A erva-doce é uma planta medicinal usada há muito tempo para tratar principalmente problemas digestivos. Mas seus usos medicinais vão muito além disso.
A erva-doce (Pimpinela anisum), também chamada de anis, é uma planta aromática e melífera (que atrai abelhas), muito conhecida pelo seu chá. Conheça todos os seus usos e benefícios.
Características e diferenças
A erva-doce pertence à família das Apiaceae, onde também estão o endro (Anethum graveolens), o cerefólio (Anthriscus cerefolium), o aipo (Apium graveolens), o coentro (Coriandrum sativum), o cominho (Cuminum cyminum), a cenoura (Daucus carota), o funcho (Foeniculum vulgare), a salsinha (Petroselinum crispum), dentre as mais usadas na culinária.
Dentre as plantas da família Apiaceae, as diferenças mais claras estão nos bulbos (da erva-doce, do aipo e nas raízes, da cenoura), e nas folhas (da salsinha e do coentro). Mas as flores e as folhas do funcho, do endro, da erva-doce e da cicuta são por demais idênticas, então, antes de colher no campo, certifique-se bem do que é que está colhendo para comer.
Propriedades medicinais e nutricionais da erva-doce
A erva-doce é uma planta medicinal usada a muitos séculos para tratar problemas de
Esta planta tem as seguintes propriedades nutricionais descritas:
A erva-doce também é rica em fito-nutrientes e óleos aromáticos.
Indicações de uso e benefícios da erva-doce
Para melhorar digestão: Além da digestão, as cólicas dos bebês, gases e outros incômodos do trato digestivo. O uso mais amplo da erva-doce é para atenuar as cólicas dos bebês de peito – um chazinho de erva-doce ajuda a criança a expelir os gases, reduz os espasmos da mucosa intestinal, alivia o movimento peristáltico e, de quebra, induz a um sono tranquilo. Este é um uso consagrado por mães e avós de todos os tempos, não há dúvidas.
Para melhorar o hálito: Mastigar sementes de erva-doce (na verdade, o que nós chamamos de semente, na erva-doce, é o fruto desta planta) melhora o hálito, descongestiona a mucosa bucal, alivia a garganta inflamada e reduz processos infecciosos bucais por seu efeito antimicrobiano.
Para combater inchaços: Promove a diurese e, consequentemente, reduz inchaços de todo tipo, alivia a sobrecarga dos rins, ajuda nos tratamentos de infecção urinária e, se você usar o chá desta planta em compressas sobre os olhos, reduzirá também as pálpebras inchadas de muito cansaço.
Para a saúde da mulher: Na menstruação e pré-menstruação, a erva-doce sempre é de grande valia pois, com a sua riqueza em fitoestrógenos, esta planta promove a regulagem do ciclo e do fluxo, ajuda nos distúrbios da menopausa e dores nas mamas e, por outro lado, como emenagoga, esta erva contribui para a maior produção de leite das lactentes.
Contra gripes e resfriados: A erva-doce também tem ação expectorante que, junto com suas propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas, tem bom efeito nos casos de catarro associados a tosse, gripe, sinusite e congestão nasal.
Para combater pressão alta e colesterol: A riqueza em potássio da erva-doce se constitui como suplemento que ajuda nos casos de pressão arterial elevada e o aumento das taxas de colesterol, ação combinada com a vitamina C que é um poderoso antioxidante e com as fibras, que limpam o trato intestinal carregando o excesso de gordura ingerida para o bolo fecal.
Para a saúde dos olhos: Para os olhos, a erva-doce é boa de diversas maneiras:
Para o cérebro: Comer erva-doce, as sementes ou o bulbo, favorecem a memória e o bom funcionamento cerebral pelo aumento do desempenho cognitivo, dados os elevados níveis de potássio que a planta contém. O suco de erva-doce, fresco, tem ação vasodilatadora e promove o aumento da oxigenação cerebral. Por outro lado, o uso desta planta é um alívio certo em casos de depressão.
Para combater o câncer: Muitos estudos indicam que a erva-doce é um potencial combatente a diversos casos de câncer. Leia aqui sobre a ação anti-câncer e causadora de apoptosis nas células cancerígenas.
Para repelir insetos: Ter erva-doce plantada, nos canteiros ou em vasos na varanda é um ótimo recurso para espantar insetos.
A consulta a um profissional médico não deverá ser descartada, de acordo com cada caso.