O papa emérito Bento XVI morreu em hoje (31-12-2022), com a idade de 95 anos, encerrando uma vida cheia de eventos de um clérigo que proclamou a ‘eterna alegria’ de Jesus Cristo e chamou a si mesmo de ‘humilde trabalhador’ na vinha do Senhor.
Sua morte foi anunciada em Roma hoje (31).
O cardeal Joseph Aloisius Ratzinger foi eleito papa em 19 de abril de 2005 e adotou o nome de Bento XVI. Oito anos depois, em 11 de fevereiro de 2013, aos 85 anos, ele chocou o mundo com o anúncio, feito em latim, de que renunciava ao papado. Foi a primeira renúncia de um papa em quase 600 anos. Bento XVI alegou a idade avançada e a falta de vigor como impróprios para o exercício do cargo.
O enorme legado de suas contribuições teologicamente profundas à Igreja e ao mundo continuarão sendo uma fonte de reflexão e estudo.
Antes mesmo de sua eleição como papa, Ratzinger exerceu influência duradoura na Igreja moderna, primeiro como jovem teólogo no concílio Vaticano II (1962-1965) e, depois, como prefeito da então Congregação para a Doutrina da Fé.
Defensor articulado da doutrina católica, ele cunhou o termo “ditadura do relativismo” para descrever a crescente intolerância religiosa do secularismo no século XXI.
O pontificado de Bento XVI foi moldado por sua profunda compreensão desse desafio à Igreja e ao catolicismo diante da crescente agressão ideológica, de uma mentalidade ocidental cada vez mais secular, tanto dentro quanto fora da Igreja.
Bento XVI foi também um dos principais arquitetos da luta contra o abuso sexual na Igreja no início dos anos 2000. Ele supervisionou as extensas mudanças feitas no direito canônico e demitiu do estado clerical centenas de abusadores. Ele também iniciou uma investigação canônica dos Legionários de Cristo, depois de crescentes legações sobre graves abusos sexuais perpetrados por seu fundador, o padre mexicano Marcial Maciel Degollado. A investigação canônica levou a um longo processo de reforma sob a autoridade do cardeal Velasio de Paolis.
Milhões de pessoas no mundo todo leram os livros de Bento XVI, entre os quais o inovador Introdução ao Cristianismo, de 1968, e os três volumes de Jesus de Nazaré, publicados entre 2007 e 2012.
Ao se tornar o primeiro papa a renunciar ao cargo em quase 600 anos, Bento XVI viajou da cidade do Vaticano a Castel Gandolfo de helicóptero, em 28 de fevereiro de 2013, e, no mês de maio seguinte, assumiu uma vida de recolhimento no mosteiro Mater Ecclesiae, nos jardins do Vaticano.
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