Resumo da história:
Como muitas pessoas, a Dra. Davis não acreditou que pudesse o celular ter a possibilidade de ser perigoso ― até que começou a estudá-lo. E agora, com as evidências, toxicológica e epidemiológica, para darem suporte as suas percepções, ela vem buscando demonstrar que a radiação do celular não é só perigosa, mas que também pode ser totalmente letal.
Em sua palestra (conteúdo do material que consta do vídeo abaixo), a Dra. Davis explana como o impacto do nosso celular não é relativo ao seu poder, que é bem fraco, mas sim à natureza errática de seu sinal e sua habilidade de interromper a ressonância e interferir com o reparo do DNA. Esta é agora a teoria que se acredita seja a mais plausível para entender a amplitude do leque de impactos descobertos em termos de saúde, onde se inclui o próprio câncer…
Veja o vídeo abaixo, em Inglês:
Um caso interessante que pode servir como uma advertência ilustrativa do potencial de geração de câncer dos celulares é o de uma jovem mulher que não apresentava nenhuma outra predisposição de fator de risco para esta doença e que passou a apresentar câncer de mama multi-focal. O caso foi revelado no boletim mensal de maio passado da ong Environmental Health Trust. Como ficou explicitado, a jovem mulher tinha o curioso hábito de guardar seu celular dentro de seu sutiã…
Dois especialistas em câncer, Robert Nagourney e John West, concluíram que havia somente uma outra possibilidade que pudesse contribuir diretamente para seu câncer de mama. “Ligamos os pontos”, disse a paciente. E os pontos ― quase literalmente entre o padrão do câncer e a distribuição das células cancerosas ― perfeitamente alinhados com o tamanho e o formato de seu celular.
Veja o vídeo abaixo, também em Inglês:
Enquanto seu médico não provar que o celular causou o seu câncer, pode servir como um alerta potente não só para outras mulheres que poderiam estar guardando os seus celulares em seus sutiãs, como também para todos nós que podemos estar guardando nossos aparelhos tanto no bolso da calça como no da camisa também. Como regra geral, devemos sempre querer evitar carregar o telefone em qualquer parte próxima de nosso corpo. Tenhamos em mente de que o local mais perigoso é, em termos de exposição à radiação, aquele que fica a uns 15 cm da emissão da antena. Nunca ficar em nenhuma parte de nosso corpo que esteja dentro desta proximidade.
Independente da área exposta à contínua radiação emitida pelo celular, há um potencial de dano, apesar de certas áreas serem claramente mais vulneráveis do que outras.
Por exemplo, pesquisa publicada em 2009 mostrava evidências de que guardando o celular junto à bacia, poderia enfraquecer esta área da pélvis ii. Usando a técnica do raio X, empregada no diagnóstico e no monitoramento de pacientes com osteoporose, pesquisadores mediram a densidade óssea em 150 homens que regularmente carregavam seus celulares em seus cintos. Os homens carregavam seus aparelhos numa média de 15 horas por dia e tinham utilizado estes aparelhos por uns seis anos. Os pesquisadores detectaram que a densidade mineral óssea tinha caído na parte pélvica onde o celular foi carregado, aumentando a possibilidade de que a densidade óssea possa ter sido adversamente afetada pelos campos eletromagnéticos emitidos pelos celulares.
É importante perceber que, enquanto o celular ficar ligado, ele fica emitindo radiação intermitentemente, mesmo quando não se estiver na verdade fazendo chamadas. Assim, carregar o celular junto à bacia por umas 15 horas por dia, está-se dando para esta área do corpo uma contínua exposição às suas radiações.
Estudos anteriores detectaram que a radiação do celular pode afetar a contagem de espermatozoides de homens, além de sua qualidade e motilidade e isto ser muito maior do que seu efeito sobre sua densidade óssea. Um destes estudos foi publicado (nt.: em 2009) no PLoS One , e constatou que:
“Em ambos, na RF(nt.: rádio frequência) e na EMR (nt.: eletromagnetic radiation – radiação eletromagnética ), a densidade de potência e a variação de frequência dos celulares aumenta a geração de espécies reativas de oxigênio mitocondrial pelos espermatozóides humanos, diminuindo sua motilidade e vitalidade ao mesmo tempo em que estimulam a formação de aduto base de DNA e finalmente com a sua própria fragmentação. Estes resultados têm implicações claras quanto à segurança do uso intensivo de celular por homens em idade reprodutiva, afetam potencialmente tanto sua fertilidade como a saúde e o bem-estar de seus filhos”. ( Plosone)
Homens, em particular, devem querer reconsiderar a forma como carregam seus celulares, em seus cintos ou em seus bolsos, com grande proximidade de seus órgãos reprodutivos. Devem acrescentar, no entanto, de que têm numerosos outros órgãos sensíveis nesta área específica como o fígado, os rins, o cólon e a bexiga – todos eles suscetíveis à radiação.
No ano passado (nt.: 2011), um grupo de pesquisadores israelenses reportou um nítido aumento na incidência de tumores da glândula parótida nos últimos 30 anos, com um aumento mais vertiginoso depois de 2001. Nossa glândula parótida é um tipo de glândula localizada perto de nossa face – a mesma área onde a maioria das pessoas normalmente coloca seus celulares. Os pesquisadores detectaram um aumento quatro vezes maior no câncer da glândula parótida de 1970 a 2006, enquanto a média de câncer em outras glândulas salivares permaneceu estável.
Neste mesmo ano, o Dr. Siegal Sadetzki, o principal investigador do estudo de 2008, testemunhou na audiência do Senado dos EUA que os celulares foram identificados como um contribuidor para os tumores da glândula salivar. O relato afirma que o nosso risco de ter um tumor desta glândula no mesmo lado da cabeça que temos o hábito de usar o celular, aumenta em:
As assinaturas de celulares atualmente estão estimadas, globalmente, em 5,9 bilhões — isto é 87% da população mundial! Eu penso que é seguro se dizer que nós já passamos do ponto de não retorno quanto a esta tecnologia. Mas como o uso do celular continua a crescer sem trégua, também aumenta o número de pesquisadores falando contra a tecnologia e alertando que ela pode ter sérios efeitos biológicos colaterais que precisam ser conhecidos e remediados.
Felizmente, seus alertas mesmo estando lentos, mas certamente já começam a ser ouvidos.
Em 31 de maio de 2011, a OMS/Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (nt.: International Agency for Research on Cancer/IARC) publicou um relatório admitindo que os celulares podem de fato causar câncer, classificando os campos eletromagnéticos de rádio frequência como “possivelmente carcinogênicos para humanos” (Classe 2B). A classificação veio em parte para responder pesquisa mostrando que telefones ‘wireless‘ aumentam o risco de câncer cerebral.
De acordo com o ‘press release‘:
“Dr Jonathan Samet (University of Southern California, USA), costumeiramente presidente do Grupo de Trabalho, indicou de que “a evidência, mesmo que ainda se acumulando, é forte suficiente para sustentar a conclusão e a classificação na classe 2B. A conclusão significa que poderia haver algum risco e assim nós precisamos acompanhar de perto quanto à conexão entre celulares e risco de câncer”.
“Dada as consequências potenciais para a saúde pública desta classificação e descobertas”, disse o diretor do IARC Christopher Wild, “é importante que pesquisa adicional seja conduzida em longo prazo quanto ao uso intensivo de celulares. Até a disponibilidade de tais informações, é importante adotarmos medidas pragmáticas para reduzir a exposição como aparelhos do tipo “hands‐free” ou torpedos”.
Infelizmente, as crianças e os adolescentes estão sob o maior risco — ambos para os tumores da glândula parótida e os tumores cerebrais — em razão dos ossos de seus crânios permitirem grande penetração da radiação dos celulares. A radiação pode entrar direto dentro de seus cérebros, onde os tumores são mais letais. Adiciona-se que a reprodução celular das crianças é mais rápida, assim eles se tornam mais suscetíveis ao crescimento agressivo das células. As crianças também enfrentam uma mais longa exposição pelo tempo de suas vidas. De acordo com o Professor Lennart Hardell da Suécia, aquelas que começam a usar o celular intensivamente na puberdade têm de 4 a 5 vezes mais câncer cerebral do que jovens adultos!
As imagens seguintes, usadas com a permissão do livro “Public Health SOS: The Shadow Side of the Wireless Revolution“, mostram claramente as diferenças quanto à profundidade da penetração da radiação entre adultos e crianças pequenas.
Radiação do Celular Penetrando no Crânio
Mulheres grávidas também devem estar atentas para evitarem o celular tanto quanto possível. Em 2008, pesquisadores analisaram os dados de mais ou menos 13.000 crianças e detectaram que a exposição aos celulares, enquanto estavam no útero materno e também durante a infância, foi conectada com dificuldades comportamentais. Usando ‘handsets‘ exatamente duas a três vezes por dia durante a gravidez foi suficiente para aumentar o risco de seus bebês desenvolverem hiperatividade e dificuldades com conduta, emoções e relacionamentos no período em que chegaram à idade escolar — e o risco tornou-se maior se a criança também usava o celular antes dos sete anos.
Ao final, o estudo revelou que mães que usaram o celular tiveram 54% mais possibilidades de terem crianças com problemas comportamentais. Mais tarde, quando as crianças começaram a utilizar o celular elas mesmas, tiveram:
Especialistas na área de efeitos biológicos das frequências eletromagnéticas e tecnologias “wireless” acreditam que não há praticamente nenhuma dúvida de que os celulares e os equipamentos correlatos são capazes de causar não só câncer, mas contribuem para uma ampla variedade de outras condições, desde a depressão e diabetes a irregularidades cardíacas e prejuízos à fertilidade. Pesquisadores têm agora identificado numerosos mecanismos de dano que explicam como os campos eletromagnéticos impactam nossas células e danificam nosso DNA.
Um destes especialistas é o Dr. Martin Blank, PhD, um dos pesquisadores mais experientes, nos EUA, sobre celulares e sobre os efeitos moleculares dos campos eletromagnéticos. Em 19.11.2010, deu uma palestra informativa, no programa Commonwealth Club of California, “The Health Effects of Electromagnetic Fields”, (nt.: Os efeitos dos campos eletromagnéticos sobre a saúde), co-patrocinado pela ElectromagneticHealth.org. Nela, ele explanou porque nosso DNA, com sua estrutura de ‘espiral de espirais’, é especialmente vulnerável aos campos eletromagnéticos de todos os tipos.
Como descrito no periódico International Journal of Radiation Biology, abril de 2011, o DNA possui as duas características estruturais de um fractal de uma antena: condução eletrônica e auto-simetria.
Estas propriedades contribuem para a maior reatividade do DNA aos campos eletromagnéticos do que outros tecidos, fazendo com que se tenha grande preocupação pela exposição repetida, de nosso material genético, por longo prazo a microondas. O Dr. Blank está determinado quando diz que há evidência de dano e que este dano pode ser significativo. Ele também aponta que a ciência vem mostrando efeitos prejudiciais em todos os tipos de publicações e de todas as formas e que os resultados podem ser replicados, avaliados e “julgados por cientistas capazes de julgá-los”. No ano passado escrevi um artigo bem detalhado sobre estas descobertas (http://articles.mercola.com/sites/articles/archive/2011/01/19/the-hard-core-science-of-how-cell-phones-and-other-emf-damages-you.aspx).
Uma análise da extensão de conhecidos mecanismos de ação, incluindo efeitos sobre o DNA, foram publicados em novembro de 2010 no “Non-Thermal Effects and Mechanisms of Interaction Between Electromagnetic Fields and Living Matter“. Além disso, a pesquisa própria da indústria de celulares no estudo, em 13 países, chamada Interphone, mostrou 40% de aumento do risco de câncer cerebral no caso do uso de 1.640 horas ou mais, de celular. Além disso, uma pesquisa independente da Suécia, publicada em 2007, mostrava um percentual de 540% de aumento no risco de câncer cerebral em caso de mais do que 2.000 horas de uso de celular.
É imprescindível lembrarmos que a indústria de telecomunicações é muito maior do que o complexo industrial médico e que eles têm de longe, muito mais influência do que as companhias farmacêuticas. Eles estão se espelhando também nas mesmas táticas que a indústria do cigarro no sentido de girar suas mercadorias. Isto conta com uma tentativa de desacreditar pesquisadores que publiquem estudos desfavoráveis aos celulares.
Como a Dra. Davis mostra em sua palestra acima, os resultados de qualquer estudo podem ser previstos antecipadamente com precisão, bastando para isso observar quem o patrocina. De acordo com a revisão feita, em 2008, pelo Dr. Henry Lai da Universidade de Washington, a probabilidade de que um estudo não encontre “nenhum efeito” é duas a três vezes maior quando financiados pela indústria enquanto os trabalhos financiados independentemente quanto aos efeitos sobre a saúde da tecnologia dos aparelhos móveis têm DUAS VEZES mais possibilidades de encontrar resultados positivos.
Então, por favor, estejamos atentos de que há já evidências científicas robustas de que os celulares e outros equipamentos ‘wireless’ colocam riscos à saúde de todos nós — especialmente às crianças e às mulheres grávidas. Então, mesmo enquanto tais descobertas não estejam, até o momento, sendo amplamente divulgadas, faz sentido agir agora para nos protegermos bem como a nossos filhos. Podemos ajudar a minimizar esta exposição à radiação de celulares e outros aparelhos ‘wireless’, atentando para as seguintes dicas:
Se precisar utilizar um telefone portátil em casa, usar o velho tipo que opera a 900 MHz. Eles não são seguros durante a chamada, mas pelo menos muitos deles não ficam transmitindo constantemente mesmo quando nenhuma chamada está sendo feita. Observemos que a única maneira de realmente termos certeza se há uma exposição de nosso telefone sem fio é medirmos com um medidor “electro smog” e ele deve ser um que vá até a frequência de seu celular (os tipos antigos de medidores não vão ajudar muito). Como muitos celulares são 5,8 Gigahertz, recomendamos que se procure por medidores de RF (nt.: rádio frequência) que vão até 8 Gigahertz, a maior gama agora disponível em um medidor apropriado para os consumidores.
Como alternativa, podemos ter muito cuidado com a instalação de estações base de celulares, por ser uma das causas de maior problema uma vez que transmitem sinais de 24/7 (nt.: 24 horas/7 dias), mesmo quando não estamos falando. Então se pudermos manter a estação de base, pelo menos, três peças da casa mais longe de onde nós passamos a maior parte de nosso tempo, e especialmente o dormitório, poderão não ser assim tão prejudiciais à nossa saúde. Outra opção é simplesmente desligarmos o celular, apenas usando-o quando precisarmos especificamente da conveniência de nos mover enquanto estivermos atendendo uma chamada.
Será conveniente desligarmos a estação base a cada noite antes de irmos dormir. Mas podemos saber previamente que o celular que dispomos é um problema se sua tecnologia for DECT ou se for digitalmente uma tecnologia sem fio melhorada.
Se você estiver usando o caso da tecnologia Pong (nt.: sistema que tem procurado afastar dos usuários, a radiação do celular-exemplo-http://techpatio.com/pt/), que redireciona a radiação do telefone celular longe da cabeça e com êxito reduz o efeito de SAR, perceba que, ao redirecionar a radiação da sua cabeça, pode, ao mesmo tempo, intensificar a radiação em outra direção, talvez para a pessoa ao seu lado, ou, se em seu bolso, aumentando a intensidade de radiação em direção a seu próprio corpo. Sempre ter cuidado ao lidar com qualquer dispositivo de emissão de radiação. Recomendamos que os celulares sejam mantidos ‘Off’, exceto para emergências.
Fonte: Nosso Futuro Roubado
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