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FBI espionou católicos americanos, revelam documentos

Por Simon Caldwell - 14 Abril 2023

Frequentadores de igrejas católicas nos Estados Unidos foram espionados por agentes secretos do governo, segundo revelaram documentos que vazaram.

Pelo menos um agente secreto do Federal Bureau of Investigation (FBI) foi encarregado de reunir secretamente evidências que pudessem vincular os católicos ao "movimento nacionalista de extrema direita", segundo um comitê do governo dos EUA.

O FBI se concentrou especialmente nos católicos interessados na missa tradicional em latim como o grupo dentro da Igreja supostamente mais propenso a simpatizar com atividades extremistas violentas. Os documentos também mostram, no entanto, que o FBI planejava não apenas se infiltrar em organizações tradicionalistas irregulares, como a Sociedade de São Pio X, mas também na Igreja convencional.

Os agentes também planejavam se engajar em "paróquias católicas de linha principal" e "lideranças diocesanas", como mostra um documento de 18 páginas com muitas censuras.

Pelo menos um agente foi enviado para espionar os católicos que estavam adorando em igrejas e capelas na área de Richmond, na Virgínia.

As revelações foram feitas pelo deputado Jim Jordan, R-Ohio, que preside o Subcomitê da Câmara sobre o armamento do governo federal. Em resposta à sua investigação, o FBI liberou para o seu comitê um documento censurado que revela informações limitadas sobre as operações de espionagem da agência sobre os católicos.

O comitê solicitou a divulgação após o vazamento de um memorando interno de 23 de janeiro da divisão de Richmond do FBI, que solicitava tais operações contra comunidades católicas tradicionalistas, de acordo com a Catholic News Agency.

O memorando, intitulado "Interest of Racially or Ethnically Motivated Violent Extremists in Radical-Traditionalist Catholic Ideology Almost Certainly Presents New Mitigation Opportunities" (O interesse de extremistas violentos com motivação racial ou étnica na ideologia católica radical-tradicionalista quase certamente apresenta novas oportunidades de mitigação), levou Jordan a intimar o FBI para que fornecesse a documentação completa, juntamente com outros detalhes das atividades da agência em grupos religiosos.

"Agora sabemos que o FBI se baseou em pelo menos um agente secreto para produzir sua análise", disse Jordan em uma carta ao diretor do FBI, Christopher Wray, quando fez seu pedido de divulgação completa. Ele disse que o documento também revelava que a agência pretendia usar organizações religiosas locais como "novos caminhos para o desenvolvimento de fontes e de contatos".

Jordan disse que o documento foi revisado e aprovado por dois analistas de inteligência sênior e pelo Chefe da Divisão do Conselho local do FBI.

Em seu depoimento ao Comitê Seleto de Inteligência do Senado, Wray disse que o memorando vazado da divisão da agência de Richmond não refletia os padrões exigentes do FBI e disse que ficou "horrorizado" quando ficou sabendo do fato. "Não conduzimos investigações com base em afiliação ou práticas religiosas, ponto final", disse Wray.

"Também ordenamos à nossa divisão de inspeção que analise como isso aconteceu e tente descobrir como podemos garantir que algo assim não aconteça novamente", acrescentou.

Jordan disse, no entanto, que as operações de espionagem do FBI contra a Igreja Católica não eram apenas "chocantes", mas que elas reforçavam "a necessidade do comitê de ter todo o material do FBI que atenda à nossa solicitação".

"Os documentos produzidos até o momento mostram como o FBI procurou alistar as casas de culto católicas como fontes potenciais para monitorar e relatar sobre seus paroquianos", disse ele em uma carta ao Sr. Wray.

"Os americanos vão à igreja para adorar e se reunir para seu aperfeiçoamento espiritual e pessoal. Eles devem ser livres para exercer seus direitos fundamentais da Primeira Emenda sem se preocupar que o FBI possa ter plantado as chamadas fontes 'de contato' ou outros informantes em suas casas de culto."

Ele disse que o comitê permaneceu "incerto" sobre "quantos funcionários do FBI exploraram 'novos caminhos para o desenvolvimento de fontes e ligações' em casas de culto católicas em todo o país como resultado do documento Richmond do FBI".

Uma declaração do FBI dada à Catholic News Agency disse que a agência "reconhece a importância da supervisão do Congresso e continua totalmente comprometida em cooperar com as solicitações de supervisão do Congresso, de acordo com suas responsabilidades constitucionais e estatutárias".

E acrescentou: "O FBI está trabalhando ativamente para responder às solicitações de informações do Congresso - incluindo a produção voluntária de documentos".

Em fevereiro, o governador da Virgínia, Glenn Youngkin, exigiu total transparência do FBI sobre suas operações de espionagem sobre os católicos, e o procurador-geral da Virgínia, Jason Miyares, assinou uma carta com 19 outros procuradores-gerais estaduais solicitando que o FBI fornecesse todos os documentos relacionados ao memorando.

O bispo Barry Knestout, de Richmond, também criticou o FBI por espionar os católicos.

Ele disse: "Pessoas de todos os grupos religiosos há muito tempo encontram refúgio nas proteções constitucionais de nossa grande nação. Todos nós buscamos compartilhar o dom da vida de Deus, desfrutar dos frutos da liberdade que nossa nação oferece e ajudar uns aos outros a garantir o bem comum."

Visto em: https://catholicherald.co.uk/fbi-spied-on-american-catholics-amid-suspicion-of-links-to-right-wing-groups-documents-reveal/

 

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"Aceitai, filhos, que o grupo maligno se levanta em batalha contra os Meus seguidores e líderes na Igreja. Eles conseguiram até se infiltrar dentro de Minha Igreja. " ( Ler mais em... Grupos Globais sob o domínio do anticristo )

 

"Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós." (Mateus 5:12)