A finalidade básica dessas dez maneiras de apresentar uma falsa imagem da realidade.

As dez formas básicas são:

1-Mentir diretamente sobre os fatos em questão. (Isto inclui às vezes duplicar as mentiras já contadas, ou contar uma mentira maior após a primeira).

2-Ignorar deliberadamente uma informação vital.

3-Hangout limitado. (Isto significa uma admissão de um delito ou um erro, que só revela parcialmente toda a verdade.) A ideia é que ao admitir uma fração do que realmente aconteceu e enterrar as revelações maiores, as pessoas vão ficar satisfeitas e aceitarão as explicações e assim a história real como um todo, nunca voltará a ser coberta)

4-Colocar abaixo a verdade, depois de publicá-la. Isso inclui não seguir ou não investigar uma história mais profundamente, de forma deliberada, apesar de a ter tornado pública.

5- Não conectar os dados cruciais ou importantes estabelecidos entre si, deixando-os isolados.

6-Censurar a verdade, onde quer que ela se encontre (ou chamá-la de ‘falsa notícia’).

7-Usar ‘peritos’ tendenciosos para apresentar ‘fatos’ retorcidos, manipulados ou falsos.

8-Repetir uma história falsa muitas vezes: Isto inclui gerar o efeito de câmara de eco, no qual um número de meios de comunicação afins se dedicam a ‘pipocar’ a história falsa entre eles, para gerar a ideia de que todos informam sobre ‘uma presumida verdade’, reforçando assim a manipulação.

9-Reivindicar que existe um consenso razoável e verdadeiro sobre um assunto, quando na verdade, dito consenso não existe e há muitos dissidentes importantes, que são excluídos de oferecer sua análise e deliberadamente ignorados.

10 - Empregar um conjunto de efeitos (reputação dos meios de comunicação, prestígio do apresentador, habilidades de atuação, língua mecânica seca, iluminação de estúdio, sobreposição de transmissões eletrônicas, etc.) para criar uma impressão de alta autoridade que está acima de qualquer opção de desafio.

Todas essas são formas e métodos tradicionais de manipulação midiática.

Aqui apresentamos um exemplo de uma história que se desenrolou as dez formas de notícias falsas, descritas acima: a pandemia de gripe suína de 2009.

Na primavera de 2009, a OMS, a Organização Mundial de Saúde (alta autoridade cujas declarações estão acima de qualquer suspeita) anunciou que a gripe suína era uma pandemia de nível 6, sua mais alta categoria de ‘perigo’.

Na verdade, houve apenas 20 casos confirmados naquela época (mentira direta do nível de ‘perigo’). E, então a OMS, silenciosamente mudou a definição de ‘nível-6’ de modo que a morte e o dano generalizado (próprios da definição de ‘nível-6’ até aquele momento), agora já não eram necessários para definir o nível de perigo como ‘nível seis’ (outro aspecto da mentira direta).

A história foi, é claro, colhida pelos principais meios de comunicação ao redor do mundo (efeito de câmara de eco, falso consenso, pontos nunca conectados sobre as mentiras da OMS), e logo, o número de casos de gripe suína subiu para vários milhares (mentindo diretamente, como veremos).

Os peritos médicos foram levados a reforçar a ideia sobre esse alegado imenso perigo (experts tendenciosos, enquanto que aos divergentes importantes não lhes deram espaço para fazer comentários  sobre o assunto).

No início do outono de 2009, Sharyl Attkisson, então jornalista investigativa da CBS News, publicou uma matéria no site da CBS News. Ela disse que o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), tinha parado de contar em segredo o número de casos de gripe suína nos Estados Unidos.

Nenhum outro meio de notícias importante informou sobre este fato (omitindo informações vitais).

Attkisson descobriu a razão pela qual o CDC havia deixado de contar os casos de suspeita de infecção: um número esmagador de amostras de sangue de pacientes mais prováveis ​​de sofrerem de gripe suína, eram devolvidos dos laboratórios de análises com a etiqueta de que não havia nenhum sinal da gripe suína ou de qualquer outra gripe.

Portanto, uma fraude gigantesca foi revelada. A pandemia era uma grande mentira, uma farsa.

Apesar dos esforços de Attkisson, a CBS nunca seguiu sua história (fechando a verdade após a exposição).Nunca se provou a mentira dos CDCs (falhando em conectar os pontos-chave já expostos).

Em certo sentido, a CBS converteu a história de Attkisson em uma historieta menor e limitada: uma investigação adicional havia descoberto esmagadoras evidências de comportamento criminoso por parte dos CDCs e a Organização Mundial de Saúde, sem mencionar os governos e meios de comunicação que apoiavam estas agências mentirosas. A imprensa dominante essencialmente censurou as revelações de Attkisson.

Em seguida, cerca de três semanas após a CBS publicar a história de Attkisson, WebMD publicou um artigo em que o CDC afirmava que a sua própria estimativa de uns 10.000 casos de gripe suína nos Estados Unidos era uma subestimação. Na realidade, eles disseram que havia 22 milhões de casos de gripe suína nos Estados Unidos (duplicação de mentiras).

E foi isso.

Agora, estes grandes meios de comunicação estão gritando histericamente denunciando a mídia independente, acusando-os de divulgar notícias falsas.

Suponho que esta técnica poderia ser chamada como a técnica de número 11: acusar os seus oponentes de cometer os crimes que, na verdade, eles mesmos estão cometendo.

Embora possa parecer óbvio o que expõe Rappoport, é bom torná-lo conhecido.

Olhe para as mentiras dos meios de comunicação em seus próprios países, de toda a índole e tipo, e detectarão grande quantidade destas 10 formas básicas de notícias falsas, usadas todos os dias ao nosso redor, não só pela mídia, mas pelos partidos políticos (em Espanha, o PP atinge classificação de Cum Laude) ...

No entanto, devemos ser honesto conosco mesmos e dizer as coisas por seu nome: todas essas manipulações e mentiras, muitas vezes as mais grosseiras, não seriam possíveis se a estupidez da população já não se tivesse convertido em uma autêntica e incontrolável pandemia global...

 

 

 

Fonte: http://www.activistpost.com/2017/06/ten-basic-forms-fake-news-used-major-media-2.html