"As almas se perdem, apesar da Minha amarga Paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Minha Misericórdia. Se não venerarem a Minha Misericórdia, perecerão por toda a eternidade." (Jesus à Santa Faustina - Diário 965; cf. 998).

Hoje, 27 de Abril de 2025, primeiro Domingo após a Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia. A Festa da Misericórdia é um dos elementos mais importantes da devoção à Divina Misericórdia presentes nas revelações de Nosso Senhor à Santa Faustina. No Diário de Santa Faustina, o tema recorre em 37 números, em 16 dos quais nos deparamos com uma manifestação extraordinária de Jesus a seu respeito. Com efeito, em 22/02/1931, uma das primeiras revelações de Jesus à Santa Faustina diz respeito à Festa da Misericórdia, que deveria ser celebrada no 1º domingo depois da Páscoa:
“Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (Diário, 49; cf. 88; 280; 299b; 458; 742; 1048; 1517).
A Festa é uma obra divina, mas Ele quer que Santa Faustina se empenhe tanto em sua implantação (D. 74; 341; 463; 1581; 1680), como em seu incremento:
“Na Minha festa, na Festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (D. 206);
“Pede ao Meu servo fiel que, nesse dia, fale ao mundo inteiro desta Minha grande misericórdia, que aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará perdão total das culpas e penas” (D. 300a; cf. 1072).
Santa Faustina abraça com toda a alma esta causa, pelo que exclama e reza: “Oh! como desejo ardentemente que a Festa da Misericórdia seja conhecida pelas almas!” (D. 505); “Apressai, Senhor, a Festa da Misericórdia, para que as almas conheçam a fonte da Vossa bondade” (D. 1003; cf. 1041). Jesus leva a sério a dedicação de Santa Faustina nesta missão: “Pelos teus ardentes desejos, estou apressando a Festa da Misericórdia…” (D. 1082; cf. 1530), e por isso o demônio procura atrapalhar o seu caminho (D. 1496).
Em 1935, no domingo de encerramento do Jubileu da Redenção, Santa Faustina participa da Eucaristia como se estivesse celebrando a Festa da Misericórdia; Jesus então se lhe manifesta como está na imagem e lhe diz: “Essa Festa saiu do mais íntimo da Minha misericórdia e está aprovada nas profundezas da Minha compaixão. Toda alma que crê e confia na Minha misericórdia irá alcançá-la” (D. 420; cf. 1042; 1073). Sabe, contudo, que talvez não participe em vida da sua celebração, mas nem por isso se desanima: “Eu sou apenas Seu instrumento. Oh! quão ardentemente desejo ver essa Festa da Misericórdia Divina que Deus está exigindo através de mim, mas se for a vontade de Deus e se ela tiver que ser comemorada solenemente apenas depois da minha morte, eu já agora me alegro com ela e já a comemoro interiormente com a permissão do confessor” (D. 711). Chega a tomar conhecimento – por iluminação divina – das disputas que se dão no Vaticano por causa desta Festa (D. 1110; cf. 1463) e dos avanços positivos a seu respeito através do Beato Pe. Sopocko (D. 1254). A Festa propriamente dita seria celebrada no Santuário de Cracóvia-Lagiewniki seis anos após a morte de Santa Faustina (1944).
Indulgência plenária
A celebração da Divina Misericórdia é enriquecida com a possibilidade de indulgência plenária: “Para fazer com que os fiéis vivam com piedade intensa esta celebração, o mesmo Sumo Pontífice (João Paulo II) estabeleceu que o citado Domingo seja enriquecido com a Indulgência Plenária”, “para que os fiéis possam receber mais amplamente o dom do conforto do Espírito Santo e desta forma alimentar uma caridade crescente para com Deus e o próximo e, obtendo eles mesmos o perdão de Deus, sejam por sua vez induzidos a perdoar imediatamente aos irmãos” (Decreto da Penitenciaria Apostólica de 2002).
Promessas da Divina Misericórdia
1 - Pela veneração da imagem, a alma que venera essa imagem não perecerá;
2 - Pela imagem, a alma será defendida como glória de Cristo;
3 - Pela imagem, terá um vaso com o qual pode buscar graças na fonte da Misericórdia;
4 - Pela imagem, a alma que vive à sombra [dos raios da Misericórdia] não será atingida pelo braço da justiça de Deus;
5 - Pela Hora da Divina Misericórdia (D. 1320), nada será negado à alma que o peça pelos méritos da Sua Paixão;
6 - Pela Divulgação da Divina Misericórdia, durante toda a vida, a alma será defendida por Cristo como uma terna mãe defende seu filhinho e, na hora da morte, Ele não será, para elas, Juiz, mas o Salvador Misericordioso;
7 - Por se aproximar da Fonte da Vida no dia da Festa da Divina Misericórdia, alcançará perdão total das culpas e das penas;
8 - Pela Novena, as almas apresentadas a Cristo (as mencionadas na novena) receberão força, alívio e todas as graças de que necessitam nas dificuldades da vida e, especialmente, na hora da morte;
9 - Pelo Terço da Divina Misericórdia, serão envolvidas pela Sua Misericórdia durante a sua vida e, de modo particular, na hora da morte;
10 - Pelo Terço da Divina Misericórdia, Cristo se compraz em dar tudo o que Lhe peçam;
11 - Pelo Terço da Divina Misericórdia, os pecadores empedernidos (quando o rezem) terão suas almas preenchidas de paz, e a hora da sua morte será feliz;
12 - As almas que recorrem à Divina Misericórdia e as almas que a glorificam e anunciam, na hora da morte, serão tratadas de acordo com a Sua infinita misericórdia.
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