“Venho pedir a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se eles aceitarem os Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”
Além da consagração da Rússia, Nossa Senhora transmitiu à Irmã Lúcia de Fátima o pedido de espalhar a Comunhão de reparação nos primeiros sábados de cada mês, para consolá-la por todas as ofensas e ingratidão dos homens.
Quais as promessas que o Céu cumprirá àqueles que praticarem a Comunhão reparadora?
A paz ao mundo, prometida por Nossa Senhora, viria da realização conjunta de dois atos: a consagração da Rússia, a ser feita por todos os bispos do mundo inteiro juntamente com o Papa, e a comunhão feita nos primeiros sábados de cinco meses seguidos, feita por todos os católicos, e oferecida na intenção da conversão da Rússia.
Essa promessa foi oferecida à humanidade em 13 de julho de 1917, em Fátima, onde Nossa Senhora falou da necessidade tanto da consagração mencionada quanto da Comunhão reparadora nos primeiros sábados do mês. Nesta ocasião, Nossa Senhora disse: “Venho pedir a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se eles aceitarem os Meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja”.
Tão importante é que fosse feita a consagração da Rússia, que Nossa Senhora voltou a aparecer à Irmã Lúcia, após 12 anos, para novamente pedir a realização da referida consagração. E isso aconteceu em 13 de Junho de 1929, na capela em Tuy.
“A única luz era a da lâmpada. De repente, iluminou-se toda a capela com uma luz sobrenatural e sobre o altar apareceu uma Cruz de luz que chegava até ao teto. Em uma luz mais clara via-se, na parte superior da Cruz, uma face de homem com o corpo até à cinta, sobre o peito uma pomba também de luz e, pregado na Cruz, o corpo de outro homem. Um pouco abaixo da cinta, suspenso no ar, via-se um cálice e uma hóstia grande, sobre a qual caíam algumas gotas de sangue que corriam pelas faces do Crucificado e de uma ferida do peito. Escorregando pela Hóstia, essas gotas caíam dentro do Cálice.
Sob o braço direito da Cruz estava Nossa Senhora (“era Nossa Senhora de Fátima com seu Imaculado Coração … na mão esquerda, … sem espada nem rosas, mas com uma coroa de espinhos e chamas”) com seu Imaculado Coração na mão... Sob o braço esquerdo, umas letras grandes, como se fossem de água cristalina que corressem para cima do altar, formavam estas palavras: “Graça e Misericórdia”.
Compreendi que me era mostrado o mistério da Santíssima Trindade, e recebi luzes sobre este mistério que me não é permitido revelar.
Depois Nossa Senhora disse-me:
– É chegado o momento em que Deus pede para o Santo Padre fazer, em união com todos os Bispos do mundo, a consagração da Rússia ao Meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a Justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos, que venho pedir reparação: sacrifica-te por esta intenção e ora.
Dei conta disto ao meu confessor, que me mandou escrever o que Nosso Senhor queria se fizesse.
Mais tarde, por meio duma comunicação íntima, Nossa Senhora disse-me, queixando-Se:
– Não quiseram atender ao Meu pedido!… Como o rei de França, arrepender-se-ão e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado os seus erros pelo Mundo, provocando guerras, perseguições à Igreja: o Santo Padre terá muito que sofrer.” (Fonte: António Maria Martins, sj. Cartas da Irmã Lúcia. 2. ed. Porto: Apostolado da Imprensa, 1979, p. 77-78)
A promessa para aqueles que desagravarem o Coração Imaculado de Maria em cinco primeiros sábados consecutivos:
Lúcia entrou para o Instituto de Santa Dorotéia, onde tomou o nome de Irmã Maria das Dores. Estando no dia 10 de dezembro de 1925 em sua cela, no convento de Pontevedra, Espanha, apareceu-lhe a Santíssima Virgem, tendo ao lado o Menino Jesus, sobre uma nuvem luminosa. Este, mostrando-lhe um coração cercado de espinhos que tinha na outra mão, disse-lhe: "Tem pena do Coração de tua Santíssima Mãe, que está coberto de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Lhe cravam, sem haver quem faça um ato de reparação para os tirar". A Santíssima Virgem acrescentou: "Olha, minha filha, o meu Coração cercado de espinhos que os homens ingratos a todos os momentos Me cravam com blasfêmias e ingratidões. Tu, ao menos, vê de Me consolar, e dize que todos aqueles que durante cinco meses, no primeiro sábado, se confessarem, recebendo a Sagrada Comunhão, rezarem um terço e Me fizerem quinze minutos de companhia meditando nos quinze mistérios do Rosário com o fim de Me desagravar, Eu prometo assistí-los na hora da morte com todas as graças necessárias para a salvação dessas almas".
Esta devoção tem, assim, a finalidade de reparar o Coração Imaculado de Maria pelas ofensas dos homens. E deve ser praticada em cinco primeiros sábados consecutivos. Mas para obter a Graça, é necessário observar estes itens indispensáveis:
Em 15 de fevereiro de 1926, o Menino Jesus apareceu novamente e exortou Lúcia a confiar em Sua graça para superar as dificuldades que se interpunham no caminho da difusão da devoção. Entre outras coisas, dada a dificuldade de alguns se confessarem no sábado, a vidente pediu ao Senhor que a Confissão de oito dias fosse válida. Jesus respondeu-lhe: «Sim, podem ser ainda mais, desde que, ao Me receberem, estejam em estado de graça e tenham a intenção de reparar o Imaculado Coração de Maria». Esta intenção deve ser manifestada ao confessor para cada um dos cinco meses; mas, caso a alma o esqueça, poderá formulá-lo na primeira oportunidade, "na Confissão seguinte", como o Senhor ainda disse a Lúcia.
Em outra comunicação, na noite de 29 para 30 de maio de 1930, Lúcia fez a Jesus a pergunta que um de seus confessores lhe fizera sobre o motivo do número cinco. O Senhor respondeu que "trata-se de reparar as cinco ofensas contra o Imaculado Coração de Maria". Estes dizem respeito:
Os fiéis que já cumpriram os cinco sábados podem sempre repetir a prática se quiserem, pois isso agrada particularmente a Jesus e Maria.