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Como surgiu o Dia de Finados e o que a Bíblia diz sobre ele?
Como surgiu o Dia de Finados?
Você sabe como e por qual motivo foi definida a data do Dia de Finados?
O Dia de Finados foi incorporado aos poucos pela liturgia da Igreja Católica. Durante o passar dos séculos, o costume de celebrar os mortos foi se tornando mais sólido. No ano de 998, o monge beneditino Odilo de Cluny instituiu algumas regras na sua abadia. Dentre elas, estava a obrigação de rezar pelos mortos no dia 2 de novembro. A data foi se popularizando ao longo dos séculos próximos até atingir todo o mundo medieval a partir do século XII.
Para o monge Odilo de Cluny, rezar pelos mortos era muito importante, pois ajudava o processo de transição dessas almas do purgatório para os céus. Ao longo dos séculos, a data passou de uma obrigação litúrgica para um período tradicional de homenagens e celebrações.
O que a Bíblia diz sobre o Dia de Finados?
Como foi informado anteriormente, o Dia de Finados não é uma data de origem canonicamente bíblica, pois se trata de uma evolução de definições litúrgicas da Igreja Católica. No entanto, os monges e demais sacerdotes que definiram essa data se basearam em passagens importantes do livro sagrado.
Diversos livros da Bíblia citam atos de celebração aos mortos. Em Tobias 12:12, lê-se que: “Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor”.
Outra referência bíblica ao ato de rezar pelas almas dos mortos está no livro de Macabeus, no capítulo 12. Entre os versículos 43 e 46, diz que “era esse um bom e religioso pensamento; eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas”.
“Em seguida, organizou uma coleta, enviando a Jerusalém cerca de dez mil dracmas para que se oferecesse um sacrifício pelos pecados. Belo e santo modo de agir, decorrente de sua crença na ressurreição! Pois, se ele não julgasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. Mas, se ele acreditava que uma belíssima recompensa aguarda os que morrem piedosamente, era esse um bom e religioso pensamento. Eis por que ele pediu um sacrifício expiatório para que os mortos fossem livres de suas faltas.” (II Macabeus 12, 43-46)