Todo sábado o jovem lavrador Alejandro Colindres e seu companheiro, o menino de 8 anos, Lorenzo Martinez, deixavam mais cedo o trabalho na roça para chegar ao anoitecer a sua terra, Suyapa. Naquele sábado de fevereiro de 1747, inexplicavelmente, saíram mais tarde do trabalho de colheita de trigo. Surpreendidos pela noite, resolveram achar um lugar para descansar.
Deitados na relva, os dois companheiros tentavam dormir. O menino dormiu logo. Alejandro não conseguia adormecer, pois alguma coisa incomodava suas costas. Sem saber se era pedra ou raiz, livrou-se do objeto atirando-o para bem longe. Começava a dormir quando sentiu-se incomodado pelo mesmo objeto. Pegou de novo aquela pedra ou raiz e, para não ser novamente incomodado, guardou-a dentro da mochila.
Ao amanhecer descobriu surpreso que o misterioso objeto era uma pequena imagem de Nossa Senhora entalhada em cedro, medindo 6 e meio centímetros, possivelmente trabalhada com devoção por um artista piedoso. Em seu olhar angelical reflete-se a nobreza da raça indígena. Morena de rosto ovalado, com cabelos até os ombros. Tem as mãos unidas em atitude de oração. A cor original de seu vestido é rosa pálido. O conjunto, com seus resplendores lembra a mulher vestida de sol que aparece no Apocalipse. Já em casa, Alejandro deixou a mochila com sua mãe, que logo começou a desfazê-la. Enrolado em sua camisa, a mãe encontrou a imagem da Virgem Imaculada.
Aquela família, tomada por um profundo espírito religioso, começa ali mesmo a devoção à Imaculada Conceição de Suyapa. Santuário de Nossa Senhora de Suyapa.
O primeiro prodígio da Virgem de Suyapa aconteceu com José de Zelaya y Midense, capitão dos Granadeiros. Ainda muito jovem, sofria de sérios problemas renais, e não havia remédio que o curasse. No auge de seu sofrimento, alguém lhe fala da Imagem de Nossa Senhora de Suyapa. Pede para vê-la. A mãe de Alejandro deixa que a levem até a casa do capitão. Este a recebe de joelhos e pede-lhe a cura, prometendo construir-lhe uma capela em sua aldeia. Não passaram três dias e o capitão expeliu as pedras que durante anos foram a causa de suas dores.
Depois de alguns anos o capitão, completamente curado, construiu em sua fazenda, no vale de Suyapa, uma capela para a Virgem. A pequena capela passou por diversas transformações, e hoje é o Santuário de Nossa Senhora de Suyapa, cuja festa é celebrada no dia 3 de fevereiro. O atual templo é gigantesco, com 93 metros de comprimento e torres de 43 metros de altura, que sustentam 42 sinos. Pio XII declarou-a padroeira de Honduras em 1925. A primeira ermida foi construída em 1780. Em 1925 Pio XII declarou Nossa Senhora de Suyapa Padroeira de Honduras e escolheu-se o dia 03 de fevereiro para sua Festa. São João Paulo II visitou a atual Igreja, em 1983. No país dos pobres está localizado em uma das regiões mais humildes.
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