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Parlamento português volta a aprovar, pela terceira vez, a eutanásia
Luís Marques foi a imitação portuguesa de Ramón Sampedro, o galego cuja causa se tornou o símbolo da luta pela descriminalização da eutanásia. Marques não morreu em sua própria região como Sampedro, ajudado por uma cadeia de pessoas que o ajudaram, com Ramona Maneiro à sua cabeça, para que bebesse o veneno que acabou com sua vida prostrada nacama. Ele morreu aos 63 anos de idade, após 55 anos como paraplégico, e o fez na Suíça, a 2.000 quilômetros de sua casa e pagando 10.000 euros. Seu exemplo foi reivindicado na sexta-feira pelo Partido Socialista (PS), momentos depois que o Parlamento português aprovou pela terceira vez a lei sobre a morte medicamente assistida, com 126 votos a favor, 84 contra e quatro abstenções.
Os opositores foram o conservador PSD, com exceção de seis deputados que optaram pelo sim aproveitando a liberdade de voto dada pelos grandes partidos em Portugal sobre tais questões morais, o Chega de extrema-direita, e o Partido Comunista Português (PCP). Em uma câmara dominada desde janeiro pela maioria absoluta do PS, se pronunciaram a favor esta força política, a do primeiro-ministro Antônio Costa, embora também com seis deputados contra; Iniciativa Liberal (IL), Bloco de Esquerda (BE), Partido das Pessoas, Animais e Natureza (PAN) e o esquerdista Livre.
“Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência “ (Deuteronômio 30:19)