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Luísa Piccarreta – Pequena Filha da Divina Vontade

 

Serva de Deus Luísa Piccarreta

“A Pequena Filha da Divina Vontade”

Luísa Piccarreta nasceu na Itália, na província de Bari, em Corato, no Domingo “in Albis” a 23 de Abril de 1865. Luísa faleceu no dia 4 de Março de 1947. Quando ela faleceu ouvia-se dizer por toda a parte: “Morreu Luísa, a Santa!” Setenta anos depois, o Senhor pediu, através de Santa Faustina Kowalska, que neste Domingo se celebrasse a Festa da Divina Misericórdia.

Quem a conheceu diz que Luísa era de pequena estatura, tinha olhos vivos e um olhar penetrante. Dela existem poucas fotografias tiradas nos últimos 10 a 15 anos. Não era possível fotografá-la sem licença do confessor. Existe uma fotografia de quando era muito jovem, que foi tirada sem licença, na qual não se vê o rosto, aparece apenas uma mancha de luz. É a própria Luísa que nos diz que, quando era pequena, era muito envergonhada e medrosa ao ponto de não conseguir estar sozinha. Este medo devia-se aos frequentes sonhos de terror e com o demônio. n/d

Com nove anos fez a Primeira Comunhão e no mesmo dia foi crismada. Desde então começou a sentir no seu coração uma voz que lhe deu muita coragem e paz e deixou de ter medo. Com onze anos começou a fazer parte do grupo “Filhas de Maria”. Através de locuções interiores, Jesus instruiu-a sobre as virtudes, o seu Amor, a sua Cruz, etc. Algumas vezes a corrigia e outras vezes a encorajava. Luísa permanecia muitas horas de joelhos, sem se mexer, absorta em oração. Jesus falava-lhe sobretudo da sua Vida oculta e da sua Vida interior. Apesar de ser tímida e medrosa, diz ela mesma que era vivaz, alegre; saltava, corria e também fazia das suas.

Um dia, quando já tinha perto de 18 anos, enquanto estava em casa, recolhida a trabalhar, sentiu um grande barulho na rua. Veio à varanda e viu uma grande multidão e no meio dela Jesus coroado de espinhos carregando a cruz. Então, Jesus levantou os olhos para ela e pediu-lhe ajuda. Foi a primeira visão. Desde aquela altura e para sempre Luísa sentiu uma sede insaciável de sofrer por amor de Jesus. Desde aquela visão até a idade de dezesseis anos, Luísa passou por uma grande prova de luta espiritual e física contra os demônios: sugestões, tentações e tormentos. No último assalto que sofreu, perdeu os sentidos e viu pela segunda vez Jesus coroado de espinhos e esbofeteado pelos pecadores, enquanto a Mãe Dolorosa chorava e Ele olhava para Ela. Então, Luísa aceitou o estado de vítima ao qual Jesus e Maria a convidavam. Assim começaram para ela os primeiros sofrimentos físicos da Paixão de Jesus, embora não visíveis, juntamente com penas espirituais indizíveis, causadas pela privação sensível de Jesus e penas morais, porque a família descobriu os seus sofrimentos e pensou que se tratasse de uma doença e ainda tantas incompreensões, até da parte dos próprios sacerdotes.

Nas visões de Jesus, Luísa tomava parte nas diversas penas da Paixão, especialmente da coroação de espinhos, das dores e espasmos que a impediam de comer. Por esta razão desde a idade de 16 anos, Luísa viveu quase sem comer e o pouco que comia, por obediência aos seus confessores, pouco depois vomitava-o tal e qual como o tinha comido. O seu alimento era a Eucaristia e a Vontade Divina. n/d

Com frequência, Luísa perdia os sentidos e ficava petrificada, sem funções vitais e muito pesada. Nos primeiros tempos, neste estado, o seu espírito permanecia no corpo, mas depois, atraída pela visão de Jesus, Luísa saía do seu corpo, seguindo Jesus por toda a parte. Este fenômeno começou por causa dos sofrimentos da Paixão, cada vez mais acentuados. Isto é aquilo a que ela chama “o meu estado habitual”. Deste modo Luísa permanecia como morta, até o momento em que o sacerdote, geralmente o confessor, vinha chamá-la a si com a sua bênção e por obediência. Este foi o motivo pelo qual Luísa viveu cerca de 64 anos na cama, não por estar doente, mas pela sua participação física e mística na Paixão de Jesus. Com a idade de 22 anos ficou definitivamente na cama e passados três anos, Jesus comunica-lhe os estigmas da Paixão, cedendo ao pedido de Luísa para que fossem invisíveis.

Para além da missão da reparação, em que Luísa se encontra na companhia de muitas almas que viveram a Paixão, como o Padre Pio, Alexandrina de Balazar, Marta Robin e outras, Jesus confiou a Luísa uma missão totalmente nova, única e irrepetível: a de viver na Divina Vontade e de transmitir as verdades que Jesus lhe ensinou sobre o Reino da Divina Vontade. Por isso Jesus disse-lhe:

“A tua missão é grande, porque não se trata só da santidade pessoal, mas trata-se de abraçar tudo e todos e de preparar o Reino da minha Vontade às gerações futuras”.

Para que Luísa pudesse cumprir esta segunda missão, no dia 8 de Setembro de 1889, Jesus deu-lhe o Dom da Divina Vontade. Luísa tinha então 24 anos. Jesus, durante anos e anos, fala-lhe da grandeza deste Dom. Por obediência, ao seu confessor, Luísa, com apenas um ano de escola, escreve trinta e seis volumes, nos quais encontramos os ensinamentos de Jesus sobre a sua Divina Vontade que quer ser Vida da criatura como o era no início, antes do pecado, que levou a criatura a dizer não ao Querer de Deus para fazer o seu.

Luísa faleceu quando tinha 82 anos. Assim como foi extraordinária a sua vida, assim foi a sua morte. Com a diferença de que aquela total rigidez do corpo que acompanhava o seu “estado habitual”, não se verificou na sua morte. Luísa parecia dormir e foi necessário convocar uma junta médica, que depois de um exame atento, declarou que realmente tinha morrido. Depois de quatro dias, em que esteve exposta para o último adeus, realizou-se o seu funeral no dia 7 de Março de 1947. Na solenidade de Cristo Rei, no dia 20 de Novembro de 1994, foi introduzida a Causa de Beatificação, dando-lhe o nome de “Serva de Deus” e no dia 2 de Fevereiro de 1996 todos os seus escritos, guardados no arquivo secreto do Santo Ofício, foram colocados à disposição do Arcebispo de Trani. Com Luísa, tem início um tempo novo no qual Deus realizará o seu Ideal, o seu sonho de amor, o seu Decreto eterno, o de estabelecer sobre a terra o seu Reino, o Reino da sua Divina Vontade. O tempo em que se cumprirá aquilo que pedimos no Pai-Nosso: “Venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa Vontade assim na terra como no Céu”.

As obras que o Céu transmitiu através da serva de Deus Luísa Piccarreta

Os 36 volumes dos escritos de Luísa Picarretta são fundamentalmente seu diário autobiográfico, cujo título foi dado por Jesus: “O Reino do Fiat no meio das criaturas. O Livro do Céu. A chamada da criatura para retornar à ordem, ao lugar e ao propósito para o qual foi criada por Deus!”

O primeiro volume narra a vida de Luísa até o momento em que ela recebeu o comando para escrever, em 28 de fevereiro de 1899. Foi concluído com um “caderno de memórias de sua infância”, escrito em 1926. Ela recebeu a ordem para parar de escrever em 28 de dezembro de 1938, ao término de seu 36º volume.

Além dos 36 volumes, ela escreveu muitas orações, novenas, etc. A pedido de Santo Aníbal, em 1913 ou 1914, ela escreveu “As Vinte e Quatro Horas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Mais tarde, acrescentou a esse trabalho algumas “Considerações” e “Práticas piedosas”.

Luísa também escreveu 31 meditações para o mês de maio, intituladas: “A Virgem Maria no Reino da Divina Vontade”, completada em 6 de maio de 1930. Essas meditações foram ditadas pela Santíssima Virgem, que ia todos os dias para dá-las a Luísa. Elas contam como Nossa Senhora viveu na Divina Vontade e como ela, por sua vez, nos ensina a fazer o mesmo.

Após Luísa ter parado de escrever oficialmente, viveu mais 8 anos, durante os quais acrescentou ao seu epistolário conselhos gentis sobre assuntos espirituais, especialmente no que diz respeito a viver na Divina Vontade.

 

Visite também:

Site oficial: https://en.luisapiccarretaofficial.org/

http://www.livrodoceu.com.br


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Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024










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