intempérie, é sempre vista de joelhos sobre a dura pedra ao lado do tanque, onde reza o Rosário completo. Eis ai mais uma virtude necessária ao profeta: rezar muito, e rezar de joelhos! Horas e horas seguidas de joelhos, sem reclamar! Assim fazia Dorothea. Pedem sinais? Este é um!

ESTRANHO PRESSENTIMENTO

O que se passou naquele tanque foi grandioso demais. Não poderia, de forma alguma, ser entendido por quem não foi de fato envolvido pela esfera divinal. Não era fácil, por isso, confidenciá-lo a alguém, por mais amigo e íntimo que fosse. Aquela voz, tão meiga e doce, falou mais à alma que aos sentidos. Não há palavras que a possam explicar. No dia 4 de março de 1944, uma sexta-feira, Dorothea havia terminado sua primeira novena. Desde cedo se sentia envolvida por um estranho pressentimento. Está pensativa e preocupada. Algo está para acontecer, e ela o sente no coração. Mas, como sempre, termina seus afazeres caseiros, para depois varrer o pátio. O dia está lindo e o sol comanda um céu sem nuvens. De repente, como nove dias atrás, as mesmas faixas luminosas lhe passam para frente. E aquela voz, meiga e doce, volta a repetir a mesma mensagem ouvida no tanque, nos mesmos termos.

A CRUZ NA GRAMA

Ante o mistério daquilo tudo, ante a urgência daquelas palavras, ante a necessidade de confidenciar a alguém o que lhe vem acontecendo, Dorothea sente o coração explodindo. Somente à noite, um supremo esforço, consegue abrir-se com o esposo e lhe conta o ocorrido. Mas, o dia seguinte se abre uma nova surpresa, um novo “mistério”, para o casal Farina: a grama, em frente à casa, está secando em forma de cruz, medindo 2,20m por 1,40m e 12cm de largura. Começa a se escrever, no chão do Lajeado Paca, uma história que levará muito tempo para ser concluída.

SINAL DE CONTRADIÇÃO

Quando da sua apresentação, no Templo, Jesus foi revelado por Simeão como “um sinal de contradição” (Lc 2,34), isto é, de queda para uns e de soerguimento para outros. Terá esta cruz que se forma aí, na grama, a sina de ser, também ela, sinal de contradição, como aquele Menino que veio em função dela? Na sua história de conversões, também descrenças e destruições que hoje, 50 anos depois, conhecemos, forçoso nos é concluir pelo sim. Nesta sua história de meio século, uns nela encontraram um trampolim para uma vida melhor, enquanto outros nela tropeçaram, se feriram e caíram. Foi ao mesmo tempo uma história de fé, de dúvidas, descrenças e testes. Foi, e continua sendo como sinal!
Logo que soube do fato, um padre de Erechim capinou tudo e plantou outra grama. Mas a cruz venceu a prova. Fora dela a grama cresceu verde e bonita. Dentro da cruz, porém secou novamente. O mesmo aconteceu outras vezes quando a terra foi trocada pelos padres, quando no local o trigo foi plantado e exames na terra foram realizados. Até guardas os padres colocaram para que ninguém tocasse ali.
Suspeitava-se que a vidente a provocasse colocando soda ou sal. Os exames, porém, nada acusaram e a cruz voltou sempre, como Dorothea havia dito desde o começo: “Padre, o senhor pode fazer o que quiser, mas esta cruz vai voltar de novo! ”
A última tentativa de destruição que a cruz sofreu foi em 1993. Um enorme buraco, um verdadeiro poço, foi cavado sobre ela pelos sacerdotes uma semana antes do seu grande dia, a Festa de Exaltação da Santa Cruz, que a Igreja celebra a 14 de setembro. Mais uma vez, porém, a cruz venceu e a palavra da vidente se cumpriu. Para confusão de seus opositores e descrentes, a cruz voltou, como da outras vezes, e lá ainda pode ser vista hoje. Querem mais sinais?

UM CALOR ESTRANHO NO PEITO

Março e abril são os meses que, geralmente, nos introduzem no tempo quaresmal. Tempo em que também o povo se abre mais facilmente aos mistérios da fé. Nos anos 40, quando tudo começou no Lajeado Paca, as capelas do interior não eram numerosas como hoje. As que existiam, não contavam com a presença da Eucaristia, nem com acólitos ou ministros instituídos. A piedade quaresmal, porém, reunia o povo para a Via Sacra. E foi a Sagrada Via que levou dona Dorothea à Capela São Paulo do Rio Paca, naquela Sexta-feira, 7 de abril de 1944. Durante a reza ela começou a sentir um calor estranho na cruz que se formara no peito. Disfarçadamente ela examina e percebe que a cruz está sangrando. Nela ensopa o lenço que traz consigo e mais outros tantos que as vizinhas emprestam. O sangue continuou saindo toda aquela Sexta-feira, todo Sábado Santo e Domingo da Ressurreição, até pelas 6 horas da manhã. Depois se estancou por si e não deixou vestígios nem na camisa, nem no vestido. Só nos lenços e nuns panos com que ela se secou ao chegar em casa.

TUDO SE ESCLARECE

Finalmente, no dia 14.09.44, um fato novo surge e esclarece à Dorothea todos os momentos de angústia e do incompreensível, vivido até aqui. Estava ela de saída para a roça quando viu por cima da cruz no chão, uma linda nuvem, branca como a neve. Uma força irresistível a faz se aproximar. A nuvem se abre e uma claridade, mais forte que o sol, aparece. Apesar de muito forte, não cansa a vista. Do meio da claridade surge uma linda e incomparável Senhora de olhos azuis, trazendo no peito uma cruz luminosa de palmo e meio, com contornos amarelos. Os cravos da cruz lançam raios de luz em todas as direções. Por cima da cruz, o martelo e a torquês, instrumentos da crucificação. A data é significativa para esta aparição. Neste dia a igreja celebra a Festa de Exaltação da Santa Cruz. É o dia escolhido pela Mãe do Redentor para colocar os alicerces do que virá. Os alicerces dum compromisso. Compromisso, não só para Dorothea, mas, para todo o povo. Compromisso que, bem ou mal assumido, será, mais uma vez, “queda ou soerguimento para muitos” (Lc 2,34).

QUERO UMA IGREJA

Se vier da parte de Deus, uma aparição nunca acontece para alimentar manchetes de jornais e revistas. Acontece sempre para recordar e reafirmar o que já está dito por Jesus nos Evangelhos. Se vier da parte de Deus, também, uma aparição não vem endereçada a um vidente, mas é apelo e um compromisso para toda a humanidade. Já no início da sua pregação, Jesus abriu assim o seu projeto: O tempo se cumpriu e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e creiam no evangelho! (Mc 1,15). E por estarmos em dívida com este projeto, o mundo e a Região do Alto Uruguai estão necessitados, ainda, de conversão. É por isto que Nossa Senhora da Santa Cruz, como mais adiante se chamará, desde logo começa pedindo um lugar, um espaço físico de oração e conversão, uma igreja:
“Dize ao meu povo que aqui eu quero uma igreja que será chamada Igreja da Santa Cruz. Por meio desta aparição e desta igreja, muitos se hão de converter”. O recado é curto, mas traz em si o cerne do mistério de Cristo, o mistério da Cruz. E prosseguiu: “Minha filha, não chores! Vim consolar-te. Tu não eras possessa de espírito maligno. Foi tua grande fé que te curou e te salvou da morte, fé em mim e em meu Divino Filho crucificado. Leva a cruz. Ama a cruz! Não temas ser desprezada neste mundo. Terás grandes honras perante o meu Filho. Bem sei que os médicos contaram mentiras aos padres, mas foram enganados pelo demônio. Por isso não acreditam no milagre. Bem sei que o povo não te dá crédito. Não te dei a vida para fazer-te rica e poderosa, mas sim para que comuniques ao povo de pouca fé, que reze o Rosário e se confesse. Que faça penitência pelos pecadores. Que vá à Missa e respeite o dia do Senhor. Eu me vejo forçada a deixar cair grandes castigos sobre o meu povo...” Estas palavras de conforto foram, sem dúvida, um bálsamo para as feridas da vidente. A cruz não marcava somente a grama do seu pátio. Nem a cevava apenas no peito. Até ali, a cruz da dúvida e da incerteza marcava cada passo do seu dia-a-dia. E continuará marcando, até o fim de sua vida, e depois dela!

“NÃO EXTINGAM O ESPÍRITO”

Sempre que o Céu nos dá suas mensagens, o inimigo se encarrega do contrário. A messe do Senhor sempre conta com o joio (Mt 13,26). Onde Deus põe sua verdade, o demônio introduz suas mentiras. Na Santa Cruz, primeiro foram os médicos que intermediaram os enganos dos representantes da Igreja. “Mas foram enganados pelo demônio”, disse Nossa Senhora. Aos encarregados da ceifa parece ter faltado desde o início a sabedoria de Paulo: “Não extingam o Espírito, não desprezem as profecias. Examinem tudo e fiquem com o que é bom” (l Tes 5,19-21). Apesar das falhas no “examinar tudo”, porém, a Mãe do céu prossegue na tarefa da boa semente: Ela não veio em função do prestígio da vidente fazendo-a “rica e poderosa”, mas, em função da conversão de todos à oração e ao encontro com Deus. Está no coração desta pequena mensagem a chave para a solução dos grandes problemas do homem e do mundo: Oração e mudança de vida. A oração é o primeiro passo. Ela, depois, fará o resto. Porque tentar outras soluções que nos levarão, fatalmente, ao fracasso, aplaudidos por Satanás? Muitos fazem assim!

“OS CAMINHOS DE DEUS”

Uma coisa que custamos a entender é a escolha das pessoas que Deus faz, para a sua obra. Entre uma fofoca e outra, muitos não conseguiam admitir que Deus chamasse uma “colona” do Lajeado Paca para as suas mensagens. Foi difícil terem presente, que “os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos e suas escolhas divergem das nossas” (Is 55,8). Seja onde for, uma coisa é certa: Deus não escolhe pessoas perfeitas para enviá-las. Nem prefere o mais sábio ou o mais falador. Prefere, sim, aqueles que são capazes de admitir o seu “nada”, pois, somente nestes, Ele pode revelar o Seu “TUDO”. Prefere, sim, os que se encontram munidos de fidelidade, obediência e disposição para assumir a tarefa. Prefere, sim, os “pequenos” que erram, para confusão dos “sábios” que nunca erram. Como existem destes! Deus escolhe as pessoas como elas são. No convite e no envio, depois, Ele as vai aperfeiçoando com sua pedagogia própria. Se Deus dependesse dos perfeitos para agir no meio de nós, jamais haveria videntes, porque só Ele é perfeito (Dt 32,4) e só Ele conhece o íntimo de todos (Sl 139). Talvez seja, nos videntes, onde mais transparece a ação transformadora de Deus. Como o barro nas mãos do oleiro (Jr 18,6) eles se deixam moldar docilmente. À medida que se aperfeiçoam, eles próprios vão entendendo melhor a sua missão e o jeito de nela andar.

Assim, quando Dorothea um dia pergunta sobre o significado de sua cruz no peito, a Senhora, lhe revela o chamado e o sentido na missão: “Tu hás de levar a cruz do teu Senhor, por teu amor crucificado”. Dorothea quis avançar um pouco mais, e pergunta: “E a cruz, na grama, o que significa”? Ao que a virgem lhe esclarece: “Este é o sinal que tu pediste por meio de tua oração e de tua penitência”. “Mas – pergunta ela ainda – por que me odeiam e caluniam tanto assim”? A resposta, simplesmente, foi esta: “Quando não puderes mais aguentar as calúnias recorre a mim que te consolarei”! Foi andando que Dorothea aprendeu melhor o jeito de caminhar. E foi neste jeito de caminhar que se lhe formaram no corpo também as chagas do Redentor. Se pelos frutos conhecemos a árvore (Mt 12,33), creio que Dorothea foi um pomar suficientemente fértil de transformação evangélica. Suficientemente fértil para revelar um vaso de barro moldado segundo Deus.

OUTROS SINAIS

Muitas vezes, Dorothea havia pedido um sinal para que também outros enxergassem e acreditassem. Além da fonte, da cruz na grama e dos estigmas, a Virgem a brindou ainda com estes exemplos: Pascoal Maffini, hoje residente em Cascavel, no Paraná, confirma, emocionado, que ouviu distintamente a voz da Senhora revelando o seu nome à Dorothea. Assunta Rovani, da Capela S. Paulo, também acompanhou os fatos muito de perto, desde o início. Como testemunha de primeira mão, portanto, lembra o dia em que se sentiu envolta por estranha esfera apocalíptica, e uma enorme serpente, símbolo do mal, se aproximava, ameaçadora. Estes dois fatos se deram enquanto Dorothea tinha sua habitual aparição. Pascoal e Assunta são hoje parte de muitos frutos nascidos no pomar da Santa Cruz, pela vida de oração e testemunho cristão que levam. Mesmo morando distante, hoje, Pascoal sempre marca a sua presença fiel todos os anos na Romaria da Santa Cruz, dia 14 de setembro.

AS GRANDES PREOCUPAÇÕES

Desde as primeiras aparições, Nossa Senhora se mostra muito preocupada com as famílias e com as crianças. Insiste na reza do Terço e na catequese em família. Recomenda, inclusive, que todas as Paróquias e Colégios organizem as crianças em “Associações” que as reúnam e evangelizem. Na visita de 09.12.44, ela volta à carga: “Minha filha, dize aos meus Ministros que façam Associações de crianças. Que façam rezar estes inocentes que poderão salvar o Brasil, o Santo Padre o Papa, seus ministros e os religiosos”. À Dorothea, por duas vezes, ela pergunta: “Tu ensinas o Catecismo aos teus filhos”? E ela responde: “Oração eu ensino muitas, mas o Catecismo às vezes escapa”“Não, - Responde Nossa Senhora, em tom firme – todos os dias tu deves ensinar o Catecismo aos teus filhos. Os pais têm obrigação de fazer isto. É lá que as crianças aprendem o caminho da salvação. Meu Filho dá sempre as luzes necessárias pelo menos a um membro da família, para desempenhar esta missão”. Dizendo isto, Nossa Senhora chorou copiosamente. Sem dúvida, a força dos inocentes, acionada diante de Deus, pela oração, tem um grande poder. E este deveria ser um dos objetivos da nossa Catequese. Até que ponto acontece isto, na realidade? Catequeses cada vez mais vazias, mas frias, mais falando em ecologia que em Maria, mais falando em “cidadania” que em Jesus! Onde vamos parar? Frente a esta mensagem da Mãe do Céu, forçoso nos é perguntar, a quantas anda a catequese nas famílias, hoje? É urgente que, pelo menos um membro da família retome o que, infelizmente, a televisão lhes tirou das mãos.

O PORQUÊ DAS GUERRAS

No mundo dos homens sem Deus, desentendimentos e guerras são uma presença constante. Como, porém, as guerras geralmente acontecem longe de nós, em outros países, raramente nos questionamos sobre o motivo de tanto sangue derramado estupidamente. Como fez em Fátima, também na Santa Cruz, Nossa Senhora lança uma luz sobre o problema: “Não têm culpa os governantes, nem os exércitos, mas as artes femininas. Dize às mães de família, que não chorem por aqueles que morrem na guerra, de peste ou de qualquer outro modo. Que chorem sobre aqueles que elas matam por própria culpa, sem o batismo. O número que elas matam é muito superior aos que morrem na guerra ou de peste, no mundo inteiro. Lança-te aos seus pés e pede-lhes, em meu nome, a vida dessas crianças que foram destinadas a ser o sal da terra. Minha filha, o Senhor, teu Deus, foi crucificado pelo pecado mortal. Quantas mulheres que comungam sacrilegamente, 30% só pensam na vida terrena e não cumprem com o dever do Matrimônio”. Dizendo isto, mais uma vez, a Senhora chorou muito. Suas lágrimas caíam dos olhos, mas, não chegavam até o chão. Desapareciam antes. Ela mesma nos deu este alerta: “Se uma lágrima minha cair na terra brasileira, rios de sangue haverão de correr”! Foi esta a primeira vez, e, com palavras muito sérias, que Nossa Senhora falou muito claramente contra o crime do aborto, responsável por sangrentas guerras pelo mundo afora. Ai dos países que aprovaram estas leis! Muitos deles irão desaparecer da face da terra por causa deste crime hediondo! Podem ter certeza disto! Que aguardem!

CHAMO-ME: NOSSA SENHORA DA SANTA CRUZ

É comum Nossa Senhora se dar o nome do lugar onde aparece. Temos assim a Senha de Fátima, de La Salette, e tantos outros títulos conhecidos. Aqui, quando Dorothea lhe perguntou pelo nome, a Senhora respondeu: “Eu sou a Mãe de Jesus Nazareno, teu Redentor, e me chamo Nossa Senhora da Santa Cruz”. Da Santa Cruz, por quê? Com certeza, a Mãe do Céu quer recuperar um tesouro perdido. O Brasil nasceu como TERRA DA SANTA CRUZ. Cedo demais, porém, outros interesses dominaram os recém chegados aventureiros, fascinados com a madeira preciosa e seu valor lá fora. Cedo demais, a Santa Cruz perdeu o espaço para o “Pau-brasil”. E depois, para o futebol e para o carnaval... Queira Deus que nossa amada Pátria volte às suas origens e seja de novo a TERRA DE SANTA CRUZ. E, quanto a nós, Nossa Senhora diz: “O Brasil é de nome católico, mas, falta-lhe a fé. São mais numerosos e falsos que os justos”. Foi esta a denúncia deixada a nós pela padroeira deste nosso país. Explica-se, pois, a insistência na oração e na penitência, junto com o pedido de uma igreja – uma capela – para a fé e a conversão.

A PODEROSA ARMA

A 01.06.45, Dorothea recebeu esta incumbência: “Dize ao meu povo que reze o Rosário nas famílias. É a arma mais poderosa que Deus deixou na terra”. Em setembro, dia 14, a Mãe lhe passou um recado, repetido, depois, a 06 de janeiro do ano seguinte: “Meu Filho Onipotente está prestes a descarregar o justo e severo castigo sobre os homens culpados na terra”. Perguntada sobre o que fazer para evitar isso, respondeu: “Devem jejuar nas Sextas-feiras, respeitar o dia do Senhor e santificar a Sexta-feira Santa. Põem meu divino Filho no sepulcro por moda e não para ser adorado. Somente alguma velha idosa vai beijá-lO com respeito e derrama lágrimas sinceras de arrependimento. O resto dos homens fica fora do templo a profanar a religião”.  “Comunica a todos os pequenos que rezem cinco Ave Marias, cada dia, em honra as cinco Chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela conversão dos pecadores. Os adultos rezem todos os dias cinco Pai Nossos, na mesma intenção”. Ainda nesta aparição Nossa Senhora volta a insistir na organização das crianças em associações, e lhe dá esta tarefa: “Façam uma cruz do tamanho daquela da grama e na primeira Romaria que fizerem, seja ela levada até o morro, em romaria, pelas crianças inocentes. Nem que sejam necessárias cem crianças para carregá-la. Lá no morro seja ela erguida. Seja adorada, amada e respeitada por todos os homens, e não desprezada como nos nossos dias. É por meio da cruz salvadora que obterão o perdão e a salvação”.

“MÃO DIVINA JAMAIS SERÁ ENGANADA”

Se todos os começos são difíceis, os primeiros anos foram especialmente penosos para Nossa Senhora e sua escolhida, no Lajeado Paca. Ataques de toda ordem, boatos, perseguições, difamações, falsos testemunhos contra Dorothea, inclusive atentados houve, para sufocar a obra de Deus. Não só a cruz sofreu tentativas de destruição. Também a vida do casal Farina e a sua casa foram alvos do fogo e até do revolver. Somente uma proteção especial de Deus explica o fato de várias vezes terem saído ilesos de tudo. Foi a 06 de janeiro de 1946 que a Virgem deu à Dorothea esta consoladora segurança: “Nem que as calúnias sejam tão numerosas como os grãos de areia no fundo dos oceanos, não vencerão. Tudo pode ser enganado no mundo, mas a mão divina nunca será enganada por ninguém”. Como o joio no meio do trigo, muitos são os desvios que o demônio consegue semear em nossas famílias para atrapalhar e sufocar a presença de Deus. Dentre eles, Nossa Senhora chama especial atenção para as crendices e superstições, infelizmente, muito em voga no meio de nós. “Se querem a paz e a mansidão no mundo – diz ela – devem afastar as superstições porque é pelo poder de satanás que elas existem”. A qualquer cristão, um pouco atento à falta de paz aos desentendimentos entre os homens, não é difícil perceber a relação disso com esses desvios da fé que Nossa Senhora nos aponta. Se nós queremos a paz e o entendimento entre os povos, a condição única é jogarmos pela janela todos esses nossos livros “científicos”, seja qual for seu nome, para nos ligarmos e vivermos a Palavra de Deus, A Bíblia, servindo unicamente ao Senhor, nosso Deus. Só Ele gera “paz e segurança”, vida e liberdade para todos. Nossa Senhora, na mesma mensagem, prossegue: “De mil curas obtidas pelas superstições, talvez uma seja cura real, mas mesmo esta não fica de consciência tranquila, porque sente que não foi pelo poder de Deus, mas sim pela busca de satanás”. Sobre certas diversões, Nossa Senhora também deu o seu recado: “Quantas mães de família estão em mau lugar no inferno, por terem mal educado os seus filhos e filhas. Quantos pecados e crimes vergonhosos se cometem nos salões de baile!”

CONFIGURADA COM CRISTO

Chamada por Deus, Dorothea mergulhou fundo em sua união com Cristo. Ele não a brindou apenas com Sua Cruz, com Suas Chagas. Associou-a também, vivamente, à sua Paixão, à sua Morte, à sua Ressurreição. Fotos da época guardam os sinais das amarras dos pés de Jesus presentes nos pés da vidente. Além disso, testemunhas confirmam que ouviram as batidas da flagelação, a que ela respondia apenas com gemidos de dor. Nela, como os outros escolhidos pelo mundo, Jesus quis que tomássemos consciência dos sofrimentos que Lhe impuseram os nossos pecados. Nela também, Ele nos quer chamar todos à conversão e à reparação. Explica-se, assim este pedido da Virgem feito a 24.03.45, no qual ela nos convida a todos a nos identificarmos com seu Filho Jesus: “Minha filha, penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Procura com todo o teu coração e força da alma ter sempre presente Cristo crucificado. Jamais esqueças de te apoderar cada vez mais dos tormentos e dores que na Cruz padeceu o meu divino Filho e o que nela praticou e começou a sofrer com paciência. Nela acharás a tua glória eterna. Quero que desde hoje vivas crucificada com Cristo e só vivas para os efeitos da graça divina e que ensines ao meu povo amar a Jesus crucificado”. “Que sinal é esta cruz’? – pergunta Dorothea. E a Senhora lhe responde: “Não vês que a cruz é o estandarte da salvação? Rezem pelos bispos, pelos padres e por todos os religiosos e religiosas. Virá o dia em que vão ser perseguidos. Muitos serão mortos, e muitos, encarnados, pelos maus. O Santo Padre o Papa sofrerá muito por causa de tantas perseguições à Igreja e aos cristãos, por ver tantas vítimas na guerra, fome e miséria. Esta guerra vai terminar, mas, se não fizerem penitência, virá outra pior. A paz virá somente quando o meu povo voltar a Deus. Tu hás de sofrer muito, primeiro a perseguição do povo, depois, dos padres e do bispo. Mas, oferece tudo pela conversão dos pecadores que tanto precisam. Não temas. Revela isso a todos!” Profundamente associada aos sofrimentos do seu crucificado, Dorothea teve todos os anos reproduzidos em seu próprio corpo a Sagrada Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Pelas 15 horas da Sexta-feira Santa, a cruz no peito e as chagas começavam a sangrar. Sangravam todo o Sábado até Domingo da Páscoa, pelas seis horas da manhã. Depois o sangue parava por si e não deixava vestígios. Apenas a cruz e as chagas permaneciam. Dia e noite, lençóis e mais lençóis iam sendo trocados e lavados, banhados em sangue. Cumpre registrar que, mandado por padres adversários da vidente, alguém ensopou um lenço neste sangue da vidente, para depois ser examinado em laboratório. Em seguida, porém, apareceu alguém com um vidrinho cheio de sangue, de fonte desconhecida. E este conteúdo foi mandado examinar. O resultado foi este: Trata-se de sangue de galinha e não o da vidente. Tudo isso, porém, aconteceu porque eles foram “enganados pelo demônio”, como depois a própria virgem revelou.

CRUZ E VIDENTE SE IDENTIFICAM

A cruz e a vidente se identificam no Lajeado Paca. E tudo se desenrola de acordo com a previsão da Virgem: “Tu hás de sofrer muito, primeiro, a perseguição do povo. Depois, dos padres e do bispo. Mas, oferece tudo pela conversão dos pobres pecadores que tanto precisam. Não tenhas medo!” Na cruz da grama, o único possível era tentar arrancá-la dali, mas, não houve como. Todas as tentativas deram em nada. Já com a vidente, havia métodos mais refinados para tentar silenciá-la. Todos eles, porém, foram igualmente inoperantes. A “perseguição do povo” iniciou com a não aceitação das aparições. Seguiram-na a calúnia, a difamação, a fofoca e os falsos testemunhos. A “perseguição dos padres e do bispo” foi o segundo passo. Proibições e ameaças de toda ordem lhe foram impostas. Acusações de insanidade mental e esquizofrenia a levaram a fazer vários exames, que nada comprovaram. Pelo contrário, deram à vidente o aval de pessoa lúcida e completamente normal. A última e mais dura pena imposta a ela e aos devotos de Santa Cruz foi a excomunhão. Uma Circular foi expedida pela Cúria Diocesana contra Dorothea, contra as aparições e contra todos aqueles que ainda frequentassem o local das aparições. Sobre o fato, registramos aqui o alerta dado por Nossa Senhora à vidente, na aparição de 01.02.56: “Penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Rezai pelos sacerdotes de Deus, porque entre elas há muitos que ferem meu coração e o de meu Divino Filho. Há muitos que não se importam com a sua missão, com o catecismo das crianças e também dos adultos. Eles necessitam da Catequese. É por meio dela que eles aprenderão a melhor servir a Deus”.

Dorothea volta a insistir numa prova: “Mãe querida, dá uma prova para os padres acreditarem”. Nossa Senhora respondeu: “Eles agora são confundidos pelos falsos, pelos lobos em peles de ovelha. Provas haveria muitas, mas, os padres não querem provas. Minha Filha aproxima-se o tempo em que o teu Pároco e o de Aratiba vão levar informações ao bispo. Este enviará uma Circular que será lida em todas as igrejas, proibindo os fiéis de visitar este lugar, e lançará a excomunhão. Mas isto não é aceito pelo meu Divino Filho. Eles não podem tirar a fé de meu povo. Eles têm que pensar no que fez meu Divino Filho na Quinta-feira Santa. Ele se deu em alimento e os padres proibindo, um dia hão de dar contas à justiça divina por todas as comunhões dos fiéis, que comungavam em sufrágio das almas, pela conversão dos pecadores e por suas famílias que tanto precisam. Os padres não podem prejudicar a fé de meu povo.”
“Muitos farão comunhões espirituais, e isto será aceito por meu divino Filho. Ele, na sua paixão, suportou tudo pela salvação de todos e hoje está no Sacrário dia e noite. E quantos católicos passam na frente da igreja, lá está meu divino Filho e Salvador, e não têm tempo de Lhe fazer uma visita, dizer-Lhe, nem que seja uma só palavra de amigo, fazer o Sinal da Cruz. Nem ao menos levantam o chapéu ao saber quanto Ele sofreu por vós. Pensai e meditai na Paixão de meu divino Filho, e jamais pecareis”!

O SEQUESTRO

A história das aparições de Nossa Senhora registra vários sequestros dos videntes, pelo mundo. Fátima, Garabandal e Medjugorje são talvez, os mais conhecidos. Não é de se estranhar, por isso, o sequestro de que foi vítima também, a “colona” Dorothea do Lajeado Paca. Faz parte da anunciada “perseguição dos padres e do bispo”. É por isso que Dorothea reagia a tudo com muita calma, com admirável serenidade. Sabia onde colocar tudo. E resignada, aguardava que tudo se realizasse. Foi assim que um dia, foi levada de sua casa pelas autoridades religiosas, sem que alguém soubesse para que e para onde. Dias depois, ela foi localizada pelo povo, num hospital da região. Ali ela havia sido submetida a maus tratos pelos médicos e sacerdotes e nem mesmo uma terrível injeção de 25 centímetros de éter a reduziu ao silêncio. E quando a cruz no peito e as chagas começaram a florescer, engessaram-na dos pés à cabeça para ver no que daria. Como satanás pode usar e enganar as pessoas! Para espanto de todos, numa aparição que ali teve, portas e janelas se abriram por si, revelando sua presença ao povo que a procurava em toda parte. Em nenhum momento teve Dorothea algum sentimento de revolta contra os seus agressores. A pedido da Virgem, rezava por eles. O seguinte fato ilustra bem esta sua atitude: Estando um dia a tratar os animais na estrebaria, foi inesperadamente atacada por uma vizinha. Um filho que estava por perto percebeu o ataque e veio em socorro da mãe. Quando a agressora se pôs em fuga um estrepe a feriu na perna. Dorothea a socorreu, limpou o ferimento e enfaixou a perna com o avental que usava e lhe disse: “Agora, vai para casa. Um dia você virá aqui para rezar”! Não demorou muito, a agressora voltou em lágrimas e se juntou ao povo em oração, diante da cruz.

INCERTEZAS E INSEGURANÇAS

O que talvez mais caracteriza o final do século em que vivemos é a incerteza e a falta de segurança. O povo não tem paz nem segurança. Nem mesmo, na própria casa. Os recursos e os bens da vida, cada vez mais se concentram e se fecham em poucas mãos. As possibilidades de emprego se tornam dia por dia mais remotas, com as máquinas disputando o espaço do homem. As ruas, com seu vai e vem, desenfreado e delirante, com seus assaltos e sequestros, já não podem fornecer a ninguém a certeza do regresso ao lar. E quem põe sua segurança à arma que leva, acaba armando mais um delinquente para os crimes de amanhã. A única segurança, provinda da proteção divina, se tornou distante, quase impossível, porque já não acreditamos em Deus e não O invocamos. A segurança e a paz que assim procuramos, sem Ele, não existe. O homem de hoje precisa, com urgência, dar uma volta muito grande nos rumos de sua vida. Estes rumos nos vêm definidos pela Mãe do Céu, na sua mensagem de 06.03.57: “Minha filha, penitência, penitência, penitência pelos pecadores! Pobres filhos, como são ingratos e pecadores! Minha filha humilha-te diante de tantas perseguições e calúnias. Dize-lhes aquelas benditas palavras do meu divino Filho, proferidas na crucificação: ‘Meu Pai, perdoai, porque não sabem o que fazem”! E diz mais: “Minha filha, não temas. Vai comunicar aos corações mais empedernidos que não vão à Missa, que rezem o Santo Rosário nas famílias. Como o meu coração está triste e amargurado ao ver tantas críticas e calúnias sobre os meus ministros. Vós bem sabeis que não há salvação sem confissão. Os homens querem a paz, mas a paz sem Deus de nada lhes servirá. A paz voltará só quando o povo voltar para Deus”. A Virgem estava muito triste naquele dia, e Dorothea lhe pergunta: “Mãe querida, qual é o motivo de tantas lágrimas e qual é o pecado que mais vos desagrada?” Foi esta a resposta: “Minha filha, são essas publicações falsas que ofendem a fé, com tantas fotografias e modas escandalosas nas revistas e nos jornais que não são verdadeiramente católicos. Meu Divino Filho não permite isto nos lares católicos. Estes jornais e revistas poderiam espalhar um bem imenso se fossem verdadeiramente católicos. Mas, em vez disso, estão envenenando o universo inteiro. A verdadeira Igreja de Cristo é a Católica Apostólica Romana... As outras são inventadas pelos homens sem fé. Quantos católicos há, que são tão fracos que se deixam iludir pelos falsos, como a maçonaria, o espiritismo, o comunismo e outras mil religiões e superstições”.
“Minha filha, em vez do Terço nas famílias, há os cinemas livres, imorais, decretos ímpios e leis contrárias à Lei Divina. E há os crimes destas mães modernas e criminosas, blasfêmias, injúrias, sacrilégios, rancores e ódios, e estes malditos salões de baile que são a própria rede de satanás. Os homens permanecem na mais dura incredulidade, desumanos e pecadores. A cruz salvadora está desprezada em toda parte. O nome do meu divino Filho é arrastado pela lama dos homens pecadores. Os 10 mandamentos não são mais observados. Muita prudência com aqueles que vêm a vós vestidos de peles de ovelha e por dentro são lobos ferozes”.
“Minha filha, se todos os católicos rezarem o Terço e forem à Missa, o Anjo da paz não tardará a descer sobre a terra. Mas, se não fizerdes penitência... O tempo é grave, a nuvem maldita do comunismo quer cobrir o Brasil. Rezai, filhos meus, para que se aplaque a ira de Deus. Porque ela está derramada sobre as Nações e não tardará chegar ao Brasil se não fizeres penitência”.


“ESTA PAZ NÃO EXISTE”

A paz que os homens procuram, vimos na mensagem anterior, esta paz sem Deus que pretendem, não existe. A paz é o desejo de Deus. Foi oferecida “aos homens de boa vontade” (Lc 2,14). Tem algo em comum com a “Terra Prometida”: Só será possível para um povo realmente disposto a arrancar pela raiz todo o sistema de vida e de governo que explora e oprime (Deut 25,13-16). Esta foi a exigência. Este é o preço. A paz somente nos pode vir como fruto de uma vivência segundo Deus, numa sociedade fraterna, aberta à partilha e à igualdade entre todos. Foi com estes requisitos, e somente com eles que a terra, prometida a Moisés “ficou em paz, sem guerra” (Jos 11,23c), depois de repartida entre todos por Josué. A experiência deste povo e as mensagens de Nossa Senhora nos mostram que terra e paz vêm pelo mesmo caminho: o caminho da fidelidade de Deus que passa pela justiça, pela partilha e pela fraternidade entre todos. Numa palavra, pelo caminho da conversão, sem o que, o povo não terá nem terra, nem paz. Em outra mensagem Nossa Senhora esclarece isto ainda melhor, com um outro enfoque: “O mundo não terá paz enquanto os ricos e os governantes não estenderem a mão aos pobres”. Esta paz parece hoje mais difícil do que nunca, porque tem como preço a conversão dos homens. Este é o caminho. E não há outro. É por isso que a Rainha da Paz insiste: “Esta guerra vai terminar, mas, se não houver conversão e penitência, virá outra pior”. E virá. E está mais próxima do que se imagina!

CONVERSÃO E PENITÊNCIA

Queiramos ou não, a cruz nos acompanha nos caminhos da vida. Ou é livremente assumida, por amor, ou se torna uma incômoda pedra em nosso sapato. É por isso que Nossa Senhora da Santa Cruz implora: “Minha filha, penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Não vês que a cruz é o estandarte da salvação? Rezai pelos bispos e padres e por todos os religiosos, porque virá o dia em que vão ser perseguidos, muitos serão mortos, e muitos encarcerados pelos maus. O Santo Padre o Papa há de sofrer muito por causa de tantas perseguições à Igreja e aos cristãos, por ver tantas vítimas de guerra, fome e miséria. Esta guerra vai terminar, mas, se não fizerdes penitência, virá outra pior. A paz virá, quando o meu povo voltar a Deus. Tu hás de sofrer bastante, primeiro, a perseguição do povo. Depois, dos padres e do bispo. Mas, oferece tudo pela conversão dos pobres pecadores que tanto precisam”.
“Minha filha, procura com todo o teu coração e força de alma ter perpetuamente presente Cristo Crucificado e jamais te esqueças de apoderar cada vez mais os tormentos e dores que na Cruz padeceu meu divino Filho e o que nela praticou e ensinou a sofrer com paciência. Nela acharás a tua glória eterna. Quero que desde hoje vivas crucificada com Cristo e só vivas para os efeitos da graça divina e que ensines ao meu povo amar a Jesus crucificado. Não tenhas medo. Revela isto a todos”.

QUERO UMA IGREJA AQUI

No dia 14.09.45, a Virgem mais uma vez assim pede: “Minha filha, penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Vai dizer ao teu pároco que aqui eu quero uma igreja, que há de se chamar IGREJA DE SANTA CRUZ”.
A vidente responde: “Ele sabe, mas diz que não tem tempo para isso”! “Ah sim, minha filha, vai dizer-lhe de novo. Se ele não me atender será perseguido e caluniado e o bispo vai transferi-lo. E vai gastar todo o tempo que tinha para provar a aparição em troca até de lágrimas. Depois ele acreditará. Reza pelo outro, para que não se deixe iludir pelo demônio e pelos maus amigos”. “Mas, dai-me uma prova – insiste Dorothea – para que os padres acreditem!” “A prova darei, mas hão de acreditar por meio do castigo. Não são mais dignos de prova divina. Não tenhas medo. Vai dizer ao meu povo que reze o Rosário que é meio seguro de salvação. Porque, se não fizerdes penitência, Deus vos mandará pestes aos animais, que depois se transmitirão ao corpo humano.” Vindo do céu, este alerta nos chama a uma reflexão urgente. Frente a ele, o homem de hoje precisa, com urgência, repensar sua vida, sua história, seus valores, seus costumes, seus relacionamentos, suas escolhas. Bênção ou maldição o homem escolhe. E infelizmente, quase sempre ele escolhe errado.

A advertência que nos foi dada pela mãe do Céu, na sua mensagem de 14.09.51: “Penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Se meu povo não se submeter a fazer penitência, vejo-me forçada a deixar cair grande castigo. Os dez mandamentos não são mais observados. O nome de meu Divino Filho é arrastado pela lama da mais terrível blasfêmia. O dia do Senhor é profanado sem respeito. Cometem mais pecados, num só dia Santo, que em seis dias de trabalho. Quantos homens correm para a perdição do mundo, precipitam-se no gozo e no abismo dos prazeres. A multidão dos pecados que cometem é tal que meu coração está afogado numa torrente de amargura e de tristeza. Ai do mundo por causa do escândalo, da blasfêmia, da inveja e da calúnia, e do desprezo do dia do Senhor. É esta a causa de grandes castigos nas famílias e na colônia. E esses malditos salões de baile, que são a rede do próprio satanás. Pobres jovens, quantas almas que caem no inferno como a chuva de neve que quase fecha o clarão do dia. O povo é pior que no tempo do dilúvio. A ira de Deus está derramada sobre as nações e não tardará a chegar no Brasil se não fizerdes penitência. Eu vos prometo, se todos os católicos rezarem o Terço todos os dias, o Anjo da paz não tardará a descer sobre a terra. Mas, se não fizerdes penitência, os tempos serão graves. Rezai, rezai, filhos meus, para que se aplaque a ira de Deus!”

“PENITÊNCIA PELOS PECADORES!”

Em todas as suas manifestações à Dorothea, Nossa Senhora começa, com a insistência: “Penitência, penitência, penitência pelos pecadores!” Na aparição de 02.03.49 ela volta a pedir que se reze o Rosário nas famílias: “... pois quando todas as famílias cristãs rezarem o Rosário diariamente, a Rússia se converterá e o comunismo terminará, e darei a paz ao universo inteiro. Se não me atenderem, virá um castigo tremendo. Os homens permanecem na mais dura incredulidade, desumana e pecadora, vivendo numa vida mundana, só preferem a riqueza, gozar, tudo para o corpo e não pensam um instante na alma. “O que vale ganhar o mundo inteiro, se não salvarem sua alma que será condenada ao fogo eterno?” Rezai e fazei penitência, que eu estou chorando por vós e mais tarde chorareis vós pelo clamor dos que não rezam e perseguem a religião de Cristo. Rezai, filhos meus, rezai também pelos meus ministros e religiosos.”
No dia 14.09.49 ela volta a pedir oração e penitências pelos pecadores: ... “As mães cristãs são poucas que se submetem severamente ao Sacramento do Matrimônio. Milhares de crimes se cometem nestes malditos salões de baile. Quantos pecados escandalosos. E quantas crianças que ainda não sabem fazer o santo Sinal da Cruz. O Sinal da Cruz recorda a Cruz de meu Divino Filho e os cristãos deste tempo opõem o Sinal da Cruz às superstições dos pagãos. Os homens pretendem a paz sem Deus. De nada lhes servirá. Se não fizerdes penitência, oração e sacrifício, o Brasil se tornará uma nova Rússia. Vai, e dize ao coração mais endurecido que vá a Missa no dia do Senhor. Que se reze o Rosário em todas as famílias cristãs. Onde não ouvem a tua voz, faze-o ouvir por outros. Não tenhas medo e revela isso a todos”.

A SALVAÇÃO NOS VEM PELA CRUZ

Somente pela cruz nos vem a salvação. Por isso, no caminho de todos os videntes, encontramos a cruz da perseguição, da calúnia e da rejeição. Não poderia ela faltar também no caminho e na vida de Dorothea. Ao cristão comum falta, não raro, o entendimento da cruz. É por isso que, tantas vezes, a evitamos. Na vida dos videntes ela é o fogo purificador que comprova a qualidade do ouro. Cruz e sofrimento são partes integrantes, no seguimento de Cristo. Eles são a porta por onde encontramos o coração de Deus, revelado assim por Maria: “Minha filha, humilha-te diante de tantas perseguições e calúnias. Oferece os teus sofrimentos pela conversão de quem te persegue e calunia. Deseja, como meu divino Filho, aquelas benditas palavras proferidas na crucificação: ‘Meu Pai, perdoa, porque não sabem o que fazem’! Minha Filha, tu não podes imaginar o quanto agrada ao meu divino Filho e a mim e quantas almas arrancaste ao demônio e conduziste ao caminho da salvação. Mas, é preciso que sofras muito ainda. O mundo está na desolação. Os homens, afogados nos prazeres e no gozo. E quantos pecados que cometem com estes dias carnais de satanás. Se continuarem assim, em breve meu divino Filho renovará a face da terra”. Além das demais cruzes que perpassam os caminhos dos videntes, encontra-se também a das proibições das autoridades. E esta se coloca em especial desconforto diante das mensagens do Céu. Não é fácil obedecer ao Céu quando, na terra, seus representantes, o proíbem. É nestes casos, talvez, que mais necessitamos do discernimento e do bom senso, para “obedecer antes a Deus que aos homens” (At 5,29).

A MEDALHA DA BOA MORTE, OFERECIDA POR SÃO JOSÉ 

Era 11 de fevereiro de 1958. Como havia prometido, a Senhora se apresentou com o menino Jesus e São José. Foi ela que falou primeiro: “Minha filha, hoje é a data que te prometi visitar a terra com minha família. Vê o que as tuas vistas humanas podem ver hoje”. Abre-se um grande clarão, com a presença encantadora do Menino Jesus e São José. Jesus trazia na mão esquerda um globo azul e preto. Apresentou-o, dizendo: “Vejam o mundo e o pecado. É com os pecados da humanidade que ele se tão pesado”. Fez um gesto de querer deixá-lo cair. Nossa Senhora, porém, pôs sua mão por baixo e o fez levantar, mantendo-o erguido. São José falou, dizendo: “Dize ao povo que me invoque. Sou o protetor da boa morte. Quem rezar diariamente um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória, não o deixarei morrer sem Sacramentos e o assistirei nas últimas horas da vida terrena”. Mostrou à vidente uma medalha que tinha num lado a sua própria imagem estando a morrer nos braços de Nosso Senhor. E no outro lado, a imagem de Nossa Senhora com Jesus morto nos braços. E disse: “Vai, e dize ao Pároco que mande cunhar esta medalha da boa morte para que todo o povo a carregue. É meio seguro de salvação e arma poderosa contra as ciladas do demônio”.

OUTRA MEDALHA

Nesta aparição de 11.02.58, Nossa Senhora ainda fez referência a outra medalha, entregue a Dorothea na visita anterior, de 6 de janeiro. Seu simbolismo profundo nos sugere apresentá-la. Trata-se de uma medalha, especialmente pesada, para o seu tamanho. Ela mesma explicou: “O peso é o pecado da humanidade. Quando deixarem de ofender meu divino Filho, o peso irá diminuindo. Quanto mais ofensas, mais pesada ficará. Por enquanto, não a mostres a ninguém. Eu virei avisar-te em particular quando é para ser revelada.” Dorothea lhe perguntou: “E ao Pároco, deverei mostrá-la”? “Não. Deixa-o continuar na sua incredulidade. Ele está orientando os padres, o bispo e o povo, e protesta contra as minhas palavras”.
“Minha filha, olha a ciência. Só se serve, em vez de melhorar o mundo, dar a paz e a tranquilidade à humanidade e a harmonia entre os povos. Se continuar assim, vós haveis de ver os maiores perigos já postos pela ciência nas mãos dos homens. A humanidade está à beira de uma grande guerra atômica, arma diabólica e destruidora. A ciência, em vez de estudar, reconhecer e adorar a onipotência de meu divino Filho torna o homem enfatuado e imponente. Em vez de tais inventos aproximarem o homem de Deus, Dele o afastam. A humanidade está construindo uma nova torre de Babel”. Disposta a fazer sua parte na difícil missão, Dorothea volta à carga: “Mãe querida, dá uma prova para que padres e povo tenham a certeza da vossa aparição e acreditem nas vossas palavras! Eu ofereço a minha vida, mas, dá-lhes uma prova!” Em resposta, a Senhora lhe diz: “Minha filha, só esta cruz no chão seria prova suficiente. Mas, vou dar mais uma prova. Vou te dar uma medalha que representa as minhas dores, a Paixão de meu divino Filho e o mundo. A parte azul são os católicos. Vê como são numerosos os maus e como são poucos e fracos, os católicos. Em muitos lugares são mais numerosos os maus. É por isto que devo deixar acontecer as coisas anunciadas, porque, por elas, muitos se salvarão. Isto não será em 1958 ou em 1959 que está aí. Deus deu mais um pouco de tempo para o povo melhorar, mas é inútil. Vivem obstinados no pecado. O povo de hoje só pensa nas coisas terrenas, estuda para inventar sempre coisas novas e nunca tem a consciência em paz, por mais que saiba e por mais riqueza que possua. Tudo isto, porque está afastado de Deus que, só Ele, pode trazer a paz. Os mandatários não querem reconhecer meu divino Filho. É por isso que somente há confusão no povo”.

NOVAS REVELAÇÕES

“Como alegra o meu coração este povo reunido a rezar”! Disse Nossa Senhora...Mas, não pode esconder também sua censura diante dos males presentes na sociedade: “Mas quantos nos cafés, nos bailes e nas praias. Quantas jovens e donzelas desonestas com estas malditas modas que só servem para envenenar o universo inteiro. E eu dei ao mundo o Salvador para salvar todos os homens. Tu lhes deves falar sobre a Sua grande misericórdia e prepará-los para a Sua Segunda Vinda. Ele virá não como misericordioso Salvador, mas como reto Juiz. Esse dia terrível já está decretado. É o Dia da Ira e da Justiça de Deus. Os anjos tremem diante dele. Minha filha, fala aos homens sobre a grande misericórdia do coração do Salvador, enquanto ainda há tempo de piedade. Se agora ficares silenciosa, nesse dia terrível ficarás responsável por um grande número de almas. Não tenhas medo. Mantém-te fiel até o fim, que eu estarei a teu lado”. Apreensiva, novamente Dorothea lhe expõe o problema de não aceitação por parte do clero. A Senhora lhe responde: “Reza muito. É o bom Deus que permite isto para teres mais recompensa no Céu e para salvar muitas almas. É por meio do sofrimento teu que aquele sacerdote não caiu em perigo maior. Isto feriu muito meu coração e o de meu divino Filho. O demônio anda solto. Ele procura tirar os religiosos dos conventos para desprezar as coisas santas e derrubar a Igreja. É por isto que meu coração está hoje muito amargurado. O demônio sabe quantas almas um padre pode salvar, ou um religioso ou uma irmã, dos quais ele tem uma inveja imensa. Experimenta todos os modos para seduzi-los ao pecado, e por isso devem rezar muito e muito por eles”.

OS FRUTOS APARECEM

É sabedoria do Evangelho que “toda árvore boa produz bons frutos” (Mt 7,17). E os mais selecionados canteiros de mudas de Maria, são com certeza os locais de suas aparições. Ali, as sementes são constantemente regadas pela oração e pela penitência de muitos, e pela vida dos videntes. Também no Lajeado Paca, frutos especiais foram anunciados pela Virgem, na aparição de 18 de fevereiro de 1953: “Vês aquele pecador, já convertido. E hoje, mais um dá de se converter. Pede-lhe, em meu nome, que se confesse. Ele te obedecerá”. Não sabendo de quem se trata, Dorothea pergunta: “Mas, quem é essa pessoa?”. A Senhora lhe responde: “É o primeiro que vai te pedir um copo de água. Pede-lhe, em meu nome, que se confesse!” Soube-se, depois que, realmente, J. C. andava afastado da religião e já fazia 25 anos que não se confessava mais. No mesmo dia, ele foi até Erechim e pôs sua vida em dia diante de Deus. A partir dali, viveu fielmente sua vida cristã. Além das muitas curas espirituais ali realizadas, inúmeras são, também, as curas físicas obtidas pela intercessão de Maria, como atestam as placas de “graças alcançadas” que circundam a imagem da Mãe da Santa Cruz, no Santuário. A elas todos os anos se acrescentam mais outras, nas Romarias de 14 de setembro. Junto com o interesse por aquele pecador, na visita de 18.02.53, Nossa Senhora teve ainda outros pedidos a fazer: “Minha filha, penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Como está triste meu coração ao ver tantas almas que se perdem, principalmente aqueles sacerdotes que ofendem o meu coração e o de meu divino Filho. Eu quero que tu comungues na primeira Sexta-feira por aquele sacerdote que, se salvará, sim, mas é preciso que sofra muito ainda. Não temas. Vai dizer ao meu Ministro que aqui eu quero uma igreja, muitos se hão de converter. Bem sei que não te acredita e te persegue, te calunia, e desprezará as minhas palavras. Não quer acreditar. Sei que vão fazer antes um Seminário e um Santuário em homenagem à minha aparição na Cova da Iria, mas poucos milagres farei, até que não fizerem a igreja que há tanto tempo estou pedindo. Eu não quero uma igreja grande, mas a fé do meu povo quero que aumente. Revela isto a todos”.

“AQUI EU QUERO UMA IGREJA”

Já vimos, desde o início das aparições Nossa Senhora está a pedir uma igreja para a oração e a conversão do povo. Seguido ela cobra isso da Dorothea. Só depois, muito depois, o povo lhe fez o tão sonhado Santuário e um Seminário, em Erechim. Ele teve a primeira ala inaugurada em 1954. No ano anterior funcionava num pavilhão provisório, de madeira. Muitos dos nossos padres e quatro bispos passaram pelos seus bancos, o que certamente coroa de méritos sua existência. Mas, o desejo de Nossa Senhora da Santa Cruz somente se realizou na Diocese, quando o povo pôs mãos à obra. O Santuário da Santa Cruz teve sua construção iniciada, em fins de 1988. Portanto, após a morte da vidente que ocorreu em fins de maio. Muitas vezes, aliás, ela havia dado esta certeza: “Depois que eu morrer o povo vai fazer o Santuário e os padres vão vir”. Bem sabia ela que “o grão de trigo precisa cair no chão e morrer para produzir muito fruto” (Jô 12,24). Os frutos podem também ser percebidos no fato de nunca se pedir um centavo sequer para a construção do Santuário. Do material ao serviço, tudo foi espontaneamente doado pelo povo. Além disto, tem ele ainda outra característica, talvez, única no mundo: Tem como alicerce, 50 anos de paciência divina. Mas, finalmente, ali está ele, aberto dia e noite, à espera da oração e da conversão de todos. A sua bênção e a Missa de inauguração se deu na sétima romaria da Santa Cruz, a 14.09.94. No ano anterior celebrava-se o cinquentenário das aparições, com a primeira missa celebrada por um padre da Diocese.

DATAS DAS APARIÇÕES

Muitas foram as aparições de Nossa Senhora à Dorothea Menegon Farina, de 1944 a 1988, ano de seu falecimento. Cinco delas, porém, aconteciam sempre em datas fixas. São elas:
· Início da quaresma (= 4ª- feira de Cinzas)
· 6 de janeiro (dia dos Reis)
· 11 de fevereiro
· 03 de maio
· 14 de setembro (Festa da Exaltação da Santa Cruz).

São datas significativas dentro do Ano Litúrgico, em cujos mistérios a Mãe quer introduzir seus filhos. Tudo tem seu ponto central na Cruz de Jesus e tudo converge para ela. Entende-se, por isso, sua presença indestrutível no chão do local que ela marcou um símbolo. Entende-se também, a partir disso, os sagrados símbolos da Paixão presentes no corpo da vidente, bem como os sofrimentos do próprio Cristo que ela revive todos os anos durante a Quaresma. Tudo isso nos leva a mergulhar um pouco no mistério da água e da cruz, ali surgidos por intervenção divina.

ÁGUA E CRUZ

Onde está a fonte que hoje, nas Romarias, abastece milhares de pessoas, não havia água. Quem conhece o local ou vier a conhecê-lo, facilmente entende isso, pois ali passava antes a estrada que levava a família Farina à roça. E não seria possível transitar por aí com a carroça carregada de produtos, com um poço logo acima. Até os bois ficariam atolados. A única água que havia ficava bem mais para baixo, no tanque, onde se deram os primeiros sinais. A fonte a que nos referimos, surgiu quando um sacerdote propôs este desafio: “Se é verdade que aqui Nossa Senhora vem aparecendo, onde cair este objeto, deve nascer uma fonte”! Jogou para cima o objeto que tinha nas mãos. Onde ele caiu, na volta surgiu a fonte. 

Quanto à cruz na grama, como já vimos, esta surgiu logo no início dos acontecimentos. A água e a cruz, neste local, têm, certamente, um significado todo especial. São dois elementos que estão na origem da nossa filiação divina. Água e cruz são os elementos básicos da nossa inserção no Mistério de Cristo. Para nós pecadores do século XX, aí chamados à conversão, são elas sinais especialmente eloquentes, pelo meu simbolismo de purificação e redenção. É preciso que nos purifiquemos na fonte da graça. É preciso refazer nossa vida pela conversão e pela penitência que a presença da Cruz nos sugere, e à qual as mensagens da Mãe nos conclamam. Água e cruz ali surgidas estão no centro do mistério da redenção em que Maria nos quer mergulhar. Foi por elas que nos tornamos “filhos de Deus e herdeiros, junto com Cristo” (Rom 8, 16-17).

A JACULATÓRIA

Jaculatórias são pequenas motivações religiosas que rezamos para mentalizar e conscientizar uma urgência que nos foi proposta, em nosso caso, por Nossa Senhora. Muito conhecida se tornou a de Fátima, a partir dos horrores do inferno mostrado pela Virgem aos videntes. Também de Nossa Senhora da Santa Cruz, recebemos uma jaculatória, riquíssima em conteúdo. De certo modo traz um resumo dos perigos que a humanidade e o Brasil viviam, na época. Diz ela: “NOSSA SENHORA DA SANTA CRUZ, PRESERVAI A NÓS, À NOSSA FAMÍLIA E A NOSSA PÁTRIA, DOS MALES ATUAIS”. A nós, que males nos ameaçavam na época? Dentre outros: catástrofes naturais, guerra, fome, leviandade diante de Deus e seus mandamentos, etc. À nossa família: A televisão viria com sua força de roubar o espaço da oração; as famílias desmoronariam; desentendimentos entre pais e filhos; as drogas seriam a ruína de grande parte da juventude, etc. À nossa Pátria: o comunismo ameaçava o mundo e “não tardará chegar ao Brasil”; fome e peste; guerra e toda sorte de catástrofes... Só quem não quer não vê hoje o festival de contravalores sem precedentes que nos ameaça a nós, à nossa família e à nossa Pátria. A religiosidade, a moral e os bons costumes são hoje engolidos pela onda de pornografia, corrupção e libertinagem que viceja em toda parte. A autoridade é contestada e questionada em todos os escalões. A vida sofre atentados de toda ordem e é ameaçada por leis contrárias, antes mesmo de vir à luz do mundo. Vários países legalizaram o aborto e nossa Pátria está ameaçada por ele. “Ai do mundo por causa de seus escândalos!” Uma sociedade que põe abaixo todos os seus valores, rapidamente vai sucumbir vítima da própria desordem com o caos se instalando e tomando-lhe as rédeas. Há remédio? Sim. O remédio existe e foi receitado pela Mãe a quem damos o título de “Saúde dos enfermos”. Infelizmente, porém, aqui na Santa Cruz como em todas as aparições, há doentes que se recusam a assumir a oração, a penitência e a conversão para sanar os males que ameaçam a todos nós, à nossa família e à nossa Pátria.

AINDA A REZA DO TERÇO

Maria é proclamada por toda a Cristandade como a “Rainha do Santo Rosário”. E ninguém melhor que ela conhece o Rosário e seu valor. Dela nos vieram as palavras mais lindas e adequadas a sua piedade, que alguém já pôde ouvir. Estão na mensagem de 03.03.54 à Dorothea:

“Minha filha, penitência, penitência, penitência pelos pecadores! Rezai, filhos meus, vós não imaginais que perigo está pairando sobre o mundo. Quantos comunistas acompanham os cristãos, confessam, comungam, assistem à missa só para explorar o povo católico para saber mais tarde como atacar. Eis o motivo porque venho pedir penitência, oração e a reza do santo Rosário nas famílias. Quem me obedecer e rezar o Terço diariamente receberá de Mim uma graça especial. Aqueles que rezam devotamente o meu Rosário, eu lhes prometo singular proteção e grandes favores. O Rosário será uma arma poderosíssima contra o inferno. Destruirá os vícios. Dissipará o pecado. Combaterá as heresias. O Rosário fará florescer a virtude, atrairá sobre as almas copiosas misericórdias de Deus. Atrairá o coração dos homens a fim de não amarem o mundo, para levá-los ao coração de meu divino Filho e defendê-los das coisas terrenas. Quantas almas se santificarão com esta devoção! Quem se recomendar a mim por meio do Rosário, não pecará. Todo aquele que reza devotamente o Rosário com a consideração dos Sagrados Mistérios, não será oprimido pela desgraça, não será castigado pela justiça de meu divino Filho. Há de converter-se, se for pecador. Conservar-se-á na graça se for justo e se fará digno da vida eterna. Os verdadeiros devotos do meu Rosário não morrerão sem Sacramentos. Os devotos do meu Rosário, eu os livrarei do purgatório no mesmo dia de sua morte. Os verdadeiros filhos do meu Rosário gozaram de glória no céu. Tudo o que pedirem, alcançarão. Quem propaga o meu Rosário será socorrido por mim em todas as necessidades. Eu tenho obtido de meu divino Filho que os membros da Confraria do Rosário possam ter por irmãos toda a corte celestial em vida e depois da morte. A devoção do meu Rosário é o grande sinal de predestinação. Não tenhas medo. Vai propagar esta devoção e faze com que os outros te ajudem nessa tarefa. Eu estarei contigo."

MENSAGEM DE URGÊNCIA

Na aparição de 14.09.54, Nossa Senhora volta, em tom profético, ao que já havia avisado em Fátima, e depois, retomará em vários locais pelo mundo: os tempos finais. Às vezes mal compreendidos, às vezes, não aceitos, muitas vezes protelados para mais adiante, estes anúncios são hoje de extrema urgência pelo pouco tempo que nos resta para encará-los com a devida seriedade. Eis a mensagem: “Minha filha, penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Não temas. Reza muito, porque virá o dia em que os padres te excomungarão, te desprezarão e negarão as minhas palavras. Não te iludas porque te respeitam. Em breve, te desprezarão. Quem orienta o bispo é teu pároco, mas não com a verdade. E até lá que tu tens que sofrer muito. Mas, não tenhas medo, eu estarei ao teu lado. Minha filha, dize ao teu pároco que no ano de 1956 eu vou te revelar o que faz tempo, meu divino Filho prometeu ao povo. Se não mudar e fizer penitência, virá um pequeno juízo e o anjo da tempestade descerá do céu e virá à terra. Isto durará 72 horas. Começará pela manhã. Rezai muito, e dize ao pároco que insista com o povo para que volte a Deus. Porque senão, mais tarde hão de te dizer: ‘por minha culpa, pela minha incredulidade, por nossa culpa’! Então se lembrarão das minhas palavras, quando tudo acontecer. Minha filha, sê valente apóstola do meu divino Filho e da Igreja. Avisa o meu povo. Rezai. Oração, oração e outra vez oração desejo da vossa parte porque necessito de mais oração e penitência de minhas almas fiéis, para aplacar a justa ira divina, para moderar a justa sentença do castigo que está suspensa sobre a terra por um fio do meu manto. Se eu a deixasse cair, o que seria de vós? Não temas. Revela ao mundo inteiro que volte a Deus, porque o castigo é certo e infalível.”

LIÇÕES DE PARTILHA

Muitas são as lições de partilha que aprendemos na Santa Cruz. Logo de chegada nos deparamos com uma placa proibindo todo e qualquer tipo de comércio no local. É desejo expresso de Nossa Senhora que ali seja exclusivamente um lugar de oração e penitência. Desde o começo, porém, nenhum romeiro que ali chegasse desprevenido e não sabendo do fato, chegou a passar fome. A própria vidente cuidava disso e o fazia com prazer. O velho forno ao lado da casa, hoje aposentado, é testemunha da doação e abnegação de Dorothea que sempre punha fé e coração em tudo que fazia. Fornadas e fornadas de pão foram por ela repartidas com o povo. Outro fato que merece registro é o gesto da família da vidente que deixou para uso do povo a casa, o fogão, louça, camas, além de cinco hectares de terra à disposição de quem quisesse aí passar o dia ou até, alguns dias de oração ou retiro. Em troca, unicamente, pediu que o povo fizesse o Santuário que a tanto tempo Nossa Senhora estava reclamando. Trabalhos de limpeza, romarias e melhoramentos, tudo é feito gratuitamente pelo povo, coordenado por uma Comissão de pessoas de várias Paróquias. Periodicamente esta Comissão se reúne para planejar, preparar, avaliar e corrigir, a fim de que tudo corra como o deseja e pede a Mãe do Céu.

OS ALIADOS DE DEUS

Em todos os locais de aparições, a oração e a penitência se revelam os grandes aliados de Deus na transformação das pessoas e do mundo. Nossa Senhora não costuma escolher lugares fáceis. O terreno acidentado é um detalhe importante nos projetos e nas escolhas de Maria. Aos que abrem o coração ao Calvário de seu Filho, porém, eles se oferecem como um dom que nem a todos é concedido viver. No Lajeado Paca também é assim. Da cruz ao Santuário vai um percurso de uns íngremes 200 metros de penitência. Lentamente, as Estações da Via Sacra sobem o morro, em intervalos iguais, foi ela pedida pela própria Virgem à sua confidente Dorothea. A colocação das cruzes se deu no início da quaresma de 1988. A vidente já se encontrava bastante fraca e doente, mas fez questão de acompanhar tudo, do começo ao fim, sem ser ajudada. Chegou a desmaiar durante o trajeto. Pessoalmente, colocou a II Estação. Hoje, todos os sábados da Quaresma, o povo se reúne para a Via Sacra no local, pela parte da tarde. Fora da Quaresma sempre se faz uma celebração ou se reza o Terço, no segundo Sábado de cada mês.

FIM DE TUDO?

Vem de dois mil anos a ilusão de que, com a morte do Nazareno tudo terminou. Vendo-O expirar no madeiro, naquela tarde, os corações que sempre lhe foram hostis puderam, enfim, retirar-se em mal disfarçada alegria. Nem poderiam imaginar que, com aquela morte, tudo estava começando. Engajada no mesmo projeto, não poderia ser diferente, com a “Mulher da Cruz”. A notícia de sua morte suscitou em alguns a mesma sensação de alívio e bem-estar. Nem faltou num religioso esta expressão: “Graças a Deus, agora ela não me incomoda mais!” Mais uma vez, porém, a alegria durou pouco. O túmulo do Nazareno, amanhecendo vazio naquele “primeiro dia da semana’ (28,1s), descompôs por completo os responsáveis pela morte de Jesus. Era preciso, agora, apresentar uma explicação razoável à opinião pública. Foi quando nasceu o mais fracassado anúncio da história humanidade: “Enquanto dormimos vieram os discípulos dele e roubaram o seu corpo” (Mt 28,13). O anúncio rendeu aos soldados, como saldo extra, “uma grande soma de dinheiro” (Mt 28,12). Mas não convenceu o mundo de então. Lá, como aqui, o Céu foi o grande vencedor. Os “príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo” (Mt 28,12) se viram desmascarados pelo túmulo vazio. Onde esperavam o fim, foi que tudo começou. Aqui, com a “mulher da cruz”, não deu outra. Onde a descrença dos médicos e seus aliados esperavam o fim de tudo, foi também, onde tudo começou. Cumpriu-se, mais uma vez, a previsão da Virgem: “O inferno crê a sua colheita em segurança, mas eu lha arrebatarei... Minha filha, não tenhas medo. Eu sei o que os médicos dizem e o que fazem, mas é, enganados pelo demônio” (01.02.56). Lá, a manobra dos “chefes” subvertidos os soldados, não surtiu efeito. Aqui, a manipulação de satanás aliando médicos e descrentes, fracassou. Dorothea o sabia e partiu feliz com a certeza. Vários meses antes, ela dizia e repetia: “Em maio eu vou morrer. Depois, o povo fará o Santuário e os padres vão vir”. Foi o que aconteceu. Dorothea faleceu a 29.05.88, domingo, dia em que a igreja celebrava a Festa da Santíssima Trindade. Sua sepultura se encontra no cemitério Municipal de Erechim. Há, e os padres estão vindo como ela previu!

ALERTA DECISIVO

Eis aqui talvez a sua mais forte Mensagem: Minha filha, penitência, penitência, penitência pelos pecadores. Muito esperei por esta hora para novamente te revelar todo o amor de meu coração. Eu amo tanto o povo! Especialmente as almas que me são inteiramente dedicadas, pois elas são o meu refúgio, a minha consolação. Mas, muitas e horríveis profanações são cometidas contra o Sacramento do Amor. Minha filha, podes dizer ao meu ministro que em breve virão os dias tremendos. Que a catástrofe cairá como um raio sobre a terra em uma manhã, quando então a claridade do dia cederá o lugar à mais escura noite. Meu divino Filho virá sobre relâmpagos e trovões. Ficarão como alucinados por se verem na mais tenebrosa escuridão. Muitos morrerão de medo e desespero.

Aqueles que pelejaram por minhas almas receberão a graça do meu divino Filho. Mas, ao seu brado, muitos ficarão como capim seco que queimará em campo aberto. Os indesejáveis serão arremessados e despedaçados no chão. Para que os restantes possam começar de novo quando a luz do dia voltar a iluminar a terra, todos devem agradecer à Santíssima Trindade a grande proteção recebida. Mas, minha filha, a destruição será enorme. Rezai, expiai, sede zelosos, vivei em mortificação. Perder ou ganhar! Deus ou o adversário! Os homens correm céleres pelas veredas do inferno com todos os prazeres mundanos. Ó homens sem Deus! São tão poucos os homens à espera dos grandes acontecimentos que tão breve se desencadearão. São poucos os que se previnem para a inaudita transformação que em breve terão que suportar.
Oração, oração, é o desejo da minha parte. O julgamento da divina balança caiu sobre a terra. A ira de meu divino Filho vai desencadear-se sobre a terra inteira. Hoje eu anuncio por teu intermédio, como já o fiz anteriormente. Os pecados não diminuem, já passam da medida. Eu não posso mais. O julgamento divino está para vir. Todo o povo ateu vai cair, como Sodoma e Gomorra. Estas cidades não eram tão ruins como a humanidade de hoje!
Minha filha, vai dizer ao meu povo que em breve se cumprirá o tempo em que meu divino Filho vai castigar os infiéis, porque não conheceram o tempo de sua graça. Perseverai na oração, para que o adversário não ganhe poder sobre vós. Dize-lhes que estejam sempre preparados, à véspera desta hora. Repentinamente é que vai ser julgado o povo infiel e ninguém escapará da mão do meu divino Filho. E vós permanecei então juntos, rezai, vigiai, até que o anjo da tempestade tenha passado. Quantas vezes pedi penitência! Muitas vezes Deus deu ocasião para a regeneração. Agora o pecado atingiu a medida. Não posso mais. Meus fiéis não devem agora dormir como outrora os discípulos do Horto. O inferno crê a sua colheita em segurança, mas eu lha arrebatarei. Eu devo deixar vir os acontecimentos porque muitos e milhares por ele serão salvos”.



Acabam aqui as anotações de Antonio Rambo. Entretanto, o irmão Pedro Luis anota alguns fatos e curas, que mostram claramente a ação do sobrenatural naquela pequena localidade. São eles:
– Uma mulher da região disse: se for verdade que Nossa Senhora aparece naquele lugar, que eu encontre a fonte de água cheia de cobras. No mesmo dia, ela foi buscar água e encontrou a fonte repleta de cobras negras. Então largou o balde e voltou para casa tremendo de medo.
– Um certo homem disse em desafio: Antes de acreditar nestes fatos, prefiro ver o demônio. Dias depois, voltando para casa, ouviu um barulho de alguém que o seguia. Voltando-se e viu um ser com expressão pesada de cor negra com uma forca de dois dentes que vinha correndo atrás dele. Ao chegar perto, o preto lhe encostou a forca no corpo e o começou a empurrar. Este homem ficou tão apavorado que não conseguia mais voltar.
– A família Munari, tinha uma filha de 7 ou 8 meses, desenganada dos médicos. Passou três dias sem comer nem beber. Fizeram uma promessa a Nossa Senhora da Santa Cruz, e no dia seguinte ela estava completamente curada.
– Em Chapecó – SC, uma senhora já estava fria, cadáver. Prometeram três Rosários e uma romaria até Nossa Senhora da Santa Cruz, e ela voltou a si.
– Certo ano de safra ruim, a família Farina julgava colher no máximo 25 sacos de trigo. Colheram 56!
- Um operário do departamento de estradas quebrou um braço e estava já 50 dias no hospital sem sarar. Os médicos queriam amputar o braço. Ele fez uma promessa a Nossa Senhora de Santa Cruz, e poucos dias depois estava curado.
– Um homem sofria das amídalas. Tomou um pouco daquela terra, envolveu num lenço, e aplicou no pescoço. No dia seguinte estava completamente curado.
– Uma pessoa incrédula disse: prefiro ficar cega antes de acreditar em semelhantes fatos. Poucos dias depois começou a sofrer das vistas, piorando cada dia, até não mais poder caminhar sozinha.
– Outra pessoa disse: Antes de ver aquela cruz eu prefiro ver o demônio. Dias depois, viu-se acompanhada de um cachorro preto, que se transformou num monstro, cresceram-lhe dois chifres no peito e os encostou naquela pessoa. Ela levou um tal susto que quase enlouqueceu.
– Outra pessoa disse: Eu não vou a capela de São Paulo do Rio Paca, para não me encontrar com aquela gente boba e estúpida. Indo depois na horta buscar verduras, viu-se acompanhada de uma cobra misteriosa. Diante dela a cabeça do animal começou a crescer, criando duas asas no dorso, e a acompanhava por toda a parte. Assustada ela gritou por socorro! Vindo um vizinho acudi-la e vendo aquele monstro quis matá-lo. Então ouviram uma voz que disse: Tu me matas, mas aquele que vem buscar tua alma há de chegar também!

São estas algumas das histórias. Elas parecem inverossímeis, coisa de povo simples, mas sabendo de tantos fatos iguais, acontecidos em outras partes do mundo, tanto com aqueles que creem nas aparições, quanto com aqueles que não acreditam e assim desafiam o Céu, particularmente não tenho dúvidas de acreditar. Muitas vezes o Céu precisa mesmo mostrar o diabo para certas pessoas descrentes e blasfemas, até para que se convertam. Infelizmente, hoje, há muita gente que prefere mesmo abraçar o diabo. Por isso, não tenham dúvida de que os castigos anunciados virão. E virão em breve, e acontecerão pelo máximo!

Para terminar, apenas registro que o filho de Dona Dorothea, Geraldo, também viu e falou com Nossa Senhora algumas vezes. Seu pai o inquiriu em separado, e ele sempre contou a mesma coisa que a mãe. Também, existem registros de outras pessoas e até crianças de colo que viram Nossa Senhora, prova de que tudo aquilo foi – e continua sendo – absolutamente verdadeiro.

RESUMO DAS MENSAGENS

Resumo das Mensagens de Nossa Senhora da Santa Cruz, à vidente Dorothea Menegon Farina. A primeira aparição aconteceu em 25 de fevereiro de 1944 sempre em datas definidas. A partir de 1949 as aparições foram em número de cinco ao ano, significando as Cinco Chagas de Jesus Crucificado.

• No meio do clarão uma voz: Penitência, penitência, penitência! Pelos pobres pecadores! 25-02-1944.
• Novamente no meio do clarão uma voz: Penitência, penitência! Pelos pobres pecadores! 04-03-1944.
• Sou a Mãe de Jesus Nazareno, vim pedir. Oração, Penitência e Conversão, e que o povo se converta. 09-09-1944.
• Nossa Senhora diz: Não te dei a vida, nem para te fazer rica e nem poderosa, mas sim, para comunicar a todo povo que reze o Rosário, que vá à missa, que se confesse, e que faça penitência. 03-03-1945.
• Nossa Senhora pede oração: Reze, minha filha! Que o povo reze! Pense no perigo do comunismo que está pairando sobre o mundo. 24-03-1945.
• Nossa Senhora pede uma Associação das Crianças: Fazei rezar estes meninos que poderão salvar o mundo do comunismo e da guerra, ensinem o catecismo nas famílias. 03-05-1945.
• A Vidente faz uma pergunta: A guerra vai terminar? Nossa Senhora responde: Sim, a guerra vai terminar, mas se continuarem no pecado, vai vir outra muito pior. 14-09-1945.
• Nossa Senhora adverte: Quantas mães que comungam sacrilegamente! Não querem observar os mandamentos! Essas mães serão castigadas. 11-02-1946.
• Minha Filha eu quero que ensines ao meu povo amar mais ao Meu Divino Filho Crucificado, e que respeite mais a Semana Santa. 03-05-1946.
• Nossa Senhora diz: Que o povo se converta. Que ame mais a Jesus Crucificado! A Cruz Salvadora é desprezada em toda a parte do mundo. 14-09-1946.
• Nossa Senhora pede à Vidente que reze pelo S. Padre, Bispos e Sacerdotes e pessoas consagradas. Virá um dia que hão de sofrer muito. 17-02-1947.
• Nossa Senhora pede uma Igreja que será chamada Nossa Senhora da Santa Cruz. A vidente pede uma prova. Nossa Senhora diz: O povo não é mais digno de provas, mas sim de castigo. 03-05-1947.
• Ide comunicar a todos os corações que rezem o Santo Rosário em família que é o meio de salvação. Que o sofrimento da vidente seja oferecido pela paz do mundo e pela conversão dos pecadores. 14-09-1947.
• Não temas os falsos profetas; que o povo reze! Senão me atender, o comunismo se espalhará em todo mundo, promovendo, guerra e perseguições na Igreja. 06-01-1948.
• Insiste na construção da Igreja, que por meio dela haverá muitas conversões. Que ela seja pequena e simples, mas a fé do povo que aumente sempre mais. 11-02-1948.
• Ide dizer aos Padres que neste monte seja arvorada uma Cruz! Que seja amada e venerada. Os homens de hoje só pensam em construir armas para destruir a humanidade. 03-05-1948.
• Insiste na reza do Santo Rosário, e pede à vidente, que continue a fazer penitência. Enviar-te-ei as dores do meu Divino Filho. 14-09-1948.
• Nossa Senhora se queixa: Põem meu Divino Filho no sepulcro, só por costume, não para ser amado; beijam por beijar, sem devoção. 06-01-1949.
• A Mãe pede: Observância dos Mandamentos, respeitar o dia do Senhor. Hão de dar conta dos domingos e dias Santos mal santificados. 11-02-1949.
• Se o povo me atender a Rússia se converterá do comunismo, e darei a Paz ao mundo; se não me atender, a seca, a chuva de pedra é um simples aviso do meu Divino Filho. 02-03-1949.
• Pede à vidente que não tema o sofrimento, insiste na construção da Igreja. Se não atender o pedido o Brasil tornar-se-á nova Rússia e uma desolação. Rezai filhos meus. 03-05-1949.
• Nossa Senhora insiste na reza do Santo Rosário. Que seja feita a Igreja. Que seja rezada a Santa Missa. 14-09-1949.
• Rezai filhos meus. O povo é pior que no tempo do dilúvio. A ira de Deus será derramada sobre as nações. 06-01-1950.
• Não temas as provas do Bispo e dos Padres; reze muito por eles. Deus necessita de almas que sofrem para salvar o mundo. 11-02-1949.
• O meu coração está jogado numa torrente de amargura e tristeza; ai do mundo se continuar assim! Fala sobre as superstições: são falsas, iludem o povo. 22-02-1950.
• Nossa Senhora pede oração pelos Sacerdotes. O demônio tem muita inveja deles; experimenta de tudo para seduzi-los ao pecado; deves rezar bastante. 03-05-1950.
• Nossa Senhora pede que todas as crianças rezem cinco Ave Marias pela conversão dos pecadores e aos adultos cinco Pai Nossos meditando as cinco chagas de Jesus Cristo. 14-05-1950.
• A Vidente pede a Nossa Senhora uma prova para os Padres e o povo terem certeza desta Aparição. Nossa Senhora respondeu: Só esta Cruz será a prova da veracidade da Aparição. 06-01-1951.
• Nossa Senhora está triste pelas almas que caem no inferno: religiosos e religiosas que não obedecem aos seus Superiores. 07-02-1951.
• Como o meu Coração está amargurado ao ver meu povo continuar na maldade! Não temem a Deus, mas sim as armas. 11-02-1951.
• Que o povo reze bastante! Se houverem governantes maus, é por sua culpa; o povo merece ser castigado. 03-05-1951.
• O meu coração está sangrando de ver meu povo continuar nos escândalos, blasfêmia, inveja, a calúnia e o desprezo do dia do Senhor. Eis a causa do grande castigo. 14-09-1951.
• Nossa senhora pedia: não criticar e caluniar os sacerdotes, rezar por Eles, o demônio tem muita inveja. 06-01-1952.
• Ter mais respeito à Quaresma, principalmente à Sexta - Feira Santa, amar e respeitar a Cruz; não desprezá-la. 11-02-1952.
• Nossa Senhora fala sobre justiça e a caridade, ter Jesus como modelo para o povo, entre eles também meus ministros; muitos deles ferem a Jesus e o meu Coração. Quarta Feira de Cinzas 1952.
• Ela fala sobre os comunistas! Não dormem para difundir a sua doutrina e enganar o povo, muitos cairão na infâmia por não ter instrução. 03-05-1952.
• Nossa Senhora fala com tristeza sobre o aborto: As mães que matam mais que a própria guerra e todas as doenças. 14-09-1952.
• Nossa Senhora novamente pede a seu povo de pouca fé que vá à missa, e se confesse. Não há salvação sem confissão! 06-01-1953.
• Nossa Senhora fala sobre a família, o demônio está pronto a destruir a Família e a Sociedade; que a família reze o Santo Terço. 11-02-1953.
• Meu Coração está triste, ao ver tantas almas se perderem! Insiste na Igreja onde haverá muitas conversões. Bem sei que não te acreditam, te caluniam, e desprezarão as minhas palavras. 18-02-1953.
• Nossa Senhora pede que todos os católicos façam mais penitência, que rezem o Santo Rosário. O mundo está na desolação. O povo é pior que no tempo do dilúvio. 03-05-1953.
• Pede a reza do Santo Rosário em família: que a trincheira mais forte para afastar o castigo Divino e suster o avanço do comunismo. 14-09-1953.
• Nossa Senhora fala e pede penitência e oração; queixa-se sobre a moda; que nós mulheres não sabemos nos vestir. Essa moda que se torna ruína para a alma. Daremos conta a Deus por não sabermos nos vestir com modéstia. 06-01-1954
• Ide à Missa, filhos meus e rezai; que as orações são a chave da Misericórdia Divina; nada podereis alcançar se não por meio da penitência e orações. 11-02-1954.
• Os comunistas assistem à Missa para depois explorar o povo católico. Venho pedir a reza do Santo Rosário nas famílias. Quem rezar o terço diariamente receberá de mim uma graça especial. A quem rezar o Rosário prometo singular proteção e grandes favores. 03-03-1954.
• Mãe Querida, então fazei que todos acreditem! Minha Filha, o povo é muito incrédulo; hão de ver mais tarde a Justiça Divina. 03-05-1954.
• Não temas. Reze muito, porque virá o dia em que os Padres te excomungarão, te negarão as minhas mensagens. Tu tens que sofrer muito. Não temas! Estarei contigo. 14-09-1954.
• A vidente pede a bênção e a cura aos doentes. Alguns ficarão melhor que outros. Meu Divino Filho não permite porque sua alma necessita destes sofrimentos para santificar-se. 03-01-1955.
• Minha Filha ouça-me com atenção e revela ao mundo inteiro: meu coração está triste, pelos sofrimentos que virão sobre o mundo. Grandes calamidades virão, os rios e os mares transbordarão; a seca, as enchentes, os furacões! Grite em alta voz até que os Sacerdotes de Deus ouçam minha voz. 11-02-1955.
• Minha Filha reze. O mundo será lançado numa nova e terribilíssima guerra. As armas mortíferas destruirão os povos e as nações, destruirão Igrejas, a Santíssima Eucaristia. Destruirão coisas muito queridas, rezai e fazei penitência. 23-02-1955.
• Minha Filha, o povo reclama e quer paz, mas continua em pecado. A paz voltará, mas quando o povo voltar a Deus. Minha filha continue a rezar a Via-Sacra, o terço, e faze penitência. Os homens devem voltar a Deus e para meu Coração Imaculado. 03-05-1955.
• Meu Coração está triste, ao ver tantas donzelas nas mais horríveis modas! Modas que só servem para envenenar o universo inteiro. Amai-vos uns aos outros, perdoai quem vos caluniar. 14-09-1955.
• Ela adverte: o povo não aceita as minhas mensagens. O mundo submergiu na imoralidade. Os governantes estão se levantando como demônios. Os homens são ingratos com o Meu Coração e do meu Divino Filho, abusam da minha misericórdia; têm transformado a Terra num cenário de crimes; muitos escândalos conduzem as almas à perdição. Rezai. 06-01-1956.
• Aqui Nossa Senhora fala sobre a excomunhão do povo pelos sacerdotes. Os católicos passam em frente da Igreja e não têm tempo para fazer uma visita ao Santíssimo Sacramento, e nem fazer o sinal da Cruz. Pensai e meditai na Paixão do meu Divino Filho e jamais pecareis! 01-02-1956.
• Quanto orgulho, quanta miséria humana! Muitos trabalham para reunir riquezas para o corpo, sem pensar um só instante pela sua alma e nem no meu Divino Filho, no dia do Senhor cometem mais pecados! Pede jejum e abstinência de carne. O povo precisa disso! Fazei penitência! 11-02-1956.
• Nossa Senhora fala sobre a conversão, e muita oração. Minha Filha continue a rezar pelo Papa, que o povo vá à Missa! Insiste na construção da capela. Pede que seja rezado o Santo Sacrifício da Missa. Da capela até o monte, quero a Via-Sacra; este lugar tornar-se-á um novo Calvário. 03-05-1956.
• Nossa Senhora pede aos Pais que ensinem às crianças a fazerem o sinal da Cruz e a oração, e aos jovens fala sobre o perigo das drogas, pede oração pela Família; que toda a Família se consagre à Sagrada Família para pedir proteção. 14-09-1956.
• Como o Meu Coração está triste e amargurado ao ver tantas críticas e calúnias sobre meus ministros! Bem sabeis que não há salvação sem confissão. A paz voltará se o povo voltar a Deus. 06-01-1957.
• Minha Filha, eu muito esperei por esta hora para novamente te renovar todo o amor do Meu Coração. Eu amo tanto este povo, especialmente as almas que me são dedicadas, pois são elas o meu refúgio e minha consolação! 11-02-1957.
• - Mãe querida, qual o motivo de tantas lágrimas e qual o pecado que mais vos desagrada? Minha Filha são publicações falsas que ofendem a fé, fotografias e modas escandalosas, revistas e jornais que não são católicos, que penetram nos lares; a falta de oração! Os 10 Mandamentos não são mais observados! 06-03-1957.
• Minha filha, tu podes dizer ao meu ministro, que em breve virão os dias tremendos. Que a catástrofe cairá sobre a Terra. Eu não posso mais! O julgamento Divino está para vir. Quantas vezes Eu pedi penitência, dei ocasião à regeneração, mas não fui ouvida! 03-05-1957.
• Como o meu Coração está triste! Não há mais reza do terço em família; em vez do terço só TV e novelas. Isso tomou conta nas famílias. Filhos meus, rezai, o tempo é grave. 14-09-1957.
• Como me alegra ver este povo a rezar! Minha Filha, fala aos homens sobre a grande Misericórdia do Coração do Salvador, enquanto há tempo de piedade. O demônio anda solto; ele experimenta tirar os religiosos e sacerdotes, porque sabe quanto podem fazer esses religiosos para a salvação das almas. 06-01-1958.
• A Sagrada Família visita a Terra. No meio do clarão apareceram: Nossa Senhora, o menino Jesus e São José. O menino Jesus tinha nas mãos um globo em azul e preto, e disse com ar muito triste parecendo chorar: “Vede, o mundo e o pecado: São os pecados da humanidade que o torna tão pesado”. Dizendo isto fez gesto de soltá-lo das mãos. Nossa Senhora segurou-o com sua mão direita.
São José lhe disse: “Vai, fala ao povo que me invoque: sou padroeiro da boa morte”.
Nossa Senhora disse: “Minha Filha, vede a ciência preocupa-se com armas em vez de promover a paz entre os homens. Rezai!” 11-02-1958.
E nós invocamos: Nossa Senhora da Santa Cruz. Rogai por nós.


MÃE AFLITA, MÃE PREOCUPADA.

“O meu coração está sangrando ao ver meu povo continuar nos escândalos, na blasfêmia, na inveja, na calúnia, no desprezo do dia do Senhor... Eis a causa dos grandes castigos.” - 14-09-1951.
Nossa Senhora fala com tristeza do aborto: “As mães matam mais que a própria guerra e todas as doenças” 14-09-1952.
“Pede ao povo que vá à Missa, que se confesse, não há salvação sem confissão.” 06-01-1953
“O demônio está pronto para destruir a família e a sociedade, que a família reze o terço.” 11-02-1953
“O povo é pior do que no tempo do dilúvio!” 03-05-1953.
“Rezem o Rosário em Família!” 14-09-1953.
“Penitência! Oração!” “Modas, ruína para as almas!” “As mulheres prestarão contas a Deus por não saberem se vestir com modéstia!” 06-01-1954.
“Não temas. Reza muito porque virá o dia em que os padres te excomungarão, rejeitarão minhas mensagens, terás que sofrer muito! Não temas, Eu estarei contigo!” 14-09-1954. E aconteceu!
“Minha filha, revela ao mundo inteiro: meu coração está triste pelos sofrimentos que virão sobre o mundo. Grandes calamidades! Os mares transbordarão! Enchentes e furacões! Grita em alta voz até que os sacerdotes de Deus ouçam minha voz!” 11-02-1955.
Ouviram? “Sacerdotes ameaçarão o povo com a excomunhão... se continuarem a frequentar o local das aparições.” 01-02-1956.
“Como meu coração está triste por ver tanta donzela nas mais horríveis modas! Modas que só servem para envenenar o universo inteiro!” 14-09-1955.
Enfim, depois de um processo sumário e tendencioso, dona Dorothea foi excomungada da Igreja! O padre, em público lhe negou a comunhão!
Alguém saberia relatar quanto Dorothea sofreu nesses 44 anos? A história detalhada exigiria muitas páginas!


DEUS ESCOLHE OS PEQUENOS.

Por que Maria não se dirigiu aos Padres, ao Bispo da localidade? Escolheu uma humilde mulher agricultora, mãe de família: Dorothea Farina!
E veio uma tempestade de reações. Padres e o próprio Bispo, testaram, humilharam, torturaram Dorothea. Mulheres a espancaram! Pessoas instigadas pelos sacerdotes contra ela pela janela! Ela estava protegida por Deus! Nenhum tiro a acertou! Foi caluniada, perseguida, difamada, ridicularizada em muitos programas de rádio local. Reportagens da TV coibidas!
Nisso se explicam as numerosas queixas e apelos de Dorothea a Nossa Senhora. Houve mais uns 30 anos de mensagens, anotadas e conservadas numa gaveta em seu quarto. Sumiram após a visita de um grupo de Curitiba. O pouco material que temos, porém, atesta o seu imenso valor.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA SANTA CRUZ
(Lageado Paca – Erechim – 03/05/2002)

Desde setembro de 1944, Nossa Senhora insistia com Dorothea para que construíssem uma capela naquele local, e deu instruções precisas de como gostaria que fosse construída. Somente em 29/05/1988, já após a morte de Dorothea, é que a capela foi erguida, graças ao emprenho de leigos audazes, comprometidos com a Virgem Maria e com Dorothea, apenas com doações espontâneas que vieram de todas as partes.
Este local é privilegiado por muitas graças e conversões.

GRAÇAS ALCANÇADAS.

Ao lado do altar da pequena capela, constam já inúmeros objetos, fotos e pertences de pessoas que já obtiveram graças por intermédio de Nossa Senhora da Santa Cruz. Elas são o testemunho vivo de uma fé que não morre, embora todas as perseguições nem mesmo dos martírios. Testemunhos de uma fé que não pode ser sufocada impunemente, pois se a obra é de Deus, os que contra ela se atiram, acabam sendo esmagados pelas evidências.

HINO À SANTA CRUZ
Aparições de Nossa Senhora - Local: Igreja Nossa Senhora da Santa Cruz - Lageado Paca - Erechim - RS

. Vamos contar para vocês o que foi que aconteceu. Foi no interior do Rio Grande do Sul que a Virgem apareceu. Para deixar suas mensagens, à Dorothea escolheu. “Nossa Senhora da Cruz” foi o nome que Ela se deu.
. Foi num dia ensolarado a primeira aparição. Deu-se um grande sinal – foi em forma de clarão. E no clarão, uma voz: “Penitência e Oração”. E Dorothea atendeu, cai de joelhos no chão.
. Pelo seu Divino Filho, mais respeito e oração. Em sinal de sacrifício desenhou a cruz no chão. Para o povo tão discreto foi um grande desafio. Nesta cruz fizeram provas, mas, ninguém a destruiu.
. Ela condena a injustiça deste sistema precário. Faz um alerta às famílias que esqueceram do Rosário. Pede a benção lá do céu, e para Deus que nos ajude, quanto ao futuro das crianças, e de toda a juventude.
. Mesmo sendo desprezada, Dorothea assumiu, e chegando a sua hora, desta terra ela partiu. Mas deixou belas mensagens que o povo todo assumiu. E lá no alto da serra, um santuário construiu.

PARTICIPE DAS CELEBRAÇÕES NO LOCAL DAS APARIÇÕES NAS DATAS.

Local: Santuário Nossa Senhora da Santa Cruz - Lageado Paca - RS
• 06 de janeiro.
• 11 de fevereiro.
• Quarta-feira de cinzas.
• 03 de maio.
• 14 de setembro.

 

- Durante muitos anos, Dorothea ficava estigmatizada na semana santa, imóvel no seu leito. Voltava ao normal na madrugada de Páscoa como se nada tivesse sofrido.

Nas aparições de Nossa Senhora sempre anunciava sua chegada dizendo: “Penitência! Penitência! Penitência.

ALÉM DA CRUZ NO GRAMADO, NOSSA SENHORA TAMBÉM DEIXOU MAIS UM SINAL VISÍVEL DESTAS SUAS APARIÇÕES PARA O INCRÉDULOS: "a fonte que brotou depois que um Sacerdote duvidou da presença da Santa a Dorothea".

Durante muitos anos, Dorothea ficava estigmatizada na semana santa, imóvel no seu leito. Voltava ao normal na madrugada de Páscoa como se nada tivesse sofrido.Durante muitos anos, Dorothea ficava estigmatizada na semana santa, imóvel no seu leito. Voltava ao normal na madrugada de Páscoa como se nada tivesse sofrido. Foto da Vidente Dorothea em êxtase.Foto da Vidente Dorothea em êxtase. Além da Cruz no gramado, Nossa Senhora também deixou mais um sinal visível destas suas aparições para os incrédulos:  a fonte que brotou depois que um Sacerdote duvidou da presença da Santa a Dorothea.Além da Cruz no gramado, Nossa Senhora também deixou mais um sinal visível destas suas aparições para os incrédulos: a fonte que brotou depois que um Sacerdote duvidou da presença da Santa a Dorothea. Igreja de Nossa Senhora da Santa Cruz.Igreja de Nossa Senhora da Santa Cruz. Caminho da Via Sacra.Caminho da Via Sacra. Entrada do Santuário, na estrada que liga Erechim à Aratiba, Região chamada Lageado Paca.Entrada do Santuário, na estrada que liga Erechim à Aratiba, Região chamada Lageado Paca. Quarto de Artibano e Dorothea Farina. Conservam-se os móveis e objetos. Sobre a cama, o crucifixo e o terço da Vidente.Quarto de Artibano e Dorothea Farina. Conservam-se os móveis e objetos. Sobre a cama, o crucifixo e o terço da Vidente. Tanque onde Dorothea lavava a roupa em 25.02.1944 quando Nossa Senhora lhe apareceu.Tanque onde Dorothea lavava a roupa em 25.02.1944 quando Nossa Senhora lhe apareceu. Entrada do Santuário.Entrada do Santuário. Foto da Vidente Dorothea.Foto da Vidente Dorothea. As pedras descritas por Dorothea, encontradas durante os trabalhos de terraplanagem, são 15 representando as 15 estações da Via Sacra. As pedras descritas por Dorothea, encontradas durante os trabalhos de terraplanagem, são 15 representando as 15 estações da Via Sacra. Interior da Capela.Interior da Capela. Lápide do túmulo.Lápide do túmulo. Ex-votos dos peregrinos. Muitas curas e graças foram alcançadas por N. Sra. da Santa Cruz e por intercessão de Dorothea, considerada por todos nós como uma Santa, tendo seguido a Cristo pelo caminho do Calvário.Ex-votos dos peregrinos. Muitas curas e graças foram alcançadas por N. Sra. da Santa Cruz e por intercessão de Dorothea, considerada por todos nós como uma Santa, tendo seguido a Cristo pelo caminho do Calvário. Roupas da Vidente Dorothea.Roupas da Vidente Dorothea. A Imagem de Nossa Senhora da Santa Cruz, foi esculpida segundo descrições da Vidente.A Imagem de Nossa Senhora da Santa Cruz, foi esculpida segundo descrições da Vidente. Espinheiro do lado esquerdo da Capela.Espinheiro do lado esquerdo da Capela.

 A casa de Dorothea, a Cruz e a fonte Milagrosa. A casa de Dorothea, a Cruz e a fonte Milagrosa. Forno a lenha da vidente preservado.Forno a lenha da vidente preservado. Frente da Casa de Dorothea Farina. Tudo conservado como na época da vidente.Frente da Casa de Dorothea Farina. Tudo conservado como na época da vidente. Caminho da Via Sacra, começando na Cruz formada no Chão e terminando em cima do Morro, onde foi construída a Igreja.Caminho da Via Sacra, começando na Cruz formada no Chão e terminando em cima do Morro, onde foi construída a Igreja. Interior da Capela.Interior da Capela. Pedras onde a Vidente se ajoelhava durante As Aparições.Pedras onde a Vidente se ajoelhava durante As Aparições. Pedras com inscrições misteriosas. Dias após serem encontradas, apareceram alguns traços avermelhados nas pedras, como se formassem desenhos, com formas desconhecidas e misteriosas.Pedras com inscrições misteriosas. Dias após serem encontradas, apareceram alguns traços avermelhados nas pedras, como se formassem desenhos, com formas desconhecidas e misteriosas. Local da 2ª Aparição em 04-03-1944. Novamente no meio do clarão uma voz se fez ouvir: PENITÊNCIA, PENITÊNCIA, PENITÊNCIA PELOS POBRES PECADORES Nesta Aparição, N. Sra. traçou o sinal da cruz o qual tomou uma forma luminosa no chãoLocal da 2ª Aparição em 04-03-1944. Novamente no meio do clarão uma voz se fez ouvir: "PENITÊNCIA, PENITÊNCIA, PENITÊNCIA PELOS POBRES PECADORES" Nesta Aparição, N. Sra. traçou o sinal da cruz o qual tomou uma forma luminosa no chão Interior da casa: cozinha.Interior da casa: cozinha. n/d Local da primeira Aparição em 25-02-1944. Dorothea descreve: No meio do clarão uma voz: PENITÊNCIA e ORAÇÃOLocal da primeira Aparição em 25-02-1944. Dorothea descreve: "No meio do clarão uma voz: PENITÊNCIA e ORAÇÃO" Fonte de Água Milagrosa.Fonte de Água Milagrosa. A Cruz na grama.A Cruz na grama.

 

Video gravado em 1987 no local das aparições, ainda com a presença da vidente Dorotéia.

 

Vídeo: As aparições de Nossa Senhora da Santa Cruz | Erechim RS Brasil

 

Fontes consultadas:
http://nossasenhoradeerechim.blogspot.com
https://sinaisdoreino.com.br/?cat=14&id=886
https://www.facebook.com/SantuarioNossaSenhoraDaSantaCruz

Busca


Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024










Mulher Vestida de Sol