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APARIÇÕES EM FÁTIMA – Contemplações sobre as palavras de Nossa Senhora (5ª Aparição - 13-09-1917)

Os textos abaixo provêm de duas origens:

 

- A parte DIÁLOGO COMPLETO COM A LÚCIA – Texto oficial das Aparições de Fátima, em que se apresenta o Diálogo entre Nossa Senhora e a Irmã Lúcia.

- A parte COMENTÁRIOS DA VIRGEM MARIA – Extraído do livro “AMOR DE MÃE” de Maria Stella Salvador.

 

5.ª APARIÇÃO - 13 de setembro de 1917

DIÁLOGO COMPLETO COM A LÚCIA

 

NOSSA SENHORA: Continuem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus, para abençoarem o mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda. Trazei-a só durante o dia.

LÚCIA: Têm-me pedido para lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, de um surdo-mudo.

NOSSA SENHORA: Sim, alguns curarei, outros não. Em Outubro farei o milagre, para que todos acreditem.

 

COMENTÁRIOS DA VIRGEM MARIA

«Continuem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra»

Meus filhos, o Meu Coração de Mãe vem hoje falar-vos mais uma vez da eficácia do terço para acabarem as guerras, tanto as guerras entre países, como as guerras entre vós, e ainda as guerras que tendes de suportar convosco mesmo, com o vosso carácter, com o vosso temperamento. Quero falar-vos também da eficácia do terço, para afastar as guerras que o vosso inimigo vos faz e que, por vezes, tanto vos perturbam. Meus filhos, vós percebeis muito pouco de guerras. As estratégias militares são muito complicadas e os segredos de guerra bem guardados. Mas se é difícil entenderdes de guerras, das guerras que deflagram pelo mundo aqui e ali, muito mais difícil são de entender as vossas guerras com os irmãos, porque cada um de vós pensa ter razão e, afinal, normalmente, cada um apenas tem meia razão. Mais difíceis ainda são as guerras íntimas que tendes de travar com as vossas tendências que, muitas vezes, não conseguis dominar, e se tornam aliadas do vosso inimigo nas guerras que ele trava contra vós. Estas são arquitetadas por uma inteligência superior à inteligência de qualquer de vós. Quanto mais as tentais entender, quanto mais as discutis, mais nelas vos enredais e mais dificuldades tendes de vencer, porque o vosso inteligente inimigo sabe aliciar-vos com gostos de acordo com as vossas tendências, sabe encher-vos de razões, contra as razões dos vossos irmãos, sabe entristecer-vos e enervar-vos tanto, que percais a vontade de rezar, tanto que só vos apeteça consolar-vos com qualquer coisa. Essa coisa, se não for pecado, pelo menos será um amolecimento, uma perda de tempo, um afastamento d’Aquele a quem vos deveis unir em primeiro lugar para conseguirdes vencer.

É contra tudo isto que o terço é a arma simples, a arma segura e terrível, que o vosso inimigo teme, porque ela dá a vitória a quem a empunha, mesmo que seja com mão trêmula. Meus filhos, o terço alcança todas as graças, vence todas as guerras. É com o terço que vencereis e que alcançareis o fim das guerras, as exteriores e as interiores, tantas vezes tão difíceis que vós próprios já não sabeis o que fazer nessas circunstâncias. Quando a tentação vos assedia, pegai no terço; quando a tristeza vos ronda, pegai no terço; quando vos sentis enervados, indecisos, confusos, pegai no terço. Pegai no terço sempre que não sintais valor nem vontade alguma para o bem. Pegai no terço sempre que não vos apetecer rezar, quando estiverdes aborrecidos, com vontade de largar tudo. Vereis então como essa vossa guerra se pacifica, como o vosso caminho se ilumina, como a vossa tristeza diminui até se esvair.

Meus filhos, quando ouvirdes falar de guerras em qualquer lado, quando vos falarem de desventuras ou as presenciardes, pegai no terço e rezai por essas pessoas, para que a paz desça sobre elas, para que sejam salvas desse mal, do mal que as guerras trazem. Não penseis que podeis vencer as vossas dificuldades sozinhos. Só conseguis enredar-vos em complicações, nervos e tristeza. Quando algum problema vos ameaçar, fugi logo para junto de Mim, de terço na mão, porque muitas vezes isso que vos aflige é estratégia do vosso inimigo para vos afastar da oração. Se lhe fazeis a vontade, ele vence. Não façais o que ele quer. Nessas alturas rezai mais e ele afastar-se-á ao ver frustrados os seus planos que, afinal, vos levam a uma maior oração. É pela oração, só pela oração que vencereis.

Este é o Meu ensinamento de hoje para vós. Esta é a arma que vos dou, a arma infalível que qualquer um pode manejar: a oração, o terço. Deposito o Meu terço nas vossas mãos, filhinhos, usai-o. Dou-vo-lo com amor. Usai-o e rezai-o com amor. Mostrai nele e por ele, amor, amor que Eu terei a felicidade de ir aumentando na proporção em que o rezardes.

 

«Em Outubro virá Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, São José com o Menino Jesus,para abençoarem o mundo»

Meus filhos, tenho-vos procurado para vos cobrir de bênçãos. Aproveito todas as vossas disposições boas para vos abençoar, porque vós precisais muito ser abençoados. A bênção tem efeitos benéficos sobre vós, meus filhos. Por isso, deveis procurar receber uma bênção sempre que puderdes. Mesmo que continueis a sentir-vos iguais, com a bênção sois reforçados com o poder do Senhor contra todo o poder das trevas, que tudo faz para vos desencorajar e vos fazer cair nas redes que, por todo o lado, vos estende. Procurai receber, muitas vezes a bênção do Santíssimo Sacramento. É a mais poderosa bênção, aquela que mais vos enche de forças, de graças e de luzes. Mas há outras bênçãos. É sempre bom, sempre útil a bênção de um sacerdote. Não a desprezeis, mesmo que tenhais com esse sacerdote muita confiança, mesmo que ele seja da vossa família, e que, por vezes, vos esqueçais do que ele é. Vós próprios podeis abençoar-vos uns aos outros. Há em todos vós, meus filhos, uma força de amor, uma força de caridade, que posta em movimento vai movimentar o poder do Senhor. Quando abençoais um irmão vosso, com verdadeira intenção de o fazer, com desejo de que ele seja abençoado, movimentais a bênção poderosa de Jesus, que se compraz em abençoar e abençoa, com agrado, todos aqueles sobre os quais vós estendeis a prece da bênção. Esse vosso irmão fica fortalecido, protegido, rodeado por uma maior força de amor que vós chamastes sobre ele. Deveis muitas vezes abençoar os vossos irmãos, principalmente aqueles que vedes com alguma necessidade, aqueles que vedes enfraquecidos por tentações, por problemas, com dificuldades de decisão, tristes ou doentes. Este é um dever de caridade que tendes para com eles e que, muitas vezes, a maior parte das vezes, sempre ou quase sempre descurais. Alguns de vós nunca o fizeram por desconhecerem como abençoar é importante. A partir de agora, meus filhos, utilizai, em favor dos vossos irmãos, mais esta arma que vos confio. Vós próprios, quando não tiverdes quem vos abençoe, ajoelhai-vos e pedi-Me a bênção. Vereis que vos sentireis melhor, com mais forças para resistir à tristeza, à tentação, à dúvida. E, mesmo que a provação pela qual estejais passando, pela Vontade do Senhor, não vos permita sentir diferenças, podeis ter a certeza de que elas existem quando sois abençoados.

Meus filhos, o mundo precisa também ser abençoado, Pedi ao Senhor que o abençoe. Pedi muitas vezes, com fé, com amor, com esperança e confiança firme de que Ele o abençoa, porque ama todos os filhos que o habitam, e porque o criou e muito deseja torná-lo naquilo que foi antes de o pecado o começar a destruir. Filhinhos, nesse dia viemos, efetivamente, abençoar o mundo, e o mundo veio a conhecer o resultado da bênção, com o fim da guerra, que em breve se verificou. Sem a bênção do Céu, continuaria a revolver-se sangrentamente. Depois dessa guerra outras surgiram pela vontade livre dos homens, que não pedem para serem abençoados, fortalecidos e libertos dos poderes do mal e, assim, os deixam enredar em si cada vez mais. Pedi, meus filhos, muitas vezes ao Senhor que venha abençoar o mundo e assim o livre das guerras e de todo o mal que faz sofrer tanto criaturas inocentes. Não esqueçais o valor da bênção. Utilizai-a. Distribuí-a por todo o mundo, para que o pecado seja vencido mais depressa, para que a luz dissipe as trevas e todos vejam claramente e sem dúvidas quem é Aquele que devem adorar.

Meus filhos, Eu vos abençoo agora. Parai um momento e recebei a Minha bênção, que vos traz a luz e a força de Jesus. Ele vos guarda no Seu Amor, dá-vos a Sua graça, a Sua força, a Sua luz e a Sua paz.

 

«Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda»

Meus queridos filhos, quando é que vos poderei dizer o que disse a estas crianças, que Deus está satisfeito com os vossos sacrifícios? Qual de vós se sacrifica o que deve para colaborar na obra da conversão dos seus irmãos, para a sua própria conversão? Meus filhos, vós sentis-vos mais motivados para aquilo que vos agrada, que fala aos vossos sentidos. É o que enche os vossos olhos, os vossos ouvidos, o vosso paladar, aquilo que lisonjeia, de qualquer forma, a vossa vaidade! Meus queridos, como Eu gostaria de vos fazer entender que a satisfação dos sentidos não vos conduz a nada de útil e pode conduzir ao pecado! Como Eu gostaria de vos mostrar o valor da mortificação, não por si própria, mas com finalidade de purificação e conversão, com finalidade apostólica. A dificuldade que tendes em compreendê-lo e pô-lo em prática reside na vossa falta de visão no que toca à Vida Eterna, na inconsciência em que viveis, no turbilhão para onde o mundo vos arrasta.

Estas crianças compreenderam o que era perder-se uma alma. Compreenderam-no dentro das suas limitações de crianças, do lugar e do tempo em que viveram. Mas o que entenderam chegou para se darem totalmente à missão de tudo fazerem pela conversão dos pecadores. Que fazeis vós neste sentido? Sabeis que pertenceis ao Corpo Místico de Cristo, mas sabei-lo verdadeiramente ou só em teoria? Como é que vos sentis motivados para este trabalho? Que fazeis para que se convertam aqueles que jazem nas trevas do pecado? Meus filhos, todos vós sois pecadores. Não penseis que isto é missão que dou a santos para converter pecadores. Pecadores não são só aqueles que vedes ou sabeis fazerem grandes pecados, não são só aqueles que estão afastados do Meu Filho. Pecadores sois vós também. Oh, meus filhinhos, como Eu queria que compreendêsseis isto, que assumísseis a vossa posição de pecadores diariamente perdoados, de pecadores que se chegam constantemente, com confiança de crianças à fonte do perdão, de pecadores que não se sentem com direitos a nada, senão à Misericórdia, ao Amor infinito, de pecadores que empregassem todos os cuidados e todos os meios para se converterem cada vez mais e para converterem os seus irmãos! Sabeis, meus filhos, que um sacrifício que façais com amor pode salvar um irmão vosso? Sim, muitos de vós o sabem! Já tem sido dito. Mas quantos de vós o praticam? E se praticam, com que frequência o fazem? Se o fazem com alguma frequência, como é que o escondem? Examinai-vos bem e vede se sois capazes de sofrer em silêncio, sem fazer cara de vítimas, sem dar a entender que sofreis, perfumando a vossa cabeça, como diz Jesus. Perfumar a cabeça é usar o perfume do sorriso, da boa palavra, da atitude de disponibilidade, que leve o vosso próximo a pensar que isso não vos custa nada, ou até a nem reparar em vós. Esse é o sacrifício que agrada a Jesus, como Ele próprio o diz nos evangelhos.

Meus filhos, normalmente não vos são pedidos sacrifícios extraordinários. Muitos de vós nem sequer teriam possibilidades físicas para tal. Mas é pedido a todos o sacrifício do dever diário, feito com boa cara, principalmente aquele que mais vos custa e aquele que costumais omitir ou adiar. Também vos é pedido que vos priveis de algumas coisas desnecessárias, que vos priveis de alguns gastos, poucos ou muitos, à medida que disso vos fordes lembrando. Quando vos lembrais de que podereis privar-vos de qualquer coisa, tomai atenção porque, se isso vos foi lembrado é porque, provavelmente, tal vos é pedido. Se for coisa de que vos possais privar, sem prejuízo da vossa saúde ou da paz doméstica, não precisais entrar em diálogo com os vossos apetites, porque eles vos derrotarão, certamente, aliciando-vos com as suas razões. Nessa altura fazei o que o Senhor vos pede, com paz, com amor, e guardai-o no segredo do vosso coração, onde Deus o vê, e que afinal é o único que vos interessa que veja, porque é o único que vos pode premiar. Estas crianças, no seu ardente desejo de mortificação, tornavam-se imprudentes, deitando-se com a apertada corda à cintura, o que, com as dores que lhes causava, as impedia de dormir. Foi preciso o Meu Amor vigilante para acabar com o que lhes fazia mal à saúde. Convosco haverá também este perigo? Não creio, meus filhos, porque vós tendes até dificuldade em sofrer aquilo que vos acontece diariamente. De qualquer forma, sabei que não vos são pedidas mortificações extraordinárias se não cumpris aquilo que o vosso dever impõe, se não aceitais com amor aquilo que o Senhor vos envia. Se quereis entregar-vos a outras penitências, mas omitis o vosso dever e reclamais de alguma dor física, de alguma falta de atenção, de gratidão de alguém, se contais a meio mundo o que sofreis e o que vos fizeram, se não sabeis oferecer e calar, amar e sorrir, então estais em erro.

Quando puserdes em prática isto que vos ensino, então Jesus ficará satisfeito convosco e ir-vos-á pedindo outras coisas, como se faz a pessoas com as quais temos confiança e com as quais podemos contar. Gostaria de contar convosco, com a vossa vida de oração e sacrifício. Quereis dar-Me aquilo que sofreis no dia a dia? Dai-mo com sorrisos. Eu gosto de vos ver sorrir, porque o sorriso mostra que se dá de boa vontade, que se dá com amor. É esse amor sacrificado que vos peço, amor que quero tornar semelhante ao Meu Amor de Mãe de todos vós.

Queridos filhos, amar é dar, amar é dar-se. Dai-vos todos ao Meu Amor e ao Meu serviço, que é o serviço do Senhor, o serviço da salvação de todos os seus filhos. Os vossos irmãos precisam de vós. Vós precisais de treino espiritual, treino que só a mortificação dá à alma, como a ginástica o dá ao corpo. Vinde Comigo encher de sorrisos todo o vosso dia. Tapai com o sorriso todos os aborrecimentos, toda a irritação, e sereis como atletas que se preparam para competição. A competição dura o que durar a vossa vida. Correi para chegar à meta onde Eu vos espero, onde vos abraçarei e levarei para a eterna felicidade que quero compartilhar convosco.

 

«Trazei-a só durante o dia»

Mandei estas crianças usarem a corda só durante o dia, porque usá-la durante a noite se tornava excessivo e prejudicial para a sua saúde. Foi o seu excesso de zelo, o desejo de sacrifício, pela conversão dos pecadores, que eles sabiam em grave perigo de cair no inferno que eles tinham visto, que Me fez corrigir-lhes aquilo que era demasiado. A vós também quero corrigir excessos, mas já não de mortificação, como a estas crianças. A vós quero corrigir os excessos de vaidade, de luxo, de prazer, de comodismo, de gastos, de autocomiseração, de ressentimentos, de trabalhos, de futilidades, de irritação, de imoralidade, de ambição e tantos outros que vos tenho apontado. A qual de vós poderei dizer “basta”, em matéria de sacrifício?

Meus filhos, quanto tendes de aprender com estas crianças serranas, ignorantes de tudo o que vós achais importante, ignorantes em letras, em artes, em ciências, em coisas do mundo, mas cheios, a transbordar de amor a Deus e aos irmãos! É isso justamente que vos falta, meus filhos: amor. Vede bem, examinai as vossas consciências. Reparai que todas as vossas faltas são faltas de amor. Filhos, se vós amásseis por certo não faríeis isso de que vos acusais. Se tivésseis mais uns graus de amor ao Senhor, evitaríeis os pecados em que caís. Eles deixariam até de ter para vós tanto atrativo, porque vos sentiríeis permanentemente atraídos pelo rosto de incomparável beleza do vosso Mestre. Se amásseis mais a Jesus, derramaríeis o Seu Amor sobre os irmãos, mesmo à custa de algum sofrimento, pois também foi com sofrimento que Ele espalhou o Seu Amor em Sangue sobre vós. Se amásseis os vossos irmãos, não lhes faríeis o que lhes fazeis, não falaríeis dos seus defeitos, cercá-los-íeis de respeito e de ternura. Vou pôr o Meu dedo sobre a vossa ferida, essa ferida infetada que transportais e não vedes. Meus filhos, tudo isso acontece porque vos amais a vós próprios mais que a qualquer outra pessoa, mais até do que amais Jesus. O vosso egoísmo é a ferida que vos faz sofrer quando alguma coisa não corre à medida dos vossos desejos, quando tendes, por qualquer motivo, de vos privar de alguma coisa, quando sofreis alguma falta de atenção, quando deixais a oração, o tempo de estar com Jesus, para fazer alguma coisa que agrada mais aos vossos sentidos.

Meus filhos, deixai-Me tratar essa ferida de egoísmo, tão grande e tão feia. Não deixeis que ela aumente, à medida que os anos vão passando e vos torne em pessoas cada vez com menos paciência e mais desejosas de comodidades. Sim, meus filhos, a ferida do egoísmo tende sempre a aumentar se não tratais dela, e vós tendes muito pouco jeito para isso. Alguns de vós tentam, até com boa vontade, mas reparam, com desgosto, que não conseguem vencer esse mal. Colocai-vos sob a Minha direção. Como estas crianças, obe-decei-Me. Fazei o que Eu vos digo para fazer, deixai o que Eu digo para não fazer, e vereis como a ferida do egoísmo se irá curando e aprendereis a amar como nunca amastes. Amar é tudo o que tendes de fazer para vencer a luta pelo Céu, a luta que tendes de travar por vós e pelos que não querem lutar, mas que tendes obrigação de ajudar, porque são vossos irmãos, porque são como crianças doentes, incapazes de ver, de ouvir, de fazer alguma coisa de verdadeiramente útil para a eternidade que os espera. Enchei os vossos corações com a palavra eternidade. Deixai-a ecoar em vós e vereis como a vida do mundo é fútil, e como tendes perdido tempo com aquilo que passa tão rapidamente que não pode acompanhar-vos. Sim, no fim da vossa viagem, chegareis sós com o amor que tiverdes no coração. Só o amor conta realmente para a vida verdadeira, para a vida que não acaba, para a qual caminhais, e também para esta vida de passagem, para que seja feita com paz e alegria. Onde ireis buscar esse amor? Meus filhos, não podeis comprá-lo, mas podeis pedi-lo, pois Jesus tem no Seu Coração um reservatório infinito de Amor. Só Ele vo-lo pode dar, e vós deveis pedir-Lho sem cessar, porque enquanto durar a vossa vida o amor é sempre susceptível de crescer. Desejai amor. Desejai aumentar em amor, incessantemente. Aprendei, meus filhos, a aspirar por amor com toda a alma, a chegar-vos para Jesus muitas vezes ao dia, sempre que vos lembrardes, e pedir-Lhe que vos encha de amor. É o pedido que Lhe podeis fazer para vós que mais Lhe agrada e, sem dúvida, o satisfará. Pedi-Me também a Mim que vos ajude a chegar-vos para Jesus, porque vós tendes sempre a tendência para fugir, como crianças com desejo de brincar. Andai pela Minha mão, e Eu conduzir-vos-ei com segurança. Meus filhos, é o Meu Coração cheio de Amor que vos procura. Procurai-Me. Não vos fugirei. Vinde a Mim. A todos acolherei e ensinarei a progredir no caminho do amor.

 

«Sim, alguns curarei»

Amados filhos, já vos falei tantas vezes sobre cura! Já sabeis porque é que tantas vezes adoeceis. Meus filhos, no Paraíso não havia doenças, porque não havia pecado. O homem era belo e feliz. Com o pecado, foi buscar para si tudo aquilo de que veio a queixar-se, magoado. Todos esses males que vos pesam, eu quisera tirar de cima de vós. Meus filhos, quisera ver-vos belos e fortes! Sim, alguns curarei, mas quanto desejaria curar-vos todos! Por que só alguns filhos? Porque só alguns Me dão liberdade para o fazer. Outros, apesar de dizerem que querem ser curados, atam as Minhas mãos, antes que Eu as levante para abençoar. Atam-nas com os seus pecados pessoais e com toda a resistência aos meus conselhos, resistência essa que escondem no coração. Estas almas pedem muito para ser curadas, mas nada fazem de concreto para isso. Não mudam de opiniões, não mudam de forma de ver, não mudam de vida. Quantos parecem até muito cumpridores. A seus olhos e aos olhos dos irmãos são almas muito cumpridoras, muito piedosas, pois correm de igreja em igreja, de um a outro exercício de piedade. Mas como estão realmente os seus corações? Por dentro Eu não vejo piedade, não vejo amor. Vejo rancores, teimosias, apegos, principalmente apegos ao “eu”, às ideias, às opiniões pessoais, àquilo que sabem, àquilo que querem.

Outros, pela sua saúde ou vida profissional, não podem andar nestas corridas, ditas de piedade, mas clamam por cura e, tantas vezes, dizem que não são ouvidos. Pois não, meus filhos, não podeis ser ouvidos porque as vozes dos vossos vícios, das vossas zangas, das vossas futilidades, das ambições, falam mais alto que vós. Fazei calar essas vozes! Tornai-vos mansos, conciliadores, modestos, almas orantes, e então o vosso pedido chegará ao Céu.

Alguns parecem ter-se convertido, mas o Senhor sabe que a sua emenda não é verdadeira. É como uma moeda de troca para se curarem. Meus filhos, não vos esqueçais de que Deus vê os vossos corações e sabe sempre os motivos por que fazeis seja o que for. Tudo o que fazeis com duplas intenções não tem valor. Sois como aqueles judeus que foram a Betânia ver Jesus, mas também para ver Lázaro, para satisfazer a sua curiosidade, e depois trataram de cogitar planos para matar os dois. As duplas intenções são falsas e o Senhor desvia delas o Seu rosto. Duplas intenções conduzem a pecado exterior ou interior pois mesmo parecendo que estais a fazer uma ação boa, estais apenas a procurar os vossos interesses e, assim, desterrais Deus daquilo que fazeis.

E vós, minhas filhas, achais que gosto de vos ver a fazer os vossos pedidos dessa forma mundana, que ofende a presença do Senhor? Por que trazeis essas modas para as igrejas e até para os Meus Santuários? Isso não é forma de se pedir coisa alguma. Apresentar-vos assim é o mesmo que dizer que vos sentis muito bem como estais, que sabeis o que quereis, que não quereis agradar-Me, e que pouco vos importam as Minhas opiniões sobre o assunto. É assim que quereis curar-vos e pedir a cura para os outros? Não sabeis, realmente, pedir como deveis, pedir com humildade, com perseverança. Muitas vezes, cansais-vos de pedir quando Eu queria ver-vos fazê-lo mais, com mais fidelidade, maior emenda da vossa vida. Por vezes estais quase a ser atendidos, quando vos cansais e voltais à antiga futilidade e pecado.

Meus queridos filhos, sim, alguns curarei, aqueles que pedirem como deve ser e procurarem viver de acordo com os Meus conselhos de Mãe, que vê mais do que vós, que vê o que fazeis de perigoso, com a desculpa de que agora é assim e de que todos o fazem. Pois fazem, meus filhos, mas fazem mal, e vós, se quereis salvar-vos, se quereis curar-vos, não os deveis imitar. São as vossas almas que quero curar primeiro. Só depois curarei os vossos corpos. Não queirais o contrário, porque estareis a laborar em erro. O vosso corpo é importante, mas cuidado! Por causa dele não descuideis a vossa alma, porque o lugar por onde a encaminhardes agora é onde ela ficará depois. E vede, meus filhos, quanto mais imperfeições acumulardes, mais difícil se tornará para vós a purificação, mais doloroso será limpar-vos dessas faltas, das quais agora costumais sorrir.

Olho com tristeza para alguns de vós, olho com esperança para outros. Mas, carregados de tristeza ou de esperança, os Meus olhares de Mãe são sempre olhares de amor. Correspondei ao Meu Amor. Procurai emendar-vos diariamente daquilo que vos aponto, para vosso bem. O que vos digo é sério, muito sério. Pensai nisso e vede o que tendes de modificar. Não receeis, Eu dar-vos-ei força. Vamos, meus filhos, ânimo. Ponde mãos à obra, que Eu estarei convosco, e dar-vos-ei a vitória... vitória para a qual deveis tender, com a qual vos deveis preocupar, porque é a realização de toda a vossa vida.

Também quero dizer-vos que há muitas pessoas que sofrem por outros motivos. Já vos falei dos sofrimentos necessários, dos sofrimentos purificadores, apostólicos, dos sofrimentos que muitos sentem como participantes do Corpo Místico de Meu Filho. O sofrimento é e será sempre para vós um mistério que em vão tentais decifrar. O sofrimento é um dos mistérios que tereis de aceitar com fé, com esperança e com caridade. O sofrimento é a cruz que vos guia no exercício das virtudes teologais, que é o caminho que conduz à perfeita união com Deus, com mais segurança e melhor que qualquer dom de oração que possais receber, até qualquer dom extraordinário que julgueis possuir. Há sofrimento em muitas pessoas, que o aceitam, e vivem em conformidade com a Vontade do Senhor, há sofrimento de velhinhos, há o sofrimento das crianças, há o sofrimento da Minha vida e há o sofrimento de dimensões infinitas, que esmagaram o Corpo e a alma do Meu Filho.

Por que tanto sofrimento? Por que sofreis tanto? Por que sofrem os inocentes? Meus filhos, quem era mais inocente que Jesus? Apesar de nenhum de vós se poder considerar inocente, o sofrimento não é, por força, sempre consequência do pecado atual. É consequência do pecado original que vos lançou numa situação de miséria, de incapacidades e carências. É uma consequência da Redenção, que vos leva a colaborar com Jesus, mais perto ou mais longe. Meus filhos, é necessário que todos vós aceiteis a vontade de Deus a vosso respeito, e essa Vontade Santíssima nem sempre vê as coisas conforme os vossos desejos, mas conforme o plano da Redenção. É por isso que alguns de vós curarei, sim, mas não o farei a todos, porque para Mim a vontade do Senhor é o único guia de tudo o que faço. Desejo muito que ela seja para vós também o guia pelo qual guiais os vossos desejos e as vossas ações.

Podeis sempre pedir a cura. Deveis mesmo fazê-lo, pois quando pedis com humildade e aceitação sobre vós ou desce a cura, ou desce uma bênção de santificação para vós e para o próximo. Esta é a Minha lição hoje. Amai aquilo que o Senhor vos dá, mesmo que não seja do vosso agrado. Uni-vos a ele através do exercício das virtudes teologais e estareis a colaborar com Ele na salvação do mundo.

 

«Outros não»

Outros não, por quê? Porque é que não posso fazer o bem que desejo a todos os meus filhos? Não sou Eu a Rainha do Céu e da Terra? Não tenho Eu todo o poder junto do Coração de Jesus? Certamente, mas não posso fazer-vos o bem à força. Não posso fazer-vos o bem que vós não quereis que Eu vos faça. Quereis que vos ajude, dizeis vós. Não, meus filhos, não quereis, porque se quisésseis, não Me atáveis as mãos dessa maneira. Que diríeis de um doente que atasse o seu operador e lhe pedisse que o operasse mesmo assim? Que quereis que vos faça se vós sois aqueles que se afastam na vossa vida diária, se não procurais a Minha companhia, se preferis mil distrações? Não é verdade que, quantas vezes para alguns de vós, frequentemente para outros, sempre ou quase sempre para alguns outros, chegais ao fim do dia sem um pensamento para Jesus ou para Mim, que deixastes passar as horas de maneira estéril, sem saberdes bem em quê? Sim, alguns, muito poucos, amam-Me, procuram a Minha companhia. Outros, não. Para esses outros, olho com pena e, sem cessar, multiplico as Minhas chamadas, através de acontecimentos, de pessoas, de leituras, de inspirações. Com alguns resulta. Com outros, não.

Meus filhos, quantos de vós fingem ser meus amigos, meus devotos, e não são. Quantos de vós fingem ser meus filhos, mas são filhos que não Me amam, que só fingem amar-Me para manter uma fachada que os vossos irmãos possam ver! Quantos de vós Me amam, meus filhos? Quantos de vós amam, realmente, Jesus? Não Me refiro às palavras que dizeis, e que podem até ser verdadeiras num momento de emoção espiritual, que confundis, frequentemente, com fervor. Refiro-Me ao que fazeis, ao amor próprio que amimais, a que dais comodidades de vontades satisfeitas, mesmo que as comodidades em que vivais sejam poucas, por qualquer motivo. Sabei que, mesmo que a vossa vida não seja de facilidades e o trabalho seja muito, vós sabeis sempre contentar o amor próprio, mesmo que seja só em pensamento. Quantas vezes cercais o amor próprio de pensamentos que lhe são agradáveis, porque não lhe podeis dar outra coisa! Quantas vezes vos satisfazeis com aquilo de que gostais, com prejuízo do vosso dever ou do vosso tempo de oração! Quantas vezes acariciais o amor próprio com vaidades que poderíeis dispensar, com comidas fora de horas, gulodices e outras, só em estilo de consolação! Quantas vezes não fazeis oração, porque queríeis ler uma revista, ver um programa! Vede, meus filhos, como fazeis tantas vezes parte do grupo que diz que quer, mas não quer, desses outros a quem não posso socorrer, porque quando a graça lhes seria concedida, se encontram conversando com o amor próprio, amimando-o e consolando-o.

Meus filhos, tenho muita pena de não poder fazer mais por vós. Queria fazer tanto, dar-vos tanto! Por que é que não quereis? Por que é que preferis desperdiçar o pouco tempo que tendes para trabalhar pelo Reino de Deus em vós e nos vossos irmãos? Por que desperdiçais o pouco tempo que tendes para vos santificardes? Quantos de vós, meus filhos, terão de passar na purificação, depois da morte, mais tempo do que aquele que passais na Terra!

Oh, filhos amados, vede como o tempo urge! Fostes colocados no mundo não para vos servirdes, mas para servir. Viestes ao mundo com uma missão, a missão de vos santificardes e de ajudardes na santificação dos vossos irmãos. Se não a cumpris, falhais naquilo que o Senhor quer de vós. Quanto tempo tendes ainda? Não sabeis. Ponde mãos à obra, deixai que Eu vos ajude. Quero fazer em vós grandes coisas. Quero fazer em vós milagres. Quero converter-vos, curar-vos, salvar-vos. Deixai que eu atue. Não vos recuseis, não fujais para outros lados. A qualquer momento virei ter convosco e, se vos encontrar receptivos, derramarei sobre vós tesouros de graças.

Queridos filhos, penso muito em vós, muito mais do que vós pensais em Mim. Pensai também vós um pouco na vossa Mãe. Pensai em Mim, que Me dareis com isso grande satisfação. Pensai nas belezas com que Deus Me adornou, na graça transbordante com que Me revestiu. Pensai na Minha vida, naquilo que fiz, que disse, que sofri. Pensai no que vos tenho dito em tantas manifestações pelo mundo e, especificamente, em Fátima. E, quando pensardes em Mim, pensai também em imitar-Me naquilo que puderdes, e pensai em fazer o que vos digo nos evangelhos e nas outras vezes que vos tenho falado. Procurai ser filhos dedicados, verdadeiros filhos atentos, verdadeiros filhos da Serva do Senhor para Comigo O servirdes, para serdes do grupo daqueles que O glorificam e sobre os quais Ele derrama as Suas bênçãos. Comigo, na Minha companhia, servi, com humildade e podereis cantar Comigo no fim da vossa vida: «O Senhor fez em mim maravilhas!» Sim, o Senhor fará em vós maravilhas na medida em que vós quiserdes, na medida em que O deixardes fazê-las. Sois fracos? Tornar-vos-á fortes. Sois pecadores? Tornar-vos-á santos. Sim, o Senhor fará tudo em vós, como fez tudo em Mim, se Lhe corresponderdes com humildade.

Largai, meus filhos, essas coisas inúteis e dedicai-vos ao que verdadeiramente vos é útil, necessário, indispensável. Não o descuideis! Ficai Comigo que Eu vos ensinarei a estar atentos ao vosso caminho. Ficai Comigo e colocar-vos-eis sob a Minha proteção, no pequeno grupo que levo com cuidado e que prometo entregar, fielmente, seguramente, a Jesus, já nesta vida e depois, sem demoras, dar-lhe entrada na Casa do Pai.

 

«Em Outubro farei o milagre, para que todos acreditem»

Meus filhos, prometi este milagre para que crêsseis, porque Eu queria que crêsseis nestas crianças, que acreditásseis que Eu lhes aparecia e lhes transmitia palavras de Mãe à qual é preciso obedecer se quereis ser felizes, ser santos, se quereis livrar-vos de muitos perigos. Este milagre era necessário para vosso benefício, para que acreditásseis e aproveitásseis destas Minhas vindas maternais. Vede que não foi feito para alimentar a curiosidade que todos vós tendes em grande escala. Muitos milagres úteis poderiam ser feitos e não são para que a vossa curiosidade não cresça ainda mais e vos torneis criaturas descrentes de tão saciadas, fartas de prodígios, saturadas e céticas do valor do esforço pessoal na vida de todos os dias, vendo as coisas que são de Deus como algo vulgar e pouco importante. Meus filhos, é isso mesmo que vós pretendeis com a curiosidade que vos leva a correr à menor notícia, tantas vezes falsa, de prodígios e milagres, que vos faz procurar pessoas pelas quais sois frequentemente enganados. Meus filhos, aprendei que até aqueles que julgais santos se podem enganar. Não corrais atrás das criaturas, pois arriscais-vos a cansar a vossa alma e a não atingir proveito algum. Quando andais a correr atrás de pessoas, quando mergulhais insaciavelmente em revelações que vos surgem de muitos lados, correis o perigo de cair num fanatismo estéril, um prazer enganador de quem come doces e mais doces que enganam, iludem a fome, mas não alimentam. Quereis revelações, meus filhos? Abri a Bíblia. Aí as tendes sempre que quiserdes e nunca as esgotareis. Saciai, nessa fonte inesgotável, toda a vossa sede de conhecimento, pois aí não correis o perigo de tal se transformar em mera curiosidade, pouco sã.

É certo que através do tempo tem havido revelações privadas. Também tem havido muita mentira, com o nome de revelações. Como sabeis distinguir umas das outras? Em primeiro lugar, elas não podem nunca estar em contradição com as Sagradas Escrituras ou com a Igreja. Depois, há que diferençar entre revelações necessárias, úteis para o vosso aperfeiçoamento, e aquelas que visam alimentar a curiosidade de cada um, as que se contradizem, que apresentam sinais estranhos ou frases disparatadas, as que visam fazer medo, criar pânico, mas não vos dizem que não tenhais medo e que vos refugieis junto de Mim. Tendes revelações comprovadas com milagres ou não comprovadas. Vede que o maior milagre que responde pelas revelações são a pureza de vida e obediência à Igreja da pessoa ou pessoas envolvidas, porque, meus filhos, não é fácil levar no vosso mundo uma vida pura, mortificada e, principalmente, obediente, mesmo quando posta à prova. Meus filhos, porque é que procurais preferencialmente tudo aquilo que vos cheire a revelação? Olhai bem para o vosso fundo e vede que estais sempre desejosos daquilo que é novo, que é diferente, daquilo que parece milagre. Jesus não fez em Nazaré muitos milagres por causa da descrença dos habitantes. Hoje não faz muitos milagres por causa do fanatismo das massas que facilmente fazem cair no ridículo aquilo que deve ser tido no maior respeito, e se degladiam por Paulo, por Cefas ou por Apolo, sem se importarem com a Igreja, sem compreenderem que não são as pessoas que são importantes, que o que é importante é pertencerdes à Igreja de Cristo, pois ela é a Arca salvadora que Jesus vos deixou. Não abrais fendas nesta Arca, com a vossa arrogância, com o vosso pretenso saber, com o vosso amor exagerado às criaturas que vos dizem aquilo que gostais de ouvir. Calafetai-a, antes, com a vossa obediência.

Sabeis também, meus filhos, que não importa que na Igreja haja pessoas que vos desagradem por qualquer motivo ou opinião. Importa a Igreja em si, em bloco, e esse bloco sois todos vós. Se vos afastais dela, sereis membros deslocados num corpo que enchem de dores. Não vos afasteis com as vossas opiniões arrogantes. Quando vos sentirdes tentados a mostrar que sabeis mais ou melhor do que aqueles que têm por missão ensinar-vos, lembrai-vos de que a arrogância vos faz deslocar no Corpo Místico, e que isso não se fará sem dor. Não queirais aumentar a dor neste Corpo que já sofre tanto. Sede humildes dentro da Igreja. Tratai de obedecer, pois a Salvação faz-se por meio da obediência, uma vez que foi pela desobediência que o pecado entrou no mundo.

Usai um juízo muito são para verdes em que é que deveis acreditar. Quando quero dar-vos a entender qualquer coisa em revelação privada, mostro-o sempre bem. Por isso, porque a mensagem de Fátima era muito importante para vós, principalmente para os tempos que agora viveis, prometi e fiz o milagre de outubro. Mas muito maiores milagres realizei nas almas, principalmente naquelas três crianças, cujas vidas era necessário que fossem conhecidas, para melhor comprovação da Minha ação de Mãe. Esta ação de Mãe ainda continua a manter-se junto de vós, porque vos quero ajudar nesta época em que viveis, perturbados e confusos com muitas coisas. Filhinhos, não vos deixeis perturbar e não entreis em questões uns com os outros. Principalmente, nunca coloqueis em dúvida o magistério da Igreja. O mesmo seria se crianças pequenas deixassem a casa dos pais e vivessem sozinhas no mundo. Perturbação e questões é aquilo em que o vosso inimigo vos quer lançar. Não façais o seu jogo. Vivei em paz. Deixai a busca do milagre, do maravilhoso, das revelações. Bem vos basta, em cada dia, fazer o vosso trabalho e manter a vossa oração. Se vierdes junto de Mim tereis, para tal, a Minha ajuda. Eu vos levarei a Jesus, e não parareis nas criaturas. Meus filhos, o mundo vive perturbado, mas vós não vos deixeis perturbar com ideias ou com notícias. Refugiai-vos junto de Mim, como fazem as crianças com sua mãe. Eu vos darei a tranquilidade, o Amor e a paz de Jesus.


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Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024










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