Algo recentemente explodiu no outro lado do Sol – e foi uma explosão de proporções épicas. Um satélite especializado da NASA detectou uma grande ejeção de massa coronal (de sigla em inglês, CME) que apareceu no final do 15 de fevereiro de 2022. Essa ejeção coronal não atingirá a Terra diretamente – está se afastando de nós. No entanto, se tal CME nos acertasse, isso pode causar uma tempestade geomagnética muito forte. Podemos ter sido de fato poupados de um grande impacto. O satélite STEREO-A também observou a liberação de plasma do local da explosão. O plasma se estendeu por mais de 400.000 km.
O que causou essa explosão? A heliosismologia oferece uma pista. Ao analisar as vibrações na superfície do Sol, o Observatório Solar Dynamics da NASA pode produzir mapas aproximados do lado mais distante do Sol. Há uma concentração significativa de magnetismo:
O ponto amarelo no mapa acima é quase certamente um grande grupo de manchas solares. Este é o principal suspeito na explosão de 15 de fevereiro. No entanto, o incrível poder da ejeção e o volume do plasma ejetado pode de alguma forma afetar nosso planeta. A reação será uma erupção vulcânica ou um terremoto no futuro próximo. Em cerca de uma semana, o grupo de manchas solares que explodiram será visível aos astrônomos e, em outra semana, esta “arma espacial” estará apontada diretamente para nós, e se atirar a partir daí, é como se fosse uma explosão da estrela da morte. Tal explosão em relação ao nosso planeta nos retornaria para a Idade Média.
Esta tempestade chegará à terra? O campo magnético da Terra está atualmente calmo e deve permanecer assim para as próximas 48 horas. Os meteorologistas do NOAA dizem que a probabilidade de tempestades geomagnéticas nos atingirem é inferior a 5% (esta é a previsão), mas se isso é mesmo verdade só o tempo dirá.
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